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...

- Ela deve estar na escola!

- Não senhor, ela levou todas as coisas que trouxe e o motorista disse que ele não a levou para escola.

Agora me vem a cabeça a comida que ela carregara ontem a noite.

- Mande ele procura-la, eu vou trocar de roupa e já desço.

Ela assentiu com a cabeça e saiu.

Ela não chegou não faz um dia e já está me dando um trabalhão. Vai ser difícil, eu realmente não sei lidar com crianças.

Me visto e desço as escadas e dou de frente com Layton, meu motorista

- Você ainda não foi procura-la?
Parei na sua frente.

- Não tenho a menor ideia de onde, senhor.

Parei, respirei fundo e comecei a pensar em lugares que ela poderia estar... hmm, mas é claro, ela estava em casa.

- Vá para a casa dela.

Leyton se apressa quando eu dou o endereço para ele.

Decido que não irei trabalhar hoje e fico esperando a resposta de Layton.
Sento na cadeira do escritório e fico olhando os minutos passar ate o celular começar a tocar em cima da mesa.

- Layton?

- Senhor, não achei ela.

Passo a mão pelos cabelos e fico pensando em outra forma de encontra-la.

- Volte para casa. - Termino e desligo.
Coloco o celular na mesa de novo e dou de cara com os documentos da menina ao lado. Uma pasta com tudo que eu deveria saber.

Abro e descubro a o número de celular dela.

Ligo para uma central e peço que rastreiam o número. Em alguns minutos o celular foi descoberto em um beco sem saída no Brooklyn.

Meu Deus, olha aonde essa infeliz foi se enfiar.

Já com a paciência esgotada, fervendo de raiva eu vou por conta própria pega-la. Minha vontade é de prende-la na cama. Pego meu carro e sigo para o Brooklyn, e demora um bom tempo ate eu chegar lá.

Procuro o beco de onde ela estava, mas olho através da janela que ela não esta lá, mas vejo no chão aparentemente o papel do biscoito que ela pegou da minha casa. Provavelmente deve de ter sido ela que comeu. Percorro mais algumas ruas e lá na frente vejo uma jovem andando. Tenho certeza que é ela. Aperto o acelerador e diminuo quando estou perto o bastante dela. Ela se vira franze o cenho e tira da boca a porra do cigarro que ela esta fumando.

Eu paro o carro e abro a janela do passageiro.

- Entre agora neste carro.

- Não! - Ela se vira calmamente e começa a andar.

- Entre agora Itália Crawford.

Ela joga o cigarro para o alto e ele cai no chão, e continua andando. Abro a porta e saio do carro e a fecho com um estrondo. Ando em direção a ela e a agarro pelo braço. Ela para se vira e me olha com deboche.

Itália

- Olha aqui sua pirralha, acho melhor você me obedecer. - Ele diz com raivinha.

O que ele acha que é?

Ele aperta meu braço e ao mesmo tempo que isso me da um ataque de raiva eu sinto um desejo nisso.

- Da para me soltar?

- Você vai entrar na porra do carro? - Ele grita alto com a voz grossa.

Eu balanço o braço e ele o solta. Eu queria da um tapa na cara dele mas prefiro não fazer isso.

- Eu vou ficar bem aqui. - Protesto.

- Eu não me importo em como você vai ficar, eu quero que você me obedeça e entre no carro. - Ele grita de novo.

- Dylan, vai se...

- Acho melhor você não terminar a frase caso não queira me ver com mais raiva.

- Você não é meu pai, caralho. - Meu coração acelera um pouco.

- Jamais poderei, so sendo seu pai de verdade para te aguentar.

- Você não me conhece. - Rosno.

Ele para me olha no olhos e em um ato rápido me pega pelo braço e se aproxima mais perto. Tão perto que pude sentir seu perfume.

- Você vai entrar naquele carro por bem ou por mal.

E me puxa com tudo. Eu penso em gritar, mas sei que não vai adiantar.
Ele abre a porta do carro e quase me lança pra dentro dele e fecha a porta tão forte que eu pensei que ia quebra-la.

Ele entra no carro e começa a dirigir. Seu rosto esta vermelho de raiva e ele esta a 120 por hora, logo depois 160 e depois a 180 por hora.
Pensei em dizer que isto não é pista de corrida, mas sei que vai deixa ele com mais raiva.

Eu tenho ate vontade de ri com isso tudo, mas prefiro ficar quieta.

O caminho para minha tão nova casa foi rápido ate demais. Nós mal nos olhamos e isso deixou um clima tenso, mas não ligo muito. Nunca liguei para muitas coisas, fui sempre mais esperta que a maioria e por isso preferir viver isolada.

Se eu tinha ou tenho amigos?

Mas é lógico, amigos que não quero ver. Sei que de qualquer forma, tocarão no assunto e eu prefiro não comentar sobre a morte dos meus pais. Meu chip foi para o lixo e ninguém, alem do assistente gata social, sabe o novo numero. Eu realmente não quero que me incomodem, mas acho que vai ser difícil com um primo no meu pé.

Não sou de me lamentar, minha perda foi grande o bastante para eu esta arrasada, mas para mim, continuar significa não tocar no assunto - eu sei, é errado e nós temos que desabafar com alguém e blá blá blá - e eu sei que se alguém que goste de mim começar a falar essas coisas, eu provavelmente vou ceder e dá o braço a torcer, escorar em seu ombro, falar meus sentimentos e por fim chorar ate dormi. Deve ser ate fofo, mas não é para mim.

Não estou fugindo dos meus próprios problemas, apenas estou fugindo de minha dor. E daí? Cada um com os seus problemas, não é mesmo?
Agora, em meu novo quarto, que não gosto nada, eu fecho a porta com a perna, jogo minha mochila no chão e deito na cama. Ela é mais macia que o chão de um beco sem saída, mas não me encaixo nela.

Hoje de manhã, eu não sei o porque que eu fui ate lá, talvez me lembrasse algo que eu não queira lembrar, mas de qualquer forma me trás lembranças boas. Eu poderia ter voltado para casa, que é um lugar que com certeza sinto falta, mas sabemos que lá é uma caixinhas de lembranças e não estou afim de encarar isso. Não agora!
Ainda é de manhã, mas me sinto cansada e exausta e eu mal sei o porque, mas sei que estou adormecendo devagarinho.

Essa cama é boa mesmo!

ACEITO ESTRELINHAS E COMENTÁRIOS, CRÍTICAS PRINCIPALMENTE.
Gostaria muito que me ajudassem, essa história tem muito a falar ainda e jamais gostaria de desistir dela. O começo é sempre fraco, mas prevejo que as coisas vão se intensificar.
OBRIGADO!

Irresistível Cretino (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora