Eu acordei de manhã bem cedo. Eu estava com frio e com sono mas mesmo assim levantei. Fui para a sala e comi 1, não, 5 pães com manteiga e bebi uma xícara de café. Depois, fui para o meu quarto e coloquei: uma camiseta branca com estampa de flores, um moletom laranja por cima, uma calça de moletom azul marinho e uma bota marrom claro. Arrumei meu cabelo rosa com pontas verdes de modo que ficasse 1 trança para cada lado e uma embutida para trás.
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Lavei o rosto, escovei os dentes, desci as escadas e sai do meu apartamento. Andei lentamente pela calçada, não mais ligava para o frio, só olhava tudo ao meu redor. O vento batendo nas flores de cerejeira davam um toque mágico ao nascer do sol. A rua estava vazia, os pássaros cantando, as luzes dos postes se apagando e eu olhava atentamente o 1° de muitos flocos de neve cair bem na minha mão. O que era meia hora de caminhada, parecia 2 horas em um sonho mágico. Tudo que olho me dá inspiração. Entrei pelos portões da grande Kimetsu Academy, uma grande escola que vai do berçário até o colegial. E no fundo desse terreno, tem uma universidade, A luz do sol fazia uma silhueta dourada brilhante nela. É lá que estudo, faço uma faculdade de artes. Empurrei a porta da universidade, eu amo o ar artístico desse lugar. Assim que a aula teórica acabou, mais ou menos as 14:30, eu estava pronta para pintar outro quandro! Peguei o cavalete, molhei delicadamente a ponta do pincel na tinta e comecei a pintar. Pintei uma árvore de cerejeira florida em um canto, uma rua vazia bem no meio, logo acima um pássaro e uma neve fina, tudo isso tingido dos belos tons de laranja e vermelho do nascer do sol. Porém, percebi que faltava algo para ser o foco. De repente, senti as mãos do professor tocar meu ombro. - Shirakumo-sensei? - Eu disse virando rapidamente. - Kanroji-san, o sinal já bateu faz 10 minutos. A universidade já vai fechar. - Hãã? O sinal do intervalo ainda nem bateu! - Na verdade cê tava tão concentrada na sua pintura que não ouviu os sinais baterem. Agora são 18:10. - Disse ele dando uma risadinha escondida. Bati em minha própria testa. - Já estou indo. - Eu disse com vergonha. - Sinto muito mesmo. - De boas Kanroji-san! Afinal, e de alunos assim que uma faculdade de precisa! Que tenham verdadeiro amor pelo que querem! - Disse ela dando risada. Eu peguei minhas coisas e me dirigi a saída da universidade. Todos os alunos do ginasial e colegial estavam saindo. Poxa! Eu estava mesmo bem atrasada! Sempre saio 30 minutos antes do sinal bater para não ser espremida pela multidão de alunos da Kimetsu Academy saindo, já que nesse curso, ficar no turno da tarde é opcional, sair mais cedo não é um problema! Andar era difícil com toda aquela neve. Dei mais alguns passos e logo em diante vi uma garota pequena sentada no banco, lendo um livro de artes em quanto murmurava algo. Ela colocou uma de suas mechas coloridas de roxo atrás da orelha, arrumou a grande presilha em formato de borboleta que prendia todo o seu cabelo negro para trás. Eu a reconheci imediatamente. Não era só a irmã mais nova da Kanae Kocho-sensei, minha ex prof. de biologia, era Shinobu kocho! A garota que era minha amiga quando eu era pequena! Nós nós encontrávamos depois da aula todos os dias. Mas assim que passei para o ginasial não consegui mais vê-la. Ela já deve estar no 3° do colegial agora... Será que se lembra de mim? Me aproximei dela. -Kocho-chan? Kocho olhou para com uma expressão confusa. Aí não! Será que ela não lembra de mim! Aiiiii! Ela não deve ter entendido nada! Por que eu usei "Chan"? Agora ela deve estar tipo "Hãããã? Será que eu conheço ela?" Kanroji-chan?- Ela disse. Suspirei aliviada. Tinha esquecido que ela demora pra processar as coisas! - Precisa de ajuda? -Bem... Na verdade sim! É muiiiito difícil decorar isso aqui!- Disse ela apontando para o livro. - Ei! Você pode vir estudar na minha casa! Sou muito boa em artes! Ela sorriu. Aquele sorriso dizia tudo, ofuscava até o sol, fazendo o mesmo se esconder de vergonha por saber que seus raios dourados não brilhavam tanto assim. Na volta, o caminho era o mesmo. Só tinham poucas diferenças: a rua estava um pouco mais movimentada, a neve que antes caia lentamente agora cobria o chão todo e, é claro, Kocho-chan estava ao meu lado, caminhando com dificuldade na neve, que para mim, batia na canela mas para ela batia pouco abaixo do joelho. - Nossa! Quantos quadros! Você que pintou todos? - Disse Kocho olhado em volta. - Sim fui eu que pintei! Que bom que gostou! Peguei o controle da TV e disse: - Eu só tenho TV no quarto, tem um vídeo que posso te mostrar que fala sobre Da Vinci! Ela sorriu de novo. Ligamos a TV, sentamos na cama, abrimos o livro e o caderno e então, comecei a explicar o vídeo em quanto assistíamos. Estudamos até às 23:00. - Esse é o famoso Homem Vitruviano! Ele representa... Senti algo em meus ombros, Kocho estava dormindo com a cabeça apoiada em mim. Poxa! Esqueci que a Kocho-chan dorme cedo! Fechei o caderno, apoiei cuidadosamente sua cabeça na almofada e me deitei também.
