VII - Bar + romance

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Pete pov

Depois daquele dia, Tay passou a frequentar a casa muitas vezes. Ele e Macau não se desgrudavam mais e, eu tinha certeza que tinha perdido minha criança. Ele gostava de se bancar o durão sem sentimentos, mas estava claramente caidinho pelo rapaz mais velho. Era fofo de se ver para ser sincero, os dois eram tão diferentes, que chegavam a combinar. São os verdadeiros opostos que se atraem. Por essa aproximação, eu acabei virando um amigo de Tay, ele só tinha idade, ele ainda era apenas um garoto, não sei se pelo fato de ter ficado tantos anos com um cara que o cegou completamente, mas ele era muito ingênuo para quase tudo. Pelo que se via, sua separação repentina que o fez amadurecer um pouco.

Chay e Kim estavam frequentando bastante a casa também, e, nossa, era tão divertido. Nós nos juntávamos quase sempre para assistir filmes, conversar sobre a vida ou comer churrasco. E isso com Vegas e Venice inclusos. Venice adorava visitas e gostava ainda mais de ter toda a atenção voltada para si.

Particularmente eu amava tudo aquilo, mas era difícil demais quando eu lembrava que estávamos fazendo essas coisas sem Porsche. Falando no diabo, ele retornou à faculdade quase uma semana após a briga e, céus, como era difícil ver aquele que eu mais confiei, fingindo que eu não existia. Eu sei que amor nos faz fazer loucuras, mas aquilo pra mim.... Era demais. Nós nunca mais nos falamos, ele nunca me procurou, conversava apenas com Arm, Pol e Tankhun. Quando estavam juntos, eu ficava em um canto sozinho, e vice-versa.

A cada dia que passa sinto mais falta dele, a cada dia que passa sinto que nossa amizade se esfria cada vez mais. Eu sei que sou orgulhoso também, assim como ele, mas não poderia aceitar tudo que falassem à mim, a vida não é um circo onde qualquer palhaçada é aceitável, ele deveria se responsabilizar as vezes pelo que diz. Essa era a maior diferença entre ele e Macau. Che já estava com vinte e quatro anos, mas nunca conseguiu assumir seus erros e, se assumisse, era jogando a culpa para o outro lado. Porchay, que tinha dezoito anos, conseguia ser muito mais maduro que ele, Porchay além de assumir quando errava, sabia que as coisas podem se resolver com uma boa conversa.

Agora eu estava no Shopping, havia matado aula para isso. Já estava com meu segundo salário em mãos e decidi comprar algumas roupas e sapatos para mim.

Chay estava na escola e eu não quis incomodar, então pensei em vir sozinho, mas lembrei de Tay, que eu sabia que tinha bom gosto e como ele estudava a noite, não seria um problema. Ele já estava ali comigo, nos encontramos na praça de alimentação.

Depois de comermos algum lanche nada saudável e nos entupirmos de sorvete, estávamos em busca das roupas.

Haviam aberto algumas lojas no estilo moda coreana lá, e Tay me empurrava para todas as lojas possíveis, me fazendo sair com pelo menos três sacolas de roupas de cada uma, assim como ele, que não perdeu a oportunidade de atualizar seu guarda-roupa.

Eu estava entre shorts jeans, roupas vintage, coturnos e boinas, nós estávamos  no verão, mas ele fez eu comprar sobretudos e casacos de couro, alegando que eu já estaria preparado até para o inverno.

Particularmente, eu me diverti horrores. Tay era um pequeno anjo, eu sei que minhas impressões sobre as pessoas vinham rápido demais, só que, há aquelas pessoas que você sabe que são daquele jeito mesmo, mesmo que passe apenas uma hora por dia com elas.

Depois de comprarmos, fomos para a casa da família menor, Venice ainda dormia em seu quarto, era por volta de onze horas. A casa estava praticamente vazia, já que Macau ainda estava na escola e sabe-se lá onde Vegas havia se enfiado.

– E aí. Me conta, como andam as coisas com Vegas? - Recém havíamos colocado as coisas em meu quarto, nós agora estávamos na cozinha onde eu prepararia o almoço.

Heal Me | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora