ᎠᎪᎩᎠᏒᎬᎪᎷ | Ana de Anjou tem um segredo. Ela passou anos ajudando sua tia com seus pesadelos noturnos. Até que um dia uma descoberta sobre seu passado faz com que sua vida ficasse nas mãos de um demônio, agora ela tem que confinar em Morpheus, o rei...
Primeiramente muito obrigada pelas quase duas mil visualizações, fico muito feliz que vocês estejam gostando da história.
Eu recomendo muito que vocês leiam com a música " Danse Macabre", eu coloquei ela ali em cima.
Beijos e bebem água!
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Perturbado, era assim que Morpheus se sentia. Completamente perturbado.
Não era novidade para ninguém que ele evitava qualquer tipo de contato com humanos, por mais que ele jurava que tinha mudado, ainda sim era difícil lidar. Ficar preso e outras séries de experiências que ele teve só desencorajaram isso. Era um eterno dilema de se intrometer ou não; mas Morpheus sabia que no final ele sempre acabava ajudando.
— O senhor não vai ler? - Lucienne perguntou. Morpheus quase levou um susto, estava tão concentrado em não ler. - O senhor está distante desde que voltou. Precisa de algo?
— Não, apenas mais um problema para eu resolver.
— É sobre a garota?
— Eu acho que já a conheci antes, o rosto dela é tão família.
— Talvez ela tenha sido um sonho marcante ou um pesadelo, talvez...
— Não, isso é diferente - interrompeu. Ele não sabia explicar, era algo tão estranho.
— O senhor já está folheando esse livro há algum tempo, ele está em branco, nada vai aparecer de novo aí.
— É como se ela não existisse.
— Sim, não me lembro de ter lido esse livro - ela completou.
O livro em questão era o mesmo que o perpétuo achou em outra ocasião. Coberto por raízes e com suas páginas em branco, esse deveria ser o livro sobre a vida de Ana De Anjou; mas não havia uma coisa sequer sobre ela. Pela primeira vez o rei dos sonhos não sabia nada sobre alguém.
Isso o deixava perturbado.
— Mas isso não parece ser a única coisa.
— Desculpe? - o Perpétuo olhou a bibliotecária com atenção.
— Tem mais alguma coisa que te deixa preocupado, senhor, pode me contar.
— Não há nada além disso, nada que você precise se preocupar.
— Senhor...
— Não há nada, Lucienne. Eu irei cuidar disso, pode guardar tudo?
