Capítulo 2 - Punição

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3 anos antes...

Coreia do sul - Busan

00:54 Sab., 18 de mar.

Antes de morarmos aqui, morávamos em uma mansão, um lugar cheio de pessoas riquinhas, hoje moramos em um lugar pobre, cheio de pessoas legais e drogadas, eu particularmente gosto mais desse.

Odeio não ter dinheiro, mas amo esse lugar, se eu quiser fumar um Beck é só entrar nos becos, na época em que morava no casarão era o maior rolê.

Suspirei e peguei na maçaneta da porta e a apertei, fechei meus olhos encostando minha testa nela.

Ela vai ficar descepcionada, não só ela, se Min estivesse aqui ela também estaria, elas não esperam isso de mim, eu me tornei tudo o que ninguém imaginava, nem eu me imaginava nessa situação... Deus, por quê eu fui me apaixonar?

Passei a mão pelo meus cabelos e abri a porta, ela estava sentada no sofá, provavelmente o marido dela ainda não chegou, ela sempre o espera, a maioria das vezes essa espera não acaba nada bem, e pela demora dele, hoje vai ser mais um dia sendo espancada.

- Oi mamãe - falei sem vontade nenhuma, fechei a porta atrás de mim.

- Pensei que iria dormir na casa da sua amiga - ela disse me olhando de cima a baixo.

- A noite não acabou bem - Suspirei - cadê seu marido? - perguntei mesmo imaginando onde ele estaria, só estava enrolando, estava amedrontada, podia ficar alguns dias sem dizer como fiz com a Lalisa, mas e se for pior?

- Ainda não chegou.

- Hum - encostei na parede.

- Está inchada, o que anda comendo? Cuida desse corpo, vai ficar feia e ninguém vai te querer - ela disse, ainda me olhando de cima a baixo - sabe como as coisas funcionam.

- Estou grávida - dei de ombros e joguei a bolsa que tinha nas minhas mãos no chão, ela como Nayeon, ficou em silêncio me olhando de boca aberta.

- O quê? - sua voz quase não saiu.

- Estou grávida - ela riu.

- Você é virgem minha filha, como está grávida? - perguntou e se ajeitou no sofá.

- Mamãe - a chamei e a olhei séria, ela tem esse lado dela que não aceitar de jeito nenhum que eu cresci, e que sou uma filha da puta, bebo, uso drogas, cabulo aula pra ficar com uma mulher comprometida, ela sabe de tudo isso, só se faz de cega.

Não tenho orgulho de nada disso, mas é isso que me mantém viva.

- Eu estou grávida - seu sorriso morreu na hora.

- Fala que está brincando Jennie Kim - se levantou do sofá - Fala - cruzou os braços.

- É o que quer ouvir? Então ok, mas não é a verdade.

Silêncio.

Suspirei e dei alguns passo pra frente.

- Quem é o pai?

- Não importa - dei de ombros.

- Fala ou vai apanhar Jennie Kim - ela acha mesmo que tenho medo dela? - Eu vou contar para seu pai - ameaçou, revirei os olhos, por algum motivo ela acha que todos temos medo daquele viciado de merda como ela tem.

- Vai me bater igual o papai te bate? - peguei no ponto fraco, eu disse, eu sou uma filha da puta, nunca neguei.

- De quem é a criança? - perguntou novamente ignorando minhas palavras.

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