•23•

2.6K 211 73
                                    

P.O.V's autora

- Marília? - Maiara sussurrou, após trancar a porta do pequeno cômodo escuro que havia entrado.

Maiara não estava insegura em pensar que o zelador poderia estar ali dentro, afinal, era o intervalo e normalmente, este ficava andando pelos corredores ou até mesmo na sala dos professor, tomando café com os próprios.

Assustou-se quando sentiu a claridade invadir seus olhos, de uma maneira incomodativa. Passou as mãos pelos olhos, tentando aliviar sua visão embaçada e, após olhar em volta, deu de cara com Mendonça, quase colada à si, segurando um pequeno fio que levava até a luz, que quando era puxada, desligava e ligava a iluminação do local. Suspirou aliviada quando finalmente viu a presença da amiga no cômodo.

- Então, o que queria me perguntar? - Cruzou seus braços, olhando na obscuridade da pupila escura de Marília.

Maiara foi surpreendida pelo ato de Marília, de levar sua mão até a sua cintura e a puxar contra si, colando mais seus corpos. Maiara acabou por rir, levando seus braços até o peito da mais nova, se apoiando ali. Marília andou um pouco para trás, batendo suas próprias costas na parede. Marília não tirava os olhos de Maiara, que ria baixo, assim como a loira. Maiara entreabriu os lábios quando viu que, quando Marília se apoiou na parede, acabou derrubando algumas vassouras, fazendo barulho, que qualquer um do outro lado poderia ouvir. A loira riu um pouco alto e Maiara levou seu dedo indicador até os lábios da própria, pedindo silêncio.

- Shh... - Murmurou, a olhando de baixo, se inclinando sobre o corpo de Marília. - Alguém pode nos ouvir.

- Eu não ligo para isso. - Segurou no pulso da ruiva e tirou a mão da mesma de frente de seus lábios.

Sem avisos prévios, Marília selou seus lábios aos de Maiara, em um beijo lento, que fez a mais baixa sorrir entre ele. A ruiva rodeou o pescoço da loira com seus braços, se colando mais à si, sem tirar aquele sorriso dos lábios, que ainda estavam selados aos de Marília. A língua de Marília roçou sobre os lábios cheios de Maiara, fazendo-a entreabri-los, deixando que a língua da loira adentrasse ali.

Marília se abaixou um pouco, somente para levar suas mãos até as partes traseiras das coxas de Maiara, levando logo até sua virilha, assim, a puxando para cima. Maiara, ao perceber isso, envolveu suas pernas na cintura da loira, ficando, agora, em seu colo. As mãos de Maiara passeavam pelos cabelos loiros da outra, assim, explorando seus fios. Os puxou um pouco, fazendo Marília jogar a cabeça para trás e separar seus lábios, fazendo Maiara sorrir largamente, mais uma vez.

- Ainda estou esperando sua pergunta. - Depositou um simples selar no maxilar da loira, fazendo-a fechar os olhos, delirando em seus próprios pensamentos.

- Me deixa tocar seu corpo, Maiara? - Segurou firme nas nádegas da ruiva, agora, a fitando. - Me deixa sentir o seu gosto? - Passou sua língua sobre os lábios inchados da garota. - Me deixar cuidar de você? - Deu um forte tapa em uma das nádegas de Maiara, arqueando suas costas. - Me deixa te deixar molhada e depois te chupar, Maiara? - Segurou a garota em seu colo somente com uma das mãos, levando a outra para sua coxa e indo lentamente em direção a intimidade da ruiva.

Maiara, involuntariamente, mordeu o lábio inferior, sem tirar os olhos da loira, que também a fitava.

- Deixe eu te foder, Maiara? - Perguntou por fim, vendo que a garota se arrepiou, por conta de seu tom de voz, rouco e falhado.

Maiara se aproximou do ouvido de Marília, deixando o lóbulo da loira entre seus dentes, mas logo o soltou, suspirando pesado ali, somente para provocar.

- Faça o que quiser de mim, Marília. - Sussurrou, arranhando suas costas, ainda cobertas, lentamente.

Marília, ao ouvir isso, riu baixo e pervertida, segurando Maiara com as duas mãos novamente. Selou seus lábios brutalmente, em um beijo necessitado. Maiara começou a mover seu quadril, para cima e para baixo, e em círculos, tentando ter mais contato com a excitação de Marília.

Maiara gemeu de dor, quando sentiu suas costas chocarem-se brutalmente com a pequena estante de ferro que tinha ali. Marília passou a mão pelo local atingido, sem tirar seus lábios dos de Maiara. Os arfos femininos de Maiara levavam Marília à loucura, não sabia o que sentia no momento, só sabia que queria Maiara, de todas as formas, queria ela para si. Sentia-se ótima com a sensação de ter Maiara aos seus pés.

E as carícias foram interrompidas, pelo som da maçaneta tentando ser aberta.

Maiara e Marília olharam de imediato para a porta, vendo que havia alguém do outro lado tentando abrir, desesperadamente.

- Hey! Tem alguém ai? - A voz grave do zelador soou confusa do outro lado da porta. (N/A: empata foda morre cedo)

- Lila, e agora? - Perguntou Maiara, olhando nervosa para a loira.

Marília desceu Maiara de seu colo e, assim que Maiara desceu, começou a ajeitar a calça jeans que usava. Passou a mão em seus cabelos e em sua camisa, a arrumando. Ajeitou alguns botões da camisa, que Marília havia desabotoado. Olhou para a porta novamente e se aproximou.

- Hey! Abra a porta! - Agora, o zelador batia desesperadamente na porta.

Maiara respirou fundo e olhou novamente para a loira atrás de si, que assentiu e então, Maiara destrancou a porta lentamente e logo a abriu, revelando a imagem do belo zelador. O homem alto, com a pele meio bronzeada, a barba por fazer, os fios de cabelos negros perfeitamente cortados caídos em seus olhos, os músculos levemente marcados pelo uniforme na cor cinza. Este é o verdadeiro zelador-dos-pornôs.

Maiara sorriu sem graça para o homem, que estava com as mãos na cintura, olhando confuso para a mesma. Até que, o olhar do mais velho caiu sobre a loira, que estava atrás da ruiva, ajeitando sua roupa. Marília suspirou e então, olhou para o zelador, que estava bloqueando a saída das duas.

- Será que você pode nos deixar passar? - Perguntou Marília, ainda olhando para o homem, que logo deu espaço para as meninas passarem, sem tirar aquela feição confusa de si.

Marília suspirou pesado e abaixou a cabeça, saindo do pequeno cômodo. Maiara olhou para os lados e então, avistou Guilherme, um pouco - talvez muito - distante do local em que estava. Olhou para Marília, que sorriu tristonha e abaixou a cabeça, ao ver a direção em que Maiara olhava. A loira simplesmente começou a andar em uma direção qualquer, ainda de cabeça baixa, tentando ignorar o fato Maiara ter deixado-a sozinha, para ir com o namorado.

Foi quase!

Nudes | Adapt. MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora