ASTROS, ESTRELAS E... O CÉU | Satzu. Twice

Astros, estrelas e... você.

Tzuyu estava deitada na grama mais uma vez enquanto suas amigas corriam e brincavam sem parar pelo campo. Ela adorava parar para observar o mundo ao seu redor, principalmente o céu, Chou adorava olhar para cima e ver o quão grande e bela era aquela imensidão azul do céu. Não importava o dia, a hora ou clima, para ela, ele sempre estava lindo.

Mas esse dia foi diferente. Era começo de um verão, a brisa batia fraca e refrescava enquanto o sol esquentava as pessoas pelo grande campo repleto de pequenas flores.
Tzuyu preferiu se esconder do grande e quente astro debaixo da sombra de uma árvore, ela observava as nuvens com tanta concentração que não percebeu Sana se aproximar.

Sana não era lá fã de observar, ela gostava de viver, sentir, tocar. Ela não conseguia apenas admirar algo de longe sem nunca poder senti-la, era quase uma tortura para ela. Mas desta vez, e somente desta vez, ela pensou em se juntar a Chou, para tentar entender o que havia se tão bom em olhar o céu.

"Posso me sentar?" Disse ela.

"Claro, fique a vontade" Tzuyu respondeu.

Sana se sentou ao lado da maior e as duas permaneceram em silêncio por um tempo, até que a japonesa acabou se cansando do silêncio e resolveu quebra-lo.

"O que tem de tão interessante lá?" Perguntou, olhando para a taiwanesa.

"O que?" Respondeu confusa, retribuindo o olhar de Minatozaki.

"No céu Tzu, o que tem de interessante nele?"

"Você não vê? Não vê mesmo a beleza dele?" Tzuyu se sentou.

"Não, acho que não. Para mim é apenas um grande céu azul, apenas isso"  deu de ombros.

As palavras deixaram Tzuyu indignada, ela precisava mostrar a beleza oculta da paisagem perfeita, era um obrigação.

"Como não vê, Sanie? Olhe para ele." Sana se virou e começou a olhar para o céu.

"Estou olhando, e ainda não vejo nada" e então, Tzuyu segurou o rosto da garota e o virou na direção correta.

A direção onde o vento batia e levava as nuvens, conseguindo agora mostrar as belas formas que elas tomavam, com um pouco de imaginação.

"Agora, olhe de novo, mas olhe atentamente!" Chou sorriu "Veja como os pássaros se tornam parte da paisagem, como os aviões passam lindamente por ele, como as nuvens vão mudando de lugar e dando a impressão errada de que o próprio céu está se mexendo! Ainda vai dizer que não vê nada?" Ela por fim solta o rosto de Sana

"Você tem um ponto, mas qual é a razão disso?" Ela olha para Tzuyu, que se mantém olhando para cima "Tzu? Por que gosta tanto de olhar para ele?"

"Por que é belo! É lindíssimo!" Ela sorri, largamente.

"Qual é o propósito de admirar e nunca poder sentir-lo?" Sana agora encarava Tzuyu procurando algo em seu sorriso que explicasse a sua fixação pelo céu.

"Mas eu posso sentir-lo! Quando ele está escuro e com nuvens carregadas, nos avisando sobre o que vem adiante eu posso sentir-lo se entristecer, quando chove e tudo fica escuro por um momento e é como se ele estivesse caindo sobre nós, posso sentir-lo se lamentar, quando ele fica apenas nublado nos mostrando que acabou eu sinto o seu alívio, e quando nos impede de ver o tão famoso sol, eu posso sentir a sua tristeza ao ser esquecido." Sana a observou com atenção, percebendo o quão profundo aquela imensidão azul era.

"O que você está tentando dizer?" Perguntou ainda confusa.

"Estou dizendo que o céu só é lembrado nos dias bons, onde o sol está escondido e só ele brilha, ou quando o sol se põe, bem antes da noite chegar no fim da tarde, pois antes e depois disso, os astros são personagens principais, enquanto as estrelas são as coadvantes. Eu admiro o céu, pois sei que poucas pessoas reconhecem a sua beleza. É o que eu estou dizendo." Chou desta vez olha para sana com um sorriso tímido no rosto "Admiro o céu, pois ele me lembra você, Tozaki"

Sana deu uma pequena risada, abraçando a namorada com carinho e descansando sua cabeça sobre o ombro da mais alta.

Agora, Minatozaki Sana finalmente compreendeu a paixão platônica de Chou Tzuyu pelo céu, e não só desta vez, passaria a admirar-lo mais vezes.