Quando eu me machuco

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* Bate papo *

S/n: Jake, você está ocupado?

* Jake online *

  Jake: Não. Aconteceu algo?

S/n: Não. Eu só queria conversar um pouco com você.

  Jake: Tudo bem, vamos lá.

S/n: Me diga uma coisa... Você anda dormindo?

  Jake: Por que a pergunta?

S/n: Porque eu me preocupo com você.

  Jake: Não se preocupe.

S/n: Quer desabafar? Você sabe que pode confiar em mim, não é?!

  Jake: Eu sei. Quero muito poder me abrir com você algum dia.

S/n: Eu me importo com você, Jake.

  Jake: Eu agradeço.

  Jake: Irei tentar conseguir mais informações sobre o que aconteceu com os outros. Até mais.

* Jake offline *

Desligo meu telefone e paro para pensar em tudo que aconteceu nos últimos tempos.

Sabe o que me deixa desnorteada? A minha intuição insiste em dizer que eu conheço a Hannah. Eu não sei da onde, não sei como, apenas sei que a conheço.

Eu já tinha problemas psicológicos antes, porém tudo piorou depois daquela mensagem que o Thomas me enviou. A minha vida virou de cabeça para baixo.

Eu tenho alguma relação desconhecida com a Hannah, pessoa que desapareceu;
Eu fiz amizade com os amigos da Hannah;
Eu vi meus amigos sendo atacados e passei a receber ameaças frequentemente;
Eu tive contato com um hacker, meio irmão da Hannah, e me apaixonei por ele.

Sim, me apaixonei mesmo sem conhecer ele, só sabendo o seu nome e a cor de seu cabelo. Estranho, não?! Eu também acho. Mas o amor é incontrolável.

Eu gostaria de estar sorrindo ao invés de estar aqui, me sentindo mal e agoniada por não ter notícia dos meus amigos.

Eles viajaram para a casa que o Richy alugou. Eu achei que essa seria uma boa ideia, mas eles foram atacados. Eu não tenho notícias dos mesmos desde então.

A verdade é que agora estou triste demais. Às vezes, a dor por não conseguir ter protegido meus amigos me atinge e eu não consigo evitar de sentir esta tristeza irremediável.

Mal consigo descrever o que sinto, é como se dentro de mim chovesse, trovejasse e tudo desmoronasse. Nunca senti tamanha dor. Me sinto desorientada, com medo de nunca conseguir me recuperar. Nos últimos tempos vivo com um nó na garganta e um aperto no peito, às vezes até acho que vou morrer, que não vou conseguir ultrapassar esta tormenta em que minha vida se transformou.

Paro de escrever no meu diário pois escuto batidas de palmas vindo do portão de casa. Vou até lá, e assim que chego eu eu não vejo ninguém.

Decido voltar para dentro de casa, mas noto um envelope que foi jogado pelo portão e parou no chão. O que será que é?

Até a Próxima Morte Onde histórias criam vida. Descubra agora