🥊Lola Perradi🥊
Cinco meses depois
Daniel e eu estamos namorando a cinco meses e tem sido maravilhoso. Ele é muito carinhoso e manhoso as vezes, principalmente depois que eu comecei a tomar remédio para lactar.
Não aconteceu muita coisa esses meses, só alguns jantares e festas em família.
Sim, de acordo com a Manu eu sou da familia agora. Até meu pai foi em alguns desses encontros.
Ela é uma ótima amiga assim como os meninos Yago e Adam, eles são uns fofos.
Conheci os pais deles também e com toda certeza eles são a família mais bagunceira que eu já conheci, e eu amei isso.
Comecei a trabalhar em uma floricultura em meio período, trabalho das duas da tarde até as seis da noite.
Hoje é véspera do dia dos namorados então foi muita correria o que acabou me fazendo ficar uma hora a mais aqui.
Normalmente o cabelinho vem me buscar, mas como demorou mais que o previsto falei que não precisava.
Não fica tão longe de onde ele mora então da para ir a pé.
Fecho a floricultura como todos os dias e começo a fazer meu caminho.Paro a dois quarteirões da sua casa e bato na testa, esqueci de passar no mercado.
Estou com vontade de comer lasanha desde ontem, volto até o mercado ou não volto?
Pondero por mais alguns segundos e no fim descido não voltar pois estava com preguiça.
Escuto um barulho no beco mais a frente e fico alerta, coloco a mão na "chave" no meu bolso que na verdade é uma faquinha.
Não sou idiota de entrar no beco então espero por mais alguns segundos até ouvir um choro de criança.
Sem pensar duas vezes entro no beco vendo uma menininha que aprecia ter uns três anos sentada perto de uma moça que dorme em cima do papelão.
Vou até elas para oferecer ajuda, chamo a moça duas vezes e ela não responde. Preocupada chego mais perto e a vejo com os olhos abertos e o nariz sangrando.
Ela estava morta.
Arregalo os olhos e pego a menininha ruiva no colo que chora, balanço ela na tentativa de a acalmar e ela logo dorme.
Pego meu celular ligando em seguida para meu namorado.
Ligação on:
- Daniel, eu preciso que venha agora no beco em frente ao dentista que tem a dois quarteirões da sua casa. - falo nervosa.
- Amor, o que aconteceu? Eu estou indo. - Escuto o barulho dele correndo e ligando o carro.
- Não demora. - falo e desligo.
Ligação off.
Enquanto ele não chega eu ligo para a polícia, por sorte tinha uma viatura na rua de cima que logo chegou.
- O que aconteceu senhorita? - o policial pergunta entrando no beco.
- Eu não sei, estava voltando do trabalho e ouvi um choro. Quando eu vim ver vi essa menininha sentada perto dela e tentei chamar ela para ajudar. Mas quando cheguei mais perto vi que ela estava morta. - explico.
O outro policial foi até a viatura chamar uma ambulância logo vejo meu namorado entrando correndo no beco.
Assim que ele chega perto coloca as mãos no meu rosto analisando cada parte dele.
- Você está bem? O que aconteceu? - pergunta rápido.
Explico para o mesmo e logo decidimos levar a garotinha para o hospital. Depois de uma bateria de exames foi constatado que ela estava abaixo do peso ideal.
O policial que nos acompanhou disse que a mãe morreu de overdose, ele disse que a menina não tinha registros então não dava para saber quem era o pai.
Mas obviamente que não ligava para a garota já que ela vivia nas ruas com a mãe.
Quando a pequena acordou levantou os bracinhos na minha direção e logo peguei a aconchegando em meus braços.
Cabelinho me abraçou por trás olhando todo bobo para a menina.
- Oi neném, você é muito fofa sabia? - ele fala e a mesma abre um sorrisão para ele.
- Amor... - Olho para o mesmo com um biquinho.
- Obvio que sim amor. Então, qual vai ser o nome da nossa ruivinha? - ele pergunta sorrindo me fazendo sorrir maior ainda. - Eu pensei em Maria Eduarda.
- Maria Eduarda Perradi Guimarães. - falo sorrindo. - Eu amei.
- Eu também. - ele sorri.
O mesmo pega a nossa filha em seu colo e brinca com ela enquanto eu vou ligo para o meu pai. Ele podia adiantar as coisas para a adoção da nossa pequena.
- Ele já está vindo. - aviso. - Acho que seu plano de ir devagar com as coisas não deu certo.
Ele sorri me olhando e depois olhando para a Madu.
- Agradeço muito por não ter dado certo. - ele diz. - Já temos nossa filha, agora só falta casar.
- Isso é um pedido? - pergunto rindo.
- Depende, você aceita? - faz cara de cachorro abandonado.
- Aceito lindo. - ele sorri e me beija.
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Cabelinho - Spin-off de irmãos Ricci.
RomanceDepois de seu divórcio um tanto conturbado com a Ayla Ricci, Cabelinho se sente sozinho e meio perdido depois de tudo. Mas isso está prestes a mudar com a entrada de uma nova aluna em sua academia. Lola Perradi é filha de um militar do exército apo...