09

2.2K 314 154
                                    

Três meses depois.


— Você vai se atrasar, amor  — Pete disse olhando para Vegas que ainda estava comendo — Amor!


— Só vou sair quando terminar de comer sua comida — Vegas disse — Você também está atrasado.

— Senhor Kon permitiu — Pete disse rindo e Vegas bufou — Não pode demorar senhor Vegas.

— A senhora Mei ficou com tanta raiva por semana passada que ainda está me chamando de senhor Vegas — Vegas murmurou — Não foi culpa minha se o Kinn estava chupando o Porsche naquele banheiro do restaurante.

— Vegas! Estamos no horário do almoço — Pete brigou recebendo um risinho em troca — Vou arrumar minha bolsa, não esqueça de lavar seu prato.

Algumas semanas depois do pedido de namoro, Pete deu um passo muito grande e chamou Vegas para morar consigo. Pol e Arm acharam uma ideia muito precipitada, mas não podiam fazer nada, assim como Kinn e Porsche.

Vegas demorou dois dias para se mudar para o apartamento do namorado, estavam ainda mais unidos e mais fofos e açucarados — como os amigos chamavam.

Nesses três meses morando juntos o casal aprendeu que a base de um relacionamento - depois de confiança - era saber ouvir e aprender com o próximo.

Pete tinha medo de namoro, tinha medo de que alguma coisa poderia magoar Vegas já que ele era novo naquilo tudo e não sabia o que fazer, o que poderia deixar o parceiro chateado ou magoado, mas Vegas o provou que nada o faria ficar magoado. Pete perdeu o medo de algumas coisas e aprendeu outras, até andar de bicicleta ele andava com mais frequência e saía com seus amigos quase todos os fins de semana ou até mesmo na semana quando não estava lotado com as coisas da faculdade.

Nesses meses ele foi visitar o pai direto como havia prometido, em uma das vezes, Vegas foi com ele, porque não era certo ainda não ter nem trocado uma palavra com o mais velho.

Mas como sempre Kiet não soube segurar a língua e as suas verdades, falou várias coisas para Vegas que apenas ouviu calado e desejou ao mais velho um bom dia ao sair, Pete naquele dia nem sabia como olhar para a cara de Vegas, mas durante a noite em meio aos beijinhos de Vegas, Pete acabou o ouvindo e escutando que em nenhum momento Vegas ficou magoado e que entendia Kiet mesmo da maneira dele.

Estava tudo tão bom que Pete achava que estava vivendo um conto de fadas da nova geração, gostava de rir desse seu pensamento, mas amava aquilo tudo e a sensação boa que só Vegas o fazia sentir.

Havia conseguido um emprego em uma pequena biblioteca da cidade, trabalhava apenas pela parte da tarde depois do almoço até às sete da noite, toda segunda à sexta, assim que saía do prédio, Vegas estava sempre o esperando na porta para juntos irem pra casa.

— Você vai para a biblioteca? — Vegas perguntou entrando no quarto e vendo o namorado arrumando a bolsa — Essa não é a bolsa que você sempre leva, você leva uma mochila.

— Eu vou na casa do meu pai, senhor Kon me deu folga hoje... — Pete suspirou — Desculpe não falar e mentir dizendo que tinha trabalho, mas eu só quero ir visitar meu pai.

— Pete, desde quando eu te proíbo de ver seu pai? — Pete abaixou a cabeça — Amor eu já disse que não fiquei chateado com o seu pai, ele é seu pai e você o ama, eu não vou sair falando por aí o que gosto ou não do que ele fala. Não vamos nos dar bem e isso é verdade, mas você tem o total direito e liberdade de visitá-lo, eu não mando em você.

— Eu só pensei que você...

— Eu sei bem o que pensou, amor — Vegas se aproximou puxando o namorado para um abraço — Talvez eu ficasse chateado, mas eu nunca vou. Vá visitar seu pai como o bom filho que você é.

mine • vegaspete •Onde histórias criam vida. Descubra agora