No azar, Na Saúde E Na Doença.

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Por Cassandra

Eu não vou mentir eu estava com medo. Eu saí " confiante "de casa com um sorriso no rosto, dizendo para minha irmã e mãe que tudo daria certo.

Entretanto, apesar de repetir isso diversas vezes, ao acordar aquela manhã, diferente de ontem, eu não estava muito confiante. Eu dizia que o emprego era garantido, mas eu não posso esquecer o episódio no capítulo quatro, e reconhecer que existia a possibilidade de que poderia acontecer novamente, talvez não no mesmo cenário em que eu seria humilhada de forma tão cruel, mas talvez, Adam poderia mudar de idéia sobre o emprego.

E como já dizia o pai da Amber, aquele que quer muito, acaba ficando com nada. Havia diversas possibilidades, e nessa manhã, minha mente apenas despencou para o lado sombrio e negativo, e eu já estava começando a ficar nervosa com os cenários.

Olhei para o céu nublado daquela manhã e fechei meus olhos e fiz uma pequena oração, ao finalizar minha breve oração, completei com uma pequena observação " Querida autora, se você me fazer sofrer novamente eu vou arrancar seus mamilos, beleza ?"

- O que você está fazendo?.- pergunta Amber abrindo a porta do carro, abro um olho e a encarei brevemente antes de fechar meus olhos e dizer.

- Pedindo a Deus e ao universo que ouça minhas orações e ameaçando um certo alguém.

- Ameaçando? Quem ?.- pergunta Amber, abro meus olhos e sorrio para minha amiga que franziu a testa antes de revirar os olhos e dizer.- Esquece, entra logo no carro ou vamos nos atrasar, e você sabe que eu não posso dar passagem para aquela demonia me atormentar.

- Ok.- olhei para o céu e estreitei meus olhos.

"Está avisada!", pensei ao finalizar minha observação, caminhei em direção ao SUV prata de Amber, abro a porta do carro e apressadamente me sentei no banco da frente, logo em seguida coloquei o cinto de segurança.

Como o local do meu novo trabalho ficava quase no caminho que Amber pegava para o seu trabalho, minha amiga aproveitando que estávamos próximas do mesmo local resolveu me deixar.

Eu estava grata por sua carona, sinceramente os ônibus passavam normalmente por volta das sete e vinte, ou sete e meia se eles atrasarem (ou até mais), e contando o tempo que levaria parando os quase um minuto no semáforo, isto é, se quase todos ficarem vermelhos no caminho até a empresa do Adam, o que era bem provável já que meu nome era Cassandra Azarada da Silva Alonzo, eu chegaria oito e dez ou oito e cinco.

O mais recomendável era sempre chegar nem que seja uns dez minutos mais cedo, e o dia já começou bem quando o sapato que eu escolhi não serviu no meu pé, o meu segundo par de sapatos a sapatilha que eu usei na entrevista passada estava muito suja, a blusa que eu escolhi estava descosturado embaixo da axila esquerda, não era um grande buraco, mas se eu alevantar o braço, por qualquer que seja o motivo, alguém poderia notar.

A primeira coisa que fiz ao ter terminado de banhar foi tomar o café da manhã de toalha mesmo, não queria arriscar sujar minha blusa de café ou qualquer coisa do tipo, mas assim que eu peguei ela para vestir eu notei o problema, a única outra roupa que eu tenho boa o suficiente para ir estava suja já que eu tinha usado ela para ir a entrevista que não quero lembrar.

E sim, minha mãe mexe com costura e artesanato, mas mesmo com a busca e procura da equipe mulheres em ação, oito par de olhos não foram capazes de encontrar a maldita agulha de costura! A casa que eu arrumei ontem estava um caos, eu não achei a agulha e tive que procurar uma outra blusa, mas eu não tenho ROUPAS DE SAIR !

Quando achei que tudo estava perdido, roupas que eu tinha dobrado com tanto cuidado ontem estavam jogado na minha cama de qualquer jeito e notei pela primeira vez que as roupas velhas que eu usava para ficar em casa não poderiam ser usadas para ir ao trabalho! Eu não tinha roupas para sair! Minha mãe usava vestidos floridos, ou, saia jeans que iam até o joelho e blusas de manga longas mais elas ficaram muito folgadas em mim.