Scary Love - Rinney.

Capítulo 3

"Nós já estamos indo, pai."

O pai de Finney assentiu antes de voltar ao jornal da manhã. Finney tinha acabado de chegar à porta quando seu pai o chamou novamente. Finney se virou e olhou para ele interrogativamente.

"Hum... cuidem-se bem. Não fiquem fora por muito tempo."

Finney assentiu antes de sair.

Era março e agora estava ficando um pouco mais quente novamente. Do lado de fora, Gwen e Robin esperavam em suas bicicletas enquanto Finney pegava a sua na garagem.

"E é por isso que eu acho que Christopher Reeve é ​​totalmente superestimado. Quero dizer, ele não é tão bonito assim!"

Finney não tinha ideia do que Gwen estava falando, mas Robin, pelo menos, não parecia se importar muito. Ele assentiu e pareceu ouvir com interesse, mas isso provavelmente era apenas uma fachada. Com Gwen, ele simplesmente não conseguia evitar.

"Estou pronto."

Robin olhou para cima quando ouviu a voz de Finney e o calor sempre presente se espalhou por seu rosto novamente. Normalmente Finney desviaria o olhar depois de um momento, mas desta vez algo o impediu. Ele podia sentir suas bochechas esquentando e agora também notou que Gwen os observava atentamente.

Gwen podia dizer quando algo estava acontecendo. Finney teve que tomar cuidado para não deixar transparecer.

Embora, é claro, não houvesse nada a notar. Não havia absolutamente nada a notar.

Enquanto desciam a rua em suas bicicletas, Finney se sentia bem. Foi legal. Gwen e Robin eram suas pessoas favoritas e ele estava feliz que os dois se davam tão bem. A princípio, ele duvidou porque achava que os dois eram incrivelmente diferentes. Agora, no entanto, ele sabia que eles eram realmente totalmente parecidos.

Depois de comprar refrigerantes no supermercado, eles se sentaram em uma parede perto da escola e conversaram. Foi um domingo agradável. A maior parte da conversa foi feita por Gwen e Robin, enquanto Finney ocasionalmente fazia alguns comentários ou acrescentava coisas. Principalmente, porém, ele apenas ouvia.

A certa altura, o sol o fez sentir vontade de cochilar, então ele se deitou horizontalmente na parede entre Robin e Gwen e deixou uma de suas pernas pendurada sonolenta. Ele havia fechado os olhos. Com os raios quentes do sol em sua pele e as vozes suaves ao fundo, teria sido muito fácil simplesmente adormecer, mas de repente ele sentiu uma mão em seu cabelo.

A mão afastou os cachos de sua testa e acariciou suas têmporas. A última vez que alguém o tocou com tanta ternura, foi sua mãe, um tempo atrás. Era incrivelmente bom, mas ao mesmo tempo Finney não conseguia relaxar, porque ele sabia a quem a mão pertencia e seu coração batia como um louco.

Gwen nem parecia notar a coisa toda, ela apenas tagarelava alegremente. Ou ela não percebeu ou não se importou. Talvez depois da noite passada ela pensasse que essas coisas eram normais entre os dois meninos. Finney não tinha certeza do que fazer com essa possibilidade.

Ele ainda estava absorto em pensamentos, a mão de Robin ainda vagando por seus cachos, quando Gwen de repente o aliviou de seu sofrimento, apenas para mandá-lo direto para uma nova miséria.

"Mas Finney, como foi seu encontro com Donna? Você ainda não me contou nada."

Finney abriu os olhos. Era óbvio que Gwen não deixaria isso passar. A mão em seu cabelo congelou. Ele se endireitou lentamente, sem olhar para Robin.

"Não foi nem um encontro, foi?", ele murmurou enquanto esfregava a sonolência dos olhos.

"Ah, vamos, claro que foi!", bufou de volta Gwen enquanto Robin continuava a assistir a conversa silenciosamente.