ᵇᵉᵃᵘ + ᵃⁿʸ = ᵇᵉᵃᵘᵃⁿʸ
Eu lembrava de cada frase que ele dizia, lembro da forma de como ele me tocava, de como me olhava, das risadas maléficas e assustadora, das mãos sujas a me tocar, do dedos entre os lábios fazendo o sinal de silêncio, dos gritos...
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Pov's: Josh Beauchamp
- Beauchamp, Quando eu lhe der uma ordem, siga a porra da ordem!
- Senhor..
- Eu ainda estou falando! quando estamos em uma missão pensamos como uma equipe, agimos como uma equipe, porque somos a porra de uma equipe! Você é o meu melhor soldado e não posso perder um dos meus melhores por um erro imprudente.
— Sim senhor!- mesmo com todo o ódio que agora sentia, não me deixaria se levar pela emoção.
Permanecerá com a cabeça erguida, assim como a fileira de homens em continência, Filipo me olhava de esquerda com a porra de um sorriso debochado nos lábios, por assim dizer, e dentes que particularmente eu adoraria quebrar.
A verdade é que não tem deles que eu não adoraria quebrar os dentes, e sei que eles também adorariam quebrar os meus, quando estamos em um lugar como esse, apesar de estar em equipe, é você por você mesmo, não temos amigos nessa merda toda, temos colegas de trabalho.
— É melhor começar a se conter Beauchamp!
— Sim senhor!
— Você está de castigo soldado, a próxima missão é totalmente sua, você terá que aprender que teus erros pode te levar ao abismo!
— Sim senhor!
Eu sabia exatamente o que ele queria com tudo aqui, sempre será sobre ele mesmo, e isso é uma porra!
Meu pai é um general aposentado das forças armadas e tudo que esse merda quer fazer é mostrar para o meu Pai que isso não me cabe.
A noite caiu e fomos liberados, alguns iam dormir ali outros iam para casa e eu tenho um jantar na casa dos meus pais.
A noite estava fria, e a leve brisa que soprava parecia zombar de mim, como se o universo estivesse de acordo com o meu comandante. Enquanto caminhava em direção ao meu carro, não conseguia afastar a sensação de que todos os olhares estavam sobre mim, mesmo que a maioria dos homens já estivesse dispersa. Olhei de relance para Filipo, que seguia na direção oposta com seu maldito sorriso presunçoso. Um dia, ele pagaria por isso, mas não hoje.
A viagem para a casa dos meus pais foi um percurso que fiz automaticamente, minha mente presa na reprimenda e nas palavras do comandante. "A próxima missão é totalmente sua." Uma punição, claro. Mas talvez fosse também a minha chance de provar a todos – e a mim mesmo – que eu sou capaz, que eu sou mais do que o filho de um general aposentado.
Quando cheguei à casa dos meus pais, o cheiro familiar de comida caseira me atingiu antes mesmo de atravessar a porta. Minha mãe, como sempre, estava na cozinha. Ao entrar, ela me lançou um sorriso caloroso, que momentaneamente aliviou o peso no meu peito.
