Anotações Para Quando Você Acordar • Ainda Posso Escutar

CAPÍTULO V • ¡DESPERTÉ!

{POV VINÍCIUS}

     Sentia uma formigação estranha na boca e nas pernas. Algo incomodava minhas narinas, mas ao mesmo tempo sentia que aquilo me ajudava a respirar.

— Olá? — não conseguia movimentar muito bem minha pernas, mas conseguia sentir elas. Ninguém me respondia.

     Eu só conseguia pensar no que poderia estar acontecendo, e me lembrar também da última coisa que me aconteceu. O Luiz, Luiz estava com uma, puta desgraçada, e... E logo depois eu saio de sua casa, com o carro em disparada pra qualquer lugar que me fizesse não estar perto dele e me esquecer dele. No momento em que me lembro disso, Cat entra no quarto para uma visita de costume imagino.

— AI... MEU... DEUS. — Ela para e me vê ali olhando sem entender nada.

— Oi amiga. — ela não me respondeu, simplesmente saiu. Ela volta do nada quase quebrando a porta, e eu vejo meus pais entrando como quem não acreditasse no que estava acontecendo.

— Filho? — minha mãe perguntou quase deixando as lágrimas caírem sobre suas bochechas marrons.

— Desperté madre — embora meus pais não falassem espanhol, eles conheciam poucas palavras, essa frase eles sabem o que eu quis dizer.

— Ai meu Deus meu filho, finalmente você acordou! Ninguém aguentava mais essa aflição de você acordar ou não meu príncipe. — meu pai vinha me abraçando.

— É muito bom acordar pai, embora eu não saiba de que.

     Nesse momento, todos pararam e ficaram olhando pra mim.

— Que foi? Falei algo de errado?

— Amigo, tu não lembra do por que você estar aqui internado?

— Eu não sei nem por que tem coisa no meu nariz. E minhas pernas, estão formigando, muito mesmo. — neste momento eles continuaram em silêncio.

— Tia? A senhora fala? — eles estavam começando a me assustar, eu sei que estou internado

— Fala o que mãe?

— Filho, vou aproveitar que você já está deitado e com os aparelhos ligados, —  aí meu Deus — você sofreu um acidente de carro meu bem. — tinha algo que eu devia lembrar, mas não estava conseguindo

— Acidente? É por isso que sinto minhas pernas e braços formigarem tanto?

— Isso é por que você ficou muito tempo sem mover eles, logo você recupera os movimentos de ambos. — disse o doutor que estava ali na hora.

     Eu ficava movendo a cabeça procurando um certo alguém, e eu fiquei meio cabisbaixo, e minha best notou.

— Amigo, ele esteve aqui! Só que ocorreram altos e baixos enquanto você esteve dormindo.

— E que baixos, hein Catarina — meu pai falou olhando pra ela.

— O que você fez sua maluca?

— Nada além de te proteger, você sabe que eu faço qualquer coisa por você amigo! — eu amo essa maluca. Apesar de ela ser um pouco surtada as vezes kkkkkk.

— Doutor, quando meu filho irá poder ter alta? Ele consegue sair antes do natal?

— Ainda precisamos realizar alguns exames. Mas acredito que antes do dia 25 ele já tenha alta.

     Detalhe, o doutor era um gato, mas um gato de galã de televisão. Digamos que ele estava num nível Chris Hemsworth. Mas enfim, fiquei mais um dia no hospital e recebi alta no dia 23 de dezembro. Ficamos às pressas andando pela cidade comprando as coisas pra decorar a casa dos meus pais, lembrando que eu não moro com meus eles mais, quando aconteceu o acidente eles ficaram loucos. Ai vou passar um tempo com eles.