27.

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Vou até a casa da minha infância, onde Josephina ainda mora.

Bato na porta e um de seus empregados abre.

Passo entre ele e vejo que ela está na sala de jantar com Adam.

É agora ou nunca, mantenha seus amigos perto e seus inimigos mais ainda.

Começo a caminhar até lá e ela percebe minha presença e sinto o desespero de Adam.

⏤ Ora Ora olha só quem apareceu - fala ela com um sorriso sarcástico no rosto.

⏤ Quem é vivo sempre aparece não é? - a respondo no mesmo tom.

⏤ Vamos acabar logo com isso, me dê total guarda da empresa de seu pai e você sai viva - diz ela tirando uma arma do móvel de madeira atrás dela e colocando em cima da mesa.

⏤ Tudo bem - digo tirando os papéis do bolso interno do meu casaco e a entrego

Ela analisa se são os originais e solta um riso vitorioso

⏤ Eu tive tanto trabalho com você e olha só pra você, ingênua suficiente para abrir mão da única coisa que seu pai deixou...e ainda acha que vai sair viva - ela pega a arma e a recarrega mirando em mim.

Merda.

⏤ O que o meu pai deixou não foi essa empresa, fui eu. Tudo que ele sabia ele me ensinou, então atira, porque todos os segredos dele vão comigo - digo soltando um riso

⏤ Com prazer - diz ela puxando o gatilho e fecho meus olhos.

O barulho do tiro invade meus ouvidos, em um ato rápido sou empurrada.

Escuto o barulho de seus saltos se afastando e abro meus olhos, vejo que estou intacta, olhando para o lado vejo Adam no chão com uma poça de sague perto de sua cintura

⏤ Merda - exclamo me segurando pra não chorar.

Vou para seu lado e pressiono aonde está saindo o sangue para ver se para.

Com as mãos ensanguentadas disco o número do socorro e peço uma ambulância com urgência.

⏤ Eu não me arrependo - ele passa sua mão em meu rosto e limpa algumas lágrimas com seu polegar ⏤ Prefiro me juntar a morte do que ver o amor da minha vida brava comigo pelo resto da minha vida.

⏤ Eu te perdôo - digo juntando forças pra falar mas sai como um sussurro

⏤ Vá atrás dela e acabe com essa dor, eu vou ficar bem - diz ele colocando sua mão sobre a minha que estava em seu machucado.

Demoro a juntar forças para sair ali e sussurro um "desculpa".

Tento me recuperar por alguns segundos e pego um dos carros que estavam ali e sigo em direção a empresa, onde ela estaria.

Chegando lá vou direto ao último andar onde ela está.

⏤ QUE PORRA VOCÊ FEZ? - grita ela assim que me vê.

⏤ Você achou mesmo que eu iria dar tudo de bandeja? - rio

⏤ O que você fez? - ela se aproxima e dou um passo atrás.

⏤ Simplesmente, desfiz a empresa e a reergui em outro ponto - vou até o outro lado da sala e pego o isqueiro que havia deixado ali da última vez e coloco em meu bolso ⏤ Ah e não tá mais no meu nome, então esses papeis não tem mais validação.

⏤ Tá no nome de quem? - pergunta ela sem paciência

⏤ Do seu neto - digo balançando meus ombros e fazendo uma careta ⏤ Caso não saiba, parabéns, é vovó.

escutamos as sirenes vindo lá de baixo.

⏤ A sua sorte foi que aquele idiota ficou na sua frente mas agora ele já era - diz ela indo pegar sua arma

⏤ O karma é uma vadia, vadia - tiro o isqueiro de meu bolso e o jogo no chão causando uma explosão.

Complicated | Chris Evans Onde histórias criam vida. Descubra agora