7. York Pov.

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Mary acabou de sair da loja e eu estou  extremamente preucupado com ela.

— Se aquele cara voltar? – pergunto ao meu irmão

— A gente dá um jeito nele, como da última vez – Fala Zac tentando me confortar

— Como o Adam que a gente conheceu virou aquele cara? – murmurei

— Dinheiro. O dinheiro muda muitas pessoas – declarou meu irmão.

...

Já eram por volta das 20h mais uma horinha eu já fechava a loja, hoje era meu dia de ficar até tarde.

Estava arrumando alguns vinis quando meu celular toca mostrando o nome de Liv na tela.

— E aí mini brasileira – falei com humor

— A Mary tá aí? - perguntou ela um pouco preocupada

— Não, ela saiu no turno das 17h, ela não tá em casa? – perguntei a ela já me apavorando um pouco, rezando que ela não tenha bebido.

— Não, eu tô aqui e ela não tá e o Jeep tá na garagem – balbuciou ela

— Você tá sozinha? – pergunto a ela já apagando as luzes da loja para ir direto para lá.

— Não, eu tô com o Jamie aqui – disse ela respirando fundo

— Fica aí até eu chegar, não abre a porta pra ninguém, eu tenho a chave – falo já pensando o pior, Adam. Eu espero que ele não tenha aparecido, entre Adam ou a crise de uma alcoólatra, eu escolho a segunda opção.

Fecho tudo e sigo caminho nessa chuva até a casa das meninas.

Quando chego na propriedade vejo um tesla verde militar estacionado na frente da porta, estaciono meu Cadillac logo atrás por conta da chuva e abro a porta da casa.

Assim que fecho a porta atrás de mim vejo liv sentanda no sofá com Jamie ao seu lado passando sua mão nas costas dela.

— E aí – Fala liv assim que me vê

— Eu vim direto pra cá, Zac tá a caminho – suspiro e sento na mesinha de centro a sua frente — Ela levou o celular? – ela assente, disco o número dela e cai direto pra caixa postal — Falou com os irmãos dela?

— Liguei pro Juca, ele disse que tentou ligar também, deu na caixa postal.

— que droga – murmuro, como se algum botão se acendesse na minha cabeça vou até a cozinha e abro o armário em que a Mary guardas as bebidas — Quantas tinha no armário até hoje de manhã – pergunto a liv, desde o último surto, eu e Zac estabelecemos uma regra quando viemos aqui, e respectivamente essa regra virou diaria para liv, contar quantas garrafas tem no armário.

— Sete – fala ela se aproximando

— Pois é, agora tem seis – digo fechando o armário — Ela tá com o celular, tá a pé e com uma garrafa, tem como piorar? – assim que eu digo a campainha toca — retiro o que eu disse.

Pego um rolo de madeira da segunda gaveta e vou devagarinho até a porta, o Zac tem a chava... Vá que seja o Adam.

— Porque você tá andando assim – sussurou liv atrás de mim

— Vá que seja o ex psicopata da Mary – sussurei de volta

— Acho que ele não iria tocar a campainha – respondeu Jamie também no sussuro

pego na maçaneta lentamente e vejo o Chris na minha frente.

— Que demora pra abrir a porta, só nisso fiquei encharcado – falou ele tirando seu casaco e entrando na casa, fechando a porta atrás dele.

— O que tá fazendo aqui? – pergunto a ele arqueando a sobrancelha

— Jamie me ligou e disse que a Mary sumiu, e eu moro na casa da rua de trás – respondeu ele

— Tudo bem – volto a cozinha e guardo o rolo.

— O que aconteceu? – perguntou Chris.

Antes que eu possa responder a porta é aberta novamente, mas dessa vez é Zac.

— Consiguiram mais alguma coisa? Quantas garrafas tem? - disse ele fechando a porta

— 6 – responde Liv

— Droga! – exclama Zac

— O que aconteceu? – Chris perguntou se sentando no sofá

— Mary tem crises, e nessas crises ela bebe, e ela tem problema com bebida. – respondeu Zac

— Como assim problemas? Ela é alcoólatra? – pergunta Jamie

— Não, o metabolismo dela é fraco, ela pode parecer durona, mas é fragil. – respondo a ele.

— O melhor que temos a fazer agora é nos dividir e procurar ela – Zac diz

— Claro, vou pela Spring Hill de carro – diz Chris

— Vou com você – fala Jamie

— Não, você vai pra casa – Chris fala para o filho

— Então eu vou com você – falou liv

— Não, você vau ficar aqui até eu voltar – digo a ela

— Os dois ficam aqui até nós voltarmos – Zac deu a ordem final – Chris vai de carro até a Sping Hill enquanto a gente vai a pé pela Spencer Brook – Zac dava as instruções

— Mas tá chovendo – murmuro a ele

— Não me interessa – disse Zac abrindo a porta da frente.

Chris ligou o tesla e foi pela rua de atrás, enquanto íamos pela da frente com a lanterna ligada.

Passamos até a rótula que muda os bairros e não achamos ela, quando estávamos dando a volta vimos Chris parando o tesla no início da Spencer Brook, corremos até lá e ele saiu do carro

— Não é ela ali? – disse ele apontando para algo no meio do campo plano. Miro minha lanterna até ali e vejo seu cabelo platinado

Corremos até lá, Chris tira seu casaco e coloca em volta de Mary enquanto eu a pego no colo

— Coloca ela no carro, vamos leva-lá ao hospital - diz Chris.

Zac e Chris vão ao hospital com ela enquanto faço volta para casa para cuidar do casalzinho.

— E aí? Acharam ela? – Jamie é o primeiro a falar quando entro

— Sim, seu pai e meu irmão levaram ela ao hospital – digo a ele.

Liv começa a chorar e eu a abraço forte, vejo que os olhos de Jamie também estão lacrimejando e o puxo também.

— Ela vai ficar bem – digo para os dois, tento acreditar nas minhas próprias palavras.

...

Faço algo para eles comerem e ligo para a família da Mary, Juca diz que já está embarcando em um avião para cá. Passei longos minutos com Sr. Roberto e Sra. Rita no telefone, quando volto, Liv e Jamie estão acormecidos no sofá, coloco uma coberta sobre eles.

Complicated | Chris Evans Onde histórias criam vida. Descubra agora