um poeta apaixonado;

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Poesia é um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras. No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos.

Chinsun estava pronta. Com o braço flexionado segurando seu arco, ela mirou no alvo à frente. A madeira com um círculo vermelho recém pintado mostrava bem o objetivo da garota, e todos ali queriam vê-la vencer.

Ela ajeitou mais uma vez a flecha na mira e atirou. A flecha atravessou o ar, passando pelo extenso campo e parou no ponto central do alvo. Um sorriso animado apareceu no rosto de Chinsun do mesmo modo que quando era criança e vira pela primeira vez uma estrela brilhante no céu.

A reação do rei e da rainha não poderia ser outra. Aplaudindo sua filha, eles sorriram todo orgulhosos e virando-se para ver a reação dos servos que tiveram o mesmo retorno.Todos estavam felizes, exceto uma pessoa.

— Vão ficar parados aí seguindo com o dia normalmente, aplaudindo uma pessoa que só fez a sua obrigação, ao invés de irem atrás da minha noiva? — Chinsook estava realmente alterado. — Ela com certeza sabe onde está Jaehwa!

— Meu filho, isso é apenas nervosismo de mulher. Ela vai voltar. — O rei repousou a mão no ombro do filho com um ar de compreensão. — Temos dezenas de guardas a procurando. Vai ficar tudo bem.

— Mas e o acordo dos reinos, papai? — O rapaz continuava apreensivo.

— Deveria deixá-la em paz! — Chinsun bradou forte o suficiente para ser escutado por toda Darzzo.

Foi então que a moça levantou seu arco, preparando a flecha e usando a cabeça do irmão como alvo. E pela experiência e pontaria, com certeza ela acertaria. Porém, foi com o olhar de reprovação de seu pai que ela abaixou a arma.

— Olha, ela sabe onde minha noiva está! — Chinsook apontou para a irmã, parecia uma criança de tanta imaturidade.

— Se me derem licença, vou para minha aula de harpa. — Chinsun dobrou os joelhos, colocando seu pé para trás e abrindo a saia de seu vestido em sinal de respeito.

Era possível ver o desgosto exalando da voz de Chinsun, o sentimento de ter que fazer algo que era contra a sua vontade, o que na verdade se resumia a quase tudo que fazia. Desde ter que preparar seu vestido de camadas para se usar logo de manhã, até as aulas de harpa e saber dançar em um baile.

Porém, aquele dia seria diferente. Era época de colheita de maçãs e o momento certo para a princesa se misturar por entre as servas que iriam para o campo e depois distribuir o alimento para a população. A melhor oportunidade para ter contato com quem não fazia parte do seu círculo de pessoas sufocantes.

Que Chinsun era ótima em disfarces, isso já era óbvio. A menina tinha até preparado sua capa preta, da qual cobria sua cabeça e parte do seu rosto, ela estava apenas esperando as mulheres passarem com os cestos para colocarem nos caixotes dos quais os cavalos levariam para o centro de distribuição do reino.

Quando chegaram à enorme cabana onde eram armazenados os alimentos recolhidos do reino todos sabiam o que fazer, e misturada às servas, a princesa pegou alguns cestos de maçãs e começou a andar em fila para fora do local.

Mais afastada das outras, Chinsun continuava com o seu disfarce e caminhando por entre seu povo, ela se sentiu viva novamente. Os moradores de Darzzo eram humildes e educados, sempre sorrindo uns para os outros mesmo que para desconhecidos.

Mas havia um que ela mais se sentia atraída e interessada, um homem que estava ali todos os dias em que a moça fugia do castelo, como se estivesse a sua espera. Ele tinha as mãos e camisa sujas de tinta, o cabelo castanho repartido ao meio e uma pele que reluzia ao sol.

O Sol e Seus PecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora