Capitulo 15

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    No momento em que eu pisei no colégio já sabia qual era o assunto falado, as pessoas não paravam de olhar pra mim e de sussurrar, não era de se espantar, Evelyn havia postado um artigo no seu jornal em que falava sobre o ocorrido de ontem e me apontava como a principal culpada, várias pessoas curtiram e compartilharam, várias pessoas são da opinião que eu não devia ter voltado, que eu devia ter ficado em Londres. Eu estava sozinha naquela manhã, Maya tinha ido levar o seu pai para o hospital e os gêmeos ainda não haviam chegado, me senti um pouco deslocada mas mantive minha cabeça erguida.

   E lá estava ele, com o seu grupinho todo contente, todos estavam rindo de alguma coisa, eles pareciam  realmente felizes e alheios ao que acontecia na escola, como se o ocorrido de ontem nunca tivesse acontecido, o seu olhar encontrou o meu e logo o desviei indo em direção a minha sala, o dia passou lentamente e eu estava exausta do falatório das pessoas, elas nem faziam questão de esconder o quanto me odiavam, ninguém me procurou para saber a minha versão da história, se bem que não era lá grande coisa.

  Na hora da saída encontrei Lyzel a minha espera, entrei no carro e ele dirigiu em silêncio, essa era uma das coisas que faziam Ele ser o meu segurança preferido, ele não fazia perguntas, apenas o seu trabalho, observei pela janela a diferença das ruas afinal de contas eu não morava mais com os meus pais, é isso mesmo, eu fui expulsa de casa pelo meu querido pai e avô . O dia de ontem ainda se repetia na minha mente com vários flashes

_ Ela deve ter tido os seus motivos Erik _ Ouvi mamãe gritar logo que entrei em casa

_ Eu não quero saber, ela não devia ter feito o que fez_ papai gritou de volta e seu olhar dirigiu-se a mim

   Papai e mamãe estavam em pé discutindo, enquanto vovó estava concentrado no seu cigarro e no seu copo de whiskey, ele parecia indiferente a aquela situação.

_  Foi pra isso que você voltou nem? Instalar o caos na vida de todo o mundo como sempre _ papai gritou comigo e senti minha garganta se fechar

  Não era a primeira vez que ele fazia isso, Dove podia queimar os seus documentos mais importantes que ele não faria nada, mas bastasse eu falar algo de errado, era motivo suficiente para iniciar uma briga, as vezes eu sentia que meu próprio pai me odiava, apesar da minha mãe sempre tentar me mostrar o contrário

_ Não fale assim com ela Erik _ mamãe me defendeu mas papai negou

_ Tudo isso é culpa sua, você mimou demais essa garota e agora olha no que ela se tornou _ ele apontou pra mim irritado

_ Ela é nossa filha Erik _ mamãe rebateu com lágrimas nos olhos

_ Não seria se você tivesse me obedecido _ ele declarou e saiu pela sala, senti meus olhos arderem mas não me permiti chorar

   Eu sabia do que ele estava falando, eu ouvi uma vez por trás da porta papai gritando com mamãe, ele estava jogando na cara dela que tudo de errado que eu havia feito era porque ela não havia abortado como ele havia mandado

_ Perdão _ mamãe veio na minha direção e me abraçou forte

_  Eu vou acabar com o Erik por ele ter falado assim com a minha bambina _ vovó levantou-se e veio na minha direção

  Ele continuava elegante como sempre, seus cabelos brancos em um corte militar, sua barba perfeitamente ralada, vovó ia ao ginásio uma vez por dia e conseguia manter seu corpo bem conservado

_ Eu vou falar com ele _ mamãe se afastou deixando eu e vovó a sós

_ Vem cá bambina _ vovó abriu os braços e o abracei _ Eu senti sua falta

_ Também senti sua falta senhor Adrian _ tentei sorri mesmo sentido meu coração sangrar e as lágrimas entaladas na minha garganta

_ Sempre causando confusão Hazel _ ele declarou e dei de ombros

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