#1 | série indecent sinners
❝𝐌𝐞 𝐩𝐞𝐫𝐝𝐨𝐞, 𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐫, 𝐩𝐨𝐢𝐬 𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐪𝐮𝐞𝐢.❞
Livro não recomendado para menores de 18 anos, pode conter gatilhos. Leia as notas iniciais antes de prosseguir com a leitura. A sinopse completa se encontra...
“A morte é sempre e em todas as circunstâncias uma tragédia, pois, se não é, quer dizer que a própria vida passou a ser uma tragédia.”
Theodore Roosevelt
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VINTE E UM ANOS ATRÁS...
O momento tinha chegado.
Aquele do qual ele havia temido nos últimos três anos e meio, buscando qualquer alternativa possível para escapar do inevitável, fugindo sempre que achava que tinha sido encontrado. Mas dessa vez ele tinha sido desleixado e esqueceu de tomar todas as precauções, colocando a vida da sua família em risco.
E ele nunca iria se perdoar por isso.
Ele morreria e levaria o arrependimento para o túmulo, pois não poderia contar nada a ninguém, nem mesmo a sua família, que esteve com ele em sua fuga sem entender o que estava acontecendo, contudo, sempre fiel a ele e sua promessa de estarem sempre juntos.
E agora, enquanto o relógio pregado a parede do outro lado da sala de estar tocava seu tic-tac incessante indicando sua última hora de vida, as chamas da lareira crepitaram quando a porta da frente se abriu e ele segurou o copo de uísque em sua mão com mais força, a mandíbula se apertando.
Ninguém mais estava na casa, a não ser ele.
Ele não podia deixar que sua família estivesse presente quando tudo acontecesse, então deu a eles algum dinheiro e pediu que fossem visitar uma parente da família, que morava há algumas quadras de distância. Ele esperava que fosse o suficiente para mantê-los longe pelo tempo que ele precisava.
Esperava que eles não viessem antes da hora. Isso não podia acontecer.
A porta se fechou devagar, quase como se o intruso estivesse tentando não chamar atenção, embora ele já tivesse sentido sua presença maligna há muito tempo. Ele a sentia há anos, como um prelúdio da morte. Ele tinha conseguido evitá-la por um tempo, mas agora chega. Não tinha mais nenhuma escapatória.
Os passos se aproximaram da sala, pesados e ameaçadores. O gelo no copo tilintou contra o vidro, e os passos pararam por um momento. Ele não sabia o que o intruso estava pensando, mas talvez não esperava que ele estivesse acordado. Era uma pena. Ele não queria enfrentar a morte de olhos fechados.
Queria enfrentá-la de olhos bem abertos, desperto. Não queria se acovardar como tinha feito nos últimos anos, dessa vez ele ficaria diante do intruso e aceitaria o seu destino. Ele só esperava que sua família lhe perdoasse quando o encontrassem.
Sentado na poltrona, ele viu o intruso se aproximar dele e ficar em sua frente, somente seus olhos visíveis na escuridão, nem mesmo as chamas da lareira conseguiam iluminar seu rosto. Mas ele sabia o quanto podia ser ameaçador, ainda mais quando ele tinha sido desrespeitado nos últimos tempos.
Ele terminou de beber o restante do uísque enquanto o intruso esperava calmamente, sem pressa para terminar o seu serviço agora que finalmente tinha encontrado-o.
“Eu disse que te encontraria...até mesmo no inferno.”
E bem, o intruso tinha cumprido com a sua palavra. Ele deixou cair o copo no chão, o carpete entorpecendo o barulho da queda. Então respirou fundo e olhou para o intruso, abrindo um sorriso que esperava ser desafiador.
Eu consegui fugir de você até agora, mas você me encontrou.
Ele conseguia debochar da morte até mesmo quando se encontrava diante dela.
É uma pena, eu gostei de brincar.
O intruso abriu um sorriso que demonstrava todo o estresse que estava sentindo, e trincou os dentes. Ele podia imaginar todos os xingamentos que estava passando pela mente dele naquele momento, todos direcionados a ele... e ainda assim só quis rir da situação.
De que adiantava lamentar e implorar, quando o fim da linha tinha chegado para ele?
Cansado de esperar, o intruso tirou do bolso de trás da calça uma arma prateada, que se iluminou sobre o brilho das chamas. O sorriso desapareceu, e ele soube que o seu tempo tinha acabado, enfim.00
— Uma última palavra? — O intruso perguntou, enquanto carregava a arma com uma única bala.
Ele não respondeu a pergunta, preferindo permanecer em silêncio. Ainda que dissesse alguma coisa, não adiantaria nada. Ele se colocou nessa, levaria as consequências com ele.
— Bem, bem... que assim seja.
E com um único movimento, ele engatilhou a arma e atirou com um tiro certeiro direto na cabeça. O corpo foi jogado para trás como se tivesse sido empurrado por alguém, antes de tombar para o lado, os olhos abertos e sem vida.
O intruso esperou por um momento, quase como se estivesse esperando que o corpo se levantasse e fosse até ele, mas como o esperado, nada aconteceu. Então ele guardou a arma de volta no bolso e saiu da casa em silêncio e calmamente, sem saber que ali perto, alguém tinha observado tudo.
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