Save Your Tears | KinnPorsche The Series: KimChay

We'll Be Fine 🔞

PORSCHAY

Ainda era difícil para minha mente vincular tudo que estava acontecendo. Eu havia dormido doente e acordei praticamente com Kim ao meu lado e junto dele uma bandeja de café da manhã, depois disso, tudo aconteceu tão rápido que eu mal conseguia acreditar que toda essa situação era real.

Nós havíamos conversado e nos entendido, jogamos as cartas na mesa e finalmente conseguimos compreender todos os medos e frustrações em nossos corações, era como se cada detalhe fosse minimamente calculado pelo destino.

Ouvir as palavras de Kim e entender as suas motivações fez com que finalmente eu sanasse a grande dúvida que ainda pairava em meu coração; ele de fato me amava? ou eu era só mais uma peça no seu jogo?. Felizmente a resposta era o que eu já sabia, bem no fundo do meu coração.

Toda nossa história e nossos momentos haviam sido reais, todos os beijos, carícias e dias felizes que tivemos juntos eram reais, e isso trouxe um sentimento de satisfação para a minha alma machucada que agora lentamente começava a se reconstruir.

Os seus olhos profundos esboçaram toda a dor que ele guardava dentro de si, e foi ali que eu entendi o quanto ele havia sofrido por ter tomado aquela decisão.

Não era apenas eu quem estava machucado, Kim também estava completamente despedaçado, pedaços esses que agora pareciam se remontar gradativamente conforme nós nos aproximávamos outra vez.

O meu coração ainda tinha medo, afinal, não é fácil esquecer toda dor que eu havia passado nesses últimos meses, mas no fundo eu sabia que deveria tentar de novo, porque ele havia se tornando parte de mim, e agora essa parte estava de volta ao seu lugar, fazendo com que o meu coração que antes estava tão ferido, se sentisse completo novamente. Não seria fácil convencer o meu lado racional desse pensamento, mas aos poucos eu sentia a minha mente se acostumar com a presença dele mais uma vez.

Após a nossa caminhada no jardim, voltamos para o meu quarto. Eu ainda me sentia ansioso por ter a presença dele ali. Nós estávamos começando de novo e de algum jeito eu me sentia perdido com a forma em que eu deveria tratar ele a partir de agora. Não estávamos namorando mas também não éramos amigos, então, a categoria restante era "ficantes" e como eu nunca havia ficado com ninguém antes, não fazia a mínima ideia de como fazer isso dar certo.

-Porschay?.- a sua voz gentil me chama fazendo com que meus pensamentos sejam interrompidos.

-S- Sim.

-Você ouviu o que eu perguntei?.- ele se aproxima de mim e lentamente repousa sua mão sobre o meu rosto depositando um leve aperto em minha bochecha.

-Não. Você falou muito baixo.

-Eu perguntei se poderia dormir aqui de novo.- A boca dele estava próxima ao meu ouvido, como uma provocação pelo fato de eu ter culpado a sua voz baixa, e essa singela aproximação faz todo meu corpo se arrepiar.

-Ficantes podem dormir no quarto um do outro?.- pergunto com ironia, o que faz os olhos de Kim adquirirem um brilho estranho.

-Chay, você sabe o que ficantes fazem?.- ele questiona, enquanto lentamente avança o seu corpo sobre o meu, me fazendo recuar vagarosamente até que sinto a porta fechada se chocar contra a minha costa.

-N- Não sei.

-Bom, eles se beijam, trocam carícias, vão em encontros e..- a sua boca mais uma vez se aproxima da minha orelha, e eu começo a sentir a sua respiração quente repousar sobre o meu pescoço, o que faz meu coração palpitar.- Eles fazem sexo.

A última frase que ele profere soa muito mais profunda do que as outras, causando com que cada centímetro do meu corpo comece a se arrepiar. Quando namorávamos, Kim sempre se recusou a ter um contato mais íntimo, e eu nunca entendia exatamente o por quê. Mesmo com as minhas investidas singelas, ele sempre dava um jeito de escapar, mas agora a situação era diferente, nós estávamos em uma relação limpa e com nossos sentimentos à flor da pele, não haviam mais motivos para recuar, e eu não queria que ele recuasse.