robber | winrina

joalheria

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Ningning estava discutindo sobre algum assunto completamente banal com Giselle em quanto enchia a boca de salgadinhos gordurosos. O tão esperado e planejando dia do roubo havia chegado e as garotas estavam reunidas no apartamento em quanto aguardavam as horas passarem para finalmente poderem entrar em ação.

- Quer parar de falar de boca cheia? - Karina se juntou as duas que estavam sentadas no sofá. - Isso é nojento.

A chinesa parou no exato momento em que a frase lhe foi direcionada. Ela com certeza sentia um respeito e gratidão muito grandes por Karina, a coreana se dispunha a ajudá-la em tudo que precisasse, seja do lado pessoal ou da equipe. Ningning chegava a se sentir como uma irmã mais nova sendo mimada, e por isso confiaria sua vida a outra sem pensar duas vezes.
A companhia das três era realmente uma coisa genuína de todas as partes, embora brigassem o tempo todo, elas poderiam até se considerar melhores amigas.

- Foi mal. - Se desculpou e deu espaço no sofá para a outra se sentar no meio delas. - Aceita um pouco? - Estendeu sua mão com o pacote de salgadinhos que foi recusado em seguida.

- Não quero, obrigada. - Deu um leve sorriso. - Quais as espectativas para essa noite? - Questionou olhando para os dois lados.

- A gente vai arrasar como sempre, é óbvio. - Giselle respondeu confiante como sempre.

Elas de fato sempre foram impecáveis em todas as missões até o momento, eram praticamente como fantasmas, a polícia ou qualquer outro cidadão jamais arriscaria palpitar que qualquer uma das jovens com sorrisos bonitos seria capaz de cometer qualquer crime como esses. Tudo estava do lado delas o tempo todo.

- O que acham de conferirmos as coisas? - Karina perguntou. - Eu sei que ainda falta tempo, mas sempre é bom se precaver.

Karina as vezes se considerava como uma mãe preocupada demais com todos os detalhes, ela gostava de ter tudo conforme as linhas e se previnir até quando não há necessidade, afinal, qualquer erro poderia custar a liberdade dela e de suas amigas.

Ningning deu um pulo do sofá e foi em direção ao banheiro para lavar as mãos, já sabia que se limpasse os farelos de salgadinho nas roupas iria levar uma bronca de Karina. Em seguida foi até o único quarto do apartamento e pegou uma maleta um tanto pesada e seu inseparável notebook e se dirigiu novamente para a sala com as outras, onde voltou a se sentar, agora com o objeto no colo.
Giselle pegou o controle da televisão e abaixou o volume para elas poderem ter total foco no diálogo.

- Ok, deixe-me ver... - Ningning abriu a maleta em quanto procurava alguma coisa. - Aqui estão todos os fones sem fio e as luvas.

Ela retirou três pares de luvas de dentro da mala e entregou para as garotas, em seguida direcionou sua atenção para a tela do notebook que continha uma série de coisas quase indecifráveis. Seus dedos digitavam tão rápido que as outras ficavam impressionadas com a agilidade que a mais nova tinha.

- Olhem só. - Virou a tela para que as outras pudessem observar. - Eu consegui entrar no sistema deles e ter acesso a todas as câmeras de segurança. - Sorriu ao ver a reação delas. - E além disso consegui invadir todas as câmeras da rua. No momento em que vocês forem até lá eu vou deixar as gravações antigas rodando em loop, assim não irá ter nenhum corte e vocês vão passar totalmente despercebidas.

Ambas das feições estavam surpresas e satisfeitas, as habilidades que a de cabelos castanhos tinha eram de deixar qualquer um boquiaberto.

- E antes que me pergunte eu já conferi as filmagens das noites anteriores e a partir das 2:00h da manhã não tem nenhuma alma viva vagando pela rua! - Se direcionou à Karina.