𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐀𝐎 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎

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────── 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐝𝐞𝐳

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────── 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐝𝐞𝐳





















Acho que para Nozomi uma das piores partes de sua vida era aquela parte em que ela se via imersa, literalmente imersa num vazio sufocante, o qual a impedia até mesmo de ver algo de bom em qualquer coisa, que a consumia de dentro para fora lentamente, todos os dias.

Havia em seu coração um tanto já sem vida, um pequeno vislumbre de esperança a qual era alimentada a cada vez que ela sentia seu tempo de vida diminuir mesmo que minimamente, porque conforme seus dias restantes se esvaiam pelo tempo, a sua morte chegaria e junto a ela, seu descanso, o qual não acreditava merecer mas que ainda assim, almejava mais que qualquer coisa, porque ela sabia que morreria mais cedo do que poderia contar, então não seria tão errado tentar fazer com que fosse o mais rápido possível, certo?

Ela esperava que não.

Porque ela não suportaria mais consequências decorrentes das próprias atitudes, mesmo sabendo que ela poderia sim fazer algo além de sofrer, ela sabia que ainda poderia ajudar muito se quisesse, mesmo que duvidasse de si mesma.

Porque mesmo sabendo da própria capacidade, não havia motivo algum que a fizesse querer continuar prolongando sua vida, porque naquele ponto, já não havia lhe restado nada para guardar.

Absolutamente... nada...

O seu ingênuo sonho de infância que estava atrelado a vontade de superar a própria figura materna ainda vivia, porém diferentemente do passado, agora era de uma forma negativa, não de se tornar uma das maiores heroínas mas sim de por um fim naquela que um dia ela chamou de mãe, era justamente nessa parte que ela então duvidava de si mesma, porque como poderia a criação superar o criador?

Seu pé direito encontrou com o concreto da calçada frente ao enorme edifício cujo seria seu destino naquela tarde após o fim das aulas de terça feira, segurando firme uma folha de papel pautado em sua mão, ela sentiu a brisa tocar seu rosto ao sair do táxi. O dia havia sido recheado de péssimas tentativas de interação com seu colega explosivo, ela suspirou ao entrar pelas portas de vidro se dirigindo a um elevador.

"Escorregando pelos meus dedos o tempo todo" sua mente automaticamente traduziu a música para sua compreensão, o som soava abafada em alguma daquelas incontáveis salas, ela não se preocupou com onde era.

Seu coração apertou ao ouvir aquela melodia dos anos oitenta, tão conhecida por si, tão memorável, que a troxe o gostinho das memórias cuja queria esquecer.

"Eu tento capturar cada minuto o sentimento disso escorregadio pelos meus dedos o tempo todo."

Ela se perguntava o quão o destino poderia ser irônico a forçando a escutar uma canção de mãe e filha cuja escutava na infância ao lado de sua mãe, no mesmo momento em que agora, ela era o motivo de ela estar exatamente naquele prédio de serviços de saúde, procurando uma piscicologa a qual fosse o suficiente para tentar lhe retirar do fundo do poço.

Esperança [Katsuki Bakugou]Onde histórias criam vida. Descubra agora