Por Adam
Cassandra se afastou de seus braços, e foi com certa relutância que Adam a permitiu sair, estranhando essa relutância em deixá-la e o desejo de mantê-la ali por mais um tempo, quando o seu normal no qual ele estava familiarizado, era o sentimento indescritível de repulsa quando era abraçado, ou tocado.
Apesar de as vezes ser inevitáveis certos contatos físicos, Adam não deixava de se sentir desconfortável com os abraços e o contato de estranhos. Até mesmo com certos familiares o tocando, ou, o abraçando o causava desconforto.
Era normal para ele se afastar o mais rápido possível de qualquer situação que envolvesse toques físico, mas ali estava ele desejando que ela ficasse mais um pouco em seus braços.
Que confuso! Era como achar uma peça de um quebra cabeça que não se encaixava, ele não fazia idéia de onde a pôr, mas ela não deixava de fazer parte. Como se fosse a parte mais importante daquele quebra - cabeça que ele deveria guardar, e manter.
Apesar de não entender os porquês, de uma coisa Adam tinha certeza, esses sentimentos, essa paz e essa sensação de calma e poder se sentir confortável na presença dela, não eram coisas normais para ele, Adam só se sentia assim com seus pais e com sua filha, mas agora essa mesma calmaria, ele estava sentindo por Cassandra?
Era confuso, ele não a conhece direito, mas nesses poucos minutos de conversa, ela conquistou algo nele que o desarmou e o deixou relaxado o suficiente para não sentir tensão, ou, simplesmente aproveitar um abraço sem contar os segundos para se afastar o quanto antes sem parecer rude.
Desatenta ao caos que estavam seus pensamentos, Adam viu Cassandra e aquele brilho de animação e felicidades ocupar aqueles olhos castanhos que ele estavam começando a se afeiçoar, e então ela o mostrou aquele sorriso...
Um sorriso tão feliz e bem humorado, um que ele não estava preparado para o estrago que causou.
Seu coração agiu de maneira estranha, de novo, sua função esquecida, por um instante, naquele milésimo de segundo que seu coração esqueceu de bombear e continuar a circular o sangue por seu corpo, Adam esqueceu como respirar, e quando seu coração disparou em seu peito. Adam sentiu seu corpo mais uma vez ficar quente, e sua boca seca, ele não entendia porque ele sentia a necessidade de fazer algo, ele não sabia o que era isso, que o deixava quente. Era estranho e anormal, mas curiosamente não era desagradável.
Perdido em pensamentos Adam se assustou com a pergunta repentina de Cassandra.
- Então depois de amanhã que horas ?-
Demorou um pouco para ele entender a pergunta, sua mente ainda confusa com as informações e sentimentos, por isso ao se dar conta do que ela estava falando, Adam disse com certa dificuldade.
- Horário comercial.- disse, e logo depois limpou o embrulho na garganta, se forçando a se acalmar, ele novamente repetiu .- As oito da manhã.
- Oito horas.- murmurou Cassandra baixinho enquanto pegava seu celular da mochila .
Adam não pode deixar de notar que o celular de Cassandra estava com o display quebrado e com alguns pontos escuros na tela, ela não parecia incomodada com o aparelho que precisava de um concerto, não um concerto... melhor, ela precisava de um novo , pensou Adam sentindo uma estranha necessidade de jogar aquele pequeno aparelho no lixeiro mais próximo e dar outro celular para ela, mas ele se deteve e se limitou a ficar quieto e ver Cassandra mudar o horário do alarme que estava para as 5:30 da manhã para as 6:30.
- Pronto.- disse ela extasiada
Apesar de Adam se questionar se aquele celular ainda tinha forças para funcionar para mais um dia, ele não pôde deixar de ficar impressionado de aquela coisa ainda ter um alarme funcional, Adam não querendo ser rude com ela, apenas se forçou a sorrir para Cassandra.
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No azar, Na Saúde E Na Doença.
No FicciónPLÁGIO É CRIME NÃO PERMITO ADAPTAÇÃO ATENÇÃO!! Eu Cassandra Alonzo juro solenemente não apostar, torcer ou sonhar que as coisas saem de uma maneira esperada e nada surpreendente. Principalmente quando se trata sobre a sua vida. Dia X, do m...