Médica do morro

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Aconteceram alguns problemas e tivemos que ficar off por um tempo, mas já estamos de volta

Perigo 🐍

Diana?

Latino comentou sobre ela estar de volta, mas eu não esperava a encontrar... Pelo menos não agora.

Latino não mentiu, ela realmente estava gatona mermão, mas esse não era meu foco. Assim que eu passei o nome da minha madrinha para ela, a merma foi pa Disney parceiro.

Sem neurose, a mulher ficou pálida e saiu andando, nem dei moral, cada louco.

Pô, quando ela disse que a coroa tava viva foi alivio nego, mesmo eu já imaginado, nunca se sabe né não.

Luiza tava enchendo o saco já, ta de sacanagem parceiro. Eu errei pra caralho, já basta eu me culpar. A menina não tava dando paz.

— Se você tivesse ficado em casa nada disso ta...

— Já chega Luiza. Ela tá viva não está? Então pronto caraio, tu fica rendendo assunto do cu pa me culpar não tá ajudando não parceira — digo de saco cheio.

— Desculpa — diz em voz baixinha olhando para o chão, e eu a puxo para um abraço.

— Tá tudo bem — digo fazendo carinho na sua cabeça.

Vou pra fora acendendo um baseado para aliviar a mente, já sabendo que eu não ia vazar dali tão cedo.

Diana Aguiar

— Dr. Rubens — digo tocando no mesmo que para em minha frente — onde a última paciente está? Como foi a cirurgia?

— Ocorreu tudo bem, se eu não me engano ela está na sala 09, meu plantou acabou eu irei pra casa — Eu assinto e vou para sala 09.

Abro a porta devagar e vejo bem nitidamente Jaquelini na minha frente.

Era ela

Fui chegando mais perto para conferir sua respiração, mas meu estado era de choque.

Jaquelini é irmã da minha mãe... Foi fruto de uma gravidez indesejada da minha vó na adolescência... Por isso ela era bem mais velha que minha mãe.

Ela morou aqui durante um tempo, eu ia bastante em sua casa pois ela não podia ter filhos. Se casou e foi morar na Bahia. Desde então nunca mais vi ela.

Mas ela estava aqui, estava de volta, talvez ela saiba da minha mãe.

Minha vontade era de acorda - lá, mas o que eu fiz foi me afastar até a ponta de sua cama pegando uma ficha com exames,  e pela idade sua saúde era impecável. Seja lá o que o Serpente fosse dela, ele cuidava muito bem dela.

Sai da sala, me recuperei e fui avisar Serpente que Jaquelini estava bem, tentei deixa - ló seguro para que ele viesse amanhã de manhã e fizesse o que quiser com ela.

Segunda
7:09 AM

Entro na sala 09 e vejo que Jaquelini estava acordada, eu não queria que ela estivesse acordada, é um baque muito grande para receber após levar um tiro.

— DIANA? — Me olha assustada, confesso que ver que ela me reconheceu me fez abrir um sorriso de satisfação.

— Bo-om dia? — Eu realmente não sabia o que dizer.

— Misericórdia — diz enchendo os olhos com lágrimas — O que você está fazendo aqui meu bem? Nossa como é lindo te ver vestindo esse jaleco — diz e vê que se esforçou demais, deita e respira fundo fechando a boca lentamente.

— Eu senti muito sua falta também tia — digo indo rapidamente até ela avaliando sua preção arterial — É muita emoção eu sei mas primeiro eu preciso que a senhora me diga se está bem, onde sente dor?

— E- eu estou bem D-O-U-T-O-R-A — diz meio fraca e reforçando a palavra doutora inclinando a cabeça com um sorriso, aquilo me encheu de alegria.

— E quanto a dor? O que a senhora está sentindo?

— Sinto dores no meu ombro e sinto meu corpo sobrecarregado, mas nada como a emoção de ver minha sobrinha de jaleco não cure, estou orgulhosa de você Dina— Aquela foi a primeira vez que alguém além da Alana comemorasse meu sucesso, eu não imaginava o quanto era gostoso ouvir isso — Por onde você andou? Como você está?

— Eu andei por onde a vida me levou tia, mas o que importa é que estou aqui novamente não é?

— Claro que é pequena, claro que é. Me dá um abraço, senti tanto sua falta — eu a abracei, aquilo foi um bagulho quase que de mãe pra filha sabe?

Serpente chegou no hospital, e já fez a transferência da minha tia, foi para o hospital mais caro aqui do rio, deu do melhor para ela.

Assim que sai da sala conseguia escutar as desculpas e os perdões dele, ela apenas riu e disse que não era culpa dele.