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- Sério mesmo que você vai me ignorar durante toda a viagem? - Perguntou Marília, ao ver que Maiara olhava brava para a estrada, com os braços cruzados e com as sobrancelhas franzidas.

Não obteve resposta.

Marília bufou e então, tentou se concentrar no que realmente deveria de concentrar: na estrada. Maiara estava em silêncio desde o momento em que pararam de trocar mensagens em sua casa. Sua mãe não falou absolutamente nada à respeito, mas olhou de uma maneira para Maiara, que foi como se dissesse: "conversamos mais tarde".

O prédio do enorme shopping foi avistado. Marília foi até o estacionamento do lugar. Estacionou no terceiro andar, já que estava muito movimentado, por ser o único lugar onde achou uma vaga e porque naquele andar era o cinema. Maiara, ainda de braços cruzados e de feição emburrada, saiu do carro, sem ao menos olhar para os olhos de Mendonça. A loira fez o mesmo, indo atrás da ruiva, que batia os pés e andava em sua frente. Parecia até mesmo uma criança quando a mãe nega algum doce.

- Maiara! - Marília a chamou, mas Maiara continuou andando, fingindo que não ouviu nada. - Maiara! - Marília a chamou pela última vez e segurou em seu braço, a virando para si. - Que coisa ridícula ficar brava por um motivo desses, Carla. - Disse Marília, a olhando fixamente.

- Eu não estou brava! - Exclamou Maiara, se soltando da mão da loira.

- Ah, sim. Imagina se estivesse. - Riu, começando a andar ao lado da mais baixa, com uma das mãos na cintura da própria, a envolvendo.

Adentraram o shopping e sem muita enrolação, foram em direção ao cinema, mas no caminho, deram de cara com aqueles carrinhos em forma de animais. Como se fossem... "animais com rodas"?!

Marília sorriu largamente para o brinquedo e logo olhou para Maiara, tentando fazer uma expressão infantil.

- Não, não faça isso. Você sabe que essa é a minha fraqueza. - Maiara disse, ainda de braços cruzados.

- Por favor... Vamos... - Manhou, fazendo um bico torto e triste.

- Não. Temos que ver filme. - Maiara sorriu de uma maneira pervertida, involuntariamente.

- Mas é só dez minutos de passeio. Vamos lá. Por favor. - Marília juntou suas mãos, como se estivesse implorando, o que ela realmente estava.

- Não, Marília! Vamos logo. - Maiara puxou o pulso da loira, que estava, agora, sem vontade alguma para continuar o passeio.

Maiara havia rejeitado a maior aventura do mundo.

{...}

- Cala a boca, Marília. Vão nos expulsar da sala. - Maiara sussurrou, subindo as escadas, para ir até ambos os assentos.

Marília havia dado praticamente um grito, quando percebeu que estavam sozinhas na sala do cinema. As únicas pessoas que estavam lá eram duas senhoras de idade. Por sorte, elas estavam na terceira fileira das poltronas. Marília e Maiara haviam pegado poltronas na última fileira, ou seja, umas dez fileiras longe daquelas senhoras. Com certeza não ouviriam nada que não devam ouvir, certo?

Subiram todos os degraus, em absoluto silêncio, para não acabar com a conversa que ambas as mulheres tinham. Um diálogo bem longo, por sinal. Marília, de vez em quando, soltava alguns risos, por estar feliz. Uma felicidade meio... Maliciosa, podemos assim dizer.

Sentaram-se em seus devidos assentos e se entreolharam. Marília abaixou seu olhar para os braços de Maiara, que abraçavam o balde de pipoca em frente ao tronco. Maiara franziu o cenho, tentando proteger o balde, que sabia que Marília iria atacar. E Maiara estava certa. Marília tentou tirar o balde dos braços da ruiva, puxando pela borda do objeto, enquanto Maiara ainda estava envolvendo o balde com seus braços.

- Sai! Marília! Você disse que não iria querer pipoca! - Disse Maiara, tentando tirar as mãos de Mendonça do balde, sem tirar o próprio de seus braços.

- Agora eu quero. Me dá! - Exclamou Marília, um pouco - talvez muito - alto.

- Shhh... O filme já vai começar. - Sussurrou Maiara, quando percebeu que a sala havia ficado escura e as propagandas já haviam acabado.

Marília desistiu e então, bufou, colocando as mãos sobre seu colo, mostrando-se derrotada. Olhou para Maiara de relance, que olhava fixamente para a telona e também, devorava o balde de pipoca. Marília achava que Maiara iria devorar o próprio balde.

Minutos do filme se passaram e Marília não aguentava mais. Ela estava impaciente. Queria fazer o que realmente foram fazer ali, mas até agora nada. Nem um sinal de malícia da parte de Maiara. Nem um toque bom trocado. Nada. Absolutamente nada relacionado à isso.

A loira havia se cansado e então, levou sua mão até a de Maiara, que estava próxima de seus lábios, por ter entregado um estoque de pipoca à pouco, aos mesmos. Maiara a olhou confusa e Marília continuou olhando para o filme, como se nada, absolutamente nada, estivesse acontecendo. A loira guiou a mão da ruiva até a região de sua intimidade, que ainda estava coberta pelos panos das roupas indesejadas. Maiara franziu o cenho, ainda não entendendo o que a loira queria com aquilo. Mas, assim que Marília soltou a mão da ruiva, Maiara finalmente notou o que Marília queria com aquilo. Marília, para disfarçar, apoiou o cotovelo no braço da poltrona e o queixo em sua mão, ainda olhando para a telona em sua frente.

Maiara arqueou suas sobrancelhas e, sem tirar a mão de cima da outra, largou o balde de pipoca na poltrona ao lado, para facilitar tudo a partir de agora. Maiara voltou a olhar a mais alta e então, pressionou seu clitóris sobre o pano das roupas, fazendo-a arfar discretamente. Mas Maiara percebeu e então, riu. Maiara começou a movimentar os dedos, arrancando arfos violentos de sua parte. Marília olhou para a mão da ruiva e então, notou que a própria estava desabotoando sua calças, lentamente. Assim que fez isso, Maiara se aproximou da loira, deixando o lóbulo do mesmo entre seus dentes. O puxou levemente, mas logo o soltou, rindo baixo ali, em seguida. Maiara começou a descer beijos molhados pelo pescoço da mais alta. Esta, ainda tentava disfarçar, olhando para a tela que passava um filme qualquer, que ela sequer sabia o nome, afinal, não foi ali para prestar a atenção em um filme qualquer, e sim, no pornô único nomeado "Maiara".

Maiara passou a mão nos cabelos loiros e os puxou, fazendo Mendonça virar seu rosto, para si, agora, a encarando. Marília selou seus lábios brutalmente aos de Maiara, depositando selares demorados e desesperados sobre os próprios. Maiara já tinha a respiração ofegante, assim como a de Marília, fazendo ambas as respirações ofegantes se chocarem.

Maiara separou seus lábios dos lábios da outra e então, se levantou, mas não demorou muito para que já se encontrasse ajoelhada entre as pernas da mais alta. Maiara tinhas as mãos pousadas sobre as coxas fartas e marcadas de Mendonça e um sorriso pervertido e involuntário sobre os lábios. Maiara mordeu o lábio inferior, olhando para a umidade da outra.

Maiara começou a distribuir beijos pela região, enquanto abaixava a calcinha junto com a calça. Marília acabou gemendo, quando sentiu a língua da menor começar seu passeio.

Maiara direcionou seu olhar para Marília, e viu que a própria estava acenando para frente, com um sorriso forçado e largo sobre os lábios. Maiara então, levantou a cabeça, assim, a virando para atrás, checando para quem Marília estava acenando. Quando Maiara viu, arregalou seus olhos e se abaixou novamente. Aquelas senhoras estavam as olhando o tempo todo?!

Céus, que vergonha. Maiara sentiu que suas bochechas estavam mais vermelhas do que duas cerejas maduras. Olhou para Marília, ainda com a cabeça sobre seu colo, para se esconder das mulheres que estavam lá embaixo.

- Maiara. - Marília a chamou e então, a olhou.

- Sim? Elas já pararam de olhar? - Perguntou Maiara, e Marília negou. - São duas pervertidas. - Murmurou. - Mas somos nós que estamos praticamente transando no cinema, então... - Murmurou novamente, rindo em seguida.

- Maiara! - Marília sussurrou, mas pareceu mais um grito.

- O quê é? - Maiara a olhou, franzindo o cenho.

- Vamos para o carro?

Nudes | Adapt. MaililaOnde histórias criam vida. Descubra agora