Elizabeth: Olá. Gostaria de saber se o senhor Thomas ainda está acordado?
Sra Taylor: Entre minha querida.
Elizabeth:Obrigada.
Narra: Na sala o sr Thomas estava abençoando os netos que estavam preparando para ir dormir. Usando seus pijamas favoritos, Teodoro e Tommy abraçaram com carinho o avô. Ao ver Elizabeth o velho abriu um sorriso e disse:
Thomas : Ora,que surpresa, você chegou a tempo de desejar uma boa noite aos caçulas da família. Que tal vocês derem um beijo de boa noite em Elizabeth rapazes?
Narra: Os meninos aproximaram dela,poispois já não a olhava com desconfiança, mas com um olhar de afeto.
Teodoro:Boa noite Elizabeth, nós queríamos brincar mais um pouco mas...
Tommy:Só que o vovô está com sono, e o papai está nos esperando no quarto para nos contar uma história bonita.
Elizabeth: Que bom!então deixa eu dar um beijo em cada um para não atrasar vocês com a linda história. Aposto que vocês dormirão muito bem essa noite.
Tommy:O Teodoro sempre dorme primeiro, ele nunca escuta o final da história.
Teodoro: Mentira! Você é que é um grande dorminhoco. E acaba pegando no sono antes do meio da história.
Sra Taylor:Já chega meninos, agora vamos meus queridos.
Elizabeth: Eu estou importunando?
Thomas: De jeito nenhum, você é sempre bem vinda a esta casa meu bem. Mas você parece abatida o que aconteceu?
Elizabeth: Precisamos conversar.
Thomas: Sim? Do que se trata?
Elizabeth: De algo muito importante, pois não consegui esperar até amanhã, para lhe contar.
Thomas: Então fale a vontade querida.
Elizabeth: É particular sabe? Ao menos por enquanto.
Narra: Thomas se sentou ao seu lado e aguardou com sua costumeira calma. Fitando o no fundo dos olhos ela perguntou:
Elizabeth: Thomas você se lembra de um homem chamado Rafael?
Thomas:Rafael?!Pelo que me consta ele trabalhou aqui na fazenda,especificamente no nosso haras,há cerca de vinte anos, mas não foi por muito tempo sabe?
Elizabeth:Trata-se de uma longa história, que talvez possa esclarecer alguns fatos.
Thomas: Como assim?
Narra: Elizabeth hesitou. Ela detestava mentir para aquele homem tão bondoso, que a tratava com o carinho do pai que ela nunca teve,entretanto era preciso. Baixando os olhos ela afirmou:
Elizabeth:Bem você sabe que tenho feito várias pesquisas sobre os Ryan e sobre a cidade.
Thomas: Sim. Mas como enctrou o nome de Rafael? Certamente não foi no material que te dei.
Elizabeth: De fato não foi não. Mas em meus arquivos particulares acabei me deparando com informações surpreendentes, fornecidos pela babá de seus netos.
Thomas: Margareth. É dela que você está falando não é?
Narra:Ele comentou isso com um serenidade que constratava com a inquietação de Elizabeth. Ela então confirmou, espantada com o fato dele ter se lembrado, tão rapidamente, do nome inteiro de sua mãe.
Elizabeth:Você tem uma memória e tanto não?
Thomas: Porque está dizendo isso querida?
Elizabeth:Porque pelo que me consta Margareth trabalhou aqui por pouco tempo. E incrível que você se recorde dela entre tantos outros empregados.
Thomas: Você acha?
Narra: Thomas a fitava com uma expressão enigmática.
Elizabeth: O que significa isso?
Narra: Antes que de pensar muito sobre o assunto, o velho amigo indagou:
Thomas: Margareth mencionou o nome de Rafael para você?
Elizabeth:Não exatamente. Mas eu encontrei um velho diário, que ela escreveu durante o tempo em que trabalhou aqui na fazenda.
Thomas? E o nome desse homem consta nesse diário?
Elizabeth:Sim.
Narra: Um pouco trêmula Elizabeth folgou o diário até encontrar a página onde a mãe escreveu sobre as ameaças de Rafael. Ela hesitou um pouco,mas acabou dando o diário ao velho senhor, que ao ver foi logo tirando seus óculos que estava em seu bolso.
Elizabeth: Veja você mesmo, leia tudo apartir daqui por favor.
Narra: Thomas pegou o diário e começou a ler atentamente, no final da leitura ele já não estava com a expressão tão calma. Os olhos azuis, sempre serenos, agora trazia um misto de aflição. Devolvendo o diário para Elizabeth, ele perguntou pra si mesmo será que Rafael teria sido o responsável pelo desaparecimento de Josh?
Thomas: Será possível? Ele não chegaria a tanto.
Elizabeth: Porque você diz isso Thomas?
Thomas: Porque Rafael era covarde demais para cometer tamanha loucura.
Elizabeth: Pois eu acho que é preciso uma boa dose de covardia para raptar uma criança inocente. Segundo Margareth ele era um homem inescrupuloso,aliás ela menciona que Rafael estava prejudicando você mais não diz como.
Thomas: Eu sei como. Ele roubou alguns dos meus cavalos puro sangue, e jogou as suspeita em outros trabalhadores. Na época fiquei tão transtornado que cheguei a demitir dois deles,,injustamente. Algum tempo depois, acabei descobrindo que Rafael era o único culpado. Mas,então ja era tarde demais.
Elizabeth: E o que você fez?
Thomas: Eu mandei ele embora, tivemos uma discussão terrível, na qual ele me fez uma séria ameaça. Eu processei ele por roubo, mas ele desapareceu logo depois, e nunca mais eu tive notícias dele. Mas agora, com essa revelação tudo parece diferente. É possível que Rafael tenha raptado Josh para se vingar de mim. Ou para se vingar de Margareth que fugia de suas investidas e assédios, considerando bem é capaz que ele quisesse que as suspeitas caíssem sobre ela. E ele quase conseguiu, pois a polícia chegou a interrogá-la, mas logo descobriram que ela era totalmente inocente. Pobre Margareth, ela estava tão desesperada com o desaparecimento de Josh que ninguém podia suspeita dela.nem a melhor atriz do mundo seria capaz de encenar daquela jeito...
Elizabeth:No entanto ela desapareceu logo depois que ela foi liberada pela polícia.
Thomas: Exatamente, e isso levantou novas suspeitas.
Narra: Elizabeth sentiu o coração pulsar forte, ao ponto de sentir falta de ar. Era terrível falar da mãe como se ela fosse uma estranha. Mas pensando bem ela era uma mulher estranha, uma mulher que ela jamais conseguiria compreender nem se vivesse mil anos.
Esforçando para falar com uma voz neutra, como caberia a uma repórter investigava consciente da seriedade de seu trabalho ela falou:
Elizabeth: Thomas, me diz uma coisa ,você acredita na inocência de Margareth?
Thomas: Eu sempre acreditei. Sei que ela jamais faria uma maldade dessas. Sobretudo com Josh,que era seu preferido entre os meninos.
Narra: Obrigada por dizer isso meu querido Thomas, saber que você acredita na inocência de minha mãe significa um verdadeiro bálsamo para mim em meio a tanto sofrimento, ela fez este agradecimento, somente em sua cabeça e coração.
Thomas:Mas como contradizer a conclusão. Margareth tomou uma atitude assombrosa, que me deixou chocado.
Elizabeth: Como assim Thomas?
Thomas: Ela fez algo terrível sabe? Algo que só vim saber quando já não podia fazer nada para intervir. É tristemente curioso como naquele tempo, eu sempre chegava atrasado por assim dizer.
Elizabeth: Não entendi?
Thomas: Demorei muito para perceber que Rafael era o verdadeiro ladrão de cavalos, e demorei ainda mais para descobrir que Margareth havia abandonado a própria filha, quando tentei localizar a menina, ela já havia sido mandada Mara uma instituição de caridade, me esforcei para achá-la, mas não consegui, também estava tão transtornado com o desaparecimento de Josh, que nem conseguia agir ou raciocinar direito.
Elizabeth: V.. você tentou mesmo localizar a menina? Mas porque?
Thomas:Para adotá-la, é claro.
Elizabeth:Adotá-la? Você faria isso por ela Thomas?
Thomas: Sem dúvidas. Ela era uma princesinha linda, sabe?E acho que ela teria gostado de crescer aqui, no seio de nossa família. Ela seria a neta que nunca tive...
Elizabeth:Creio que você teria feito um grande bem aquela criança Thomas!
Thomas:É possível sim querida. Mas veja como são as coisas. O destino tem lá seus segredos e magias!
Elizabeth: Porque você diz isso Thomas?
Thomas:Porque a vida acabou me trazendo aquela garotinha de volta...Não é mesmo Elizabeth John?
Narra: Com os olhos cheios de lágrimas, ela não pode dizer nada por um tempo,por fim depois de se acalmar um pouco ela disse:
Elizabeth:Então... você...sabe quem eu sou?
Thomas:Sim minha querida.
Elizabeth:Mas como?
Narra:Uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e delicadamente Thomas enchugou e disse:
Thomas: Na verdade foi eu quem lhe escreveu aquela carta anônima, informando que sua mãe estava muito doente.
Continua...
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Quando as emoções estão à flor da pele.
Ficción GeneralCom outro nome e outro visual,a repórter Elizabeth retornou a sua cidade,para enterrar seu vergonhoso passado... e também para desvendar os segredos que a assombravam desde a infância. Mas para isso teria de investigar a vida da família. Ryan, ainda...