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Am - manhã
PM -  Tarde/noite

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Jih00

18:13 PM

Cantarolava uma canção qualquer enquanto chutava as pedrinhas da rua mal feita de seu bairro. Estava voltando do seu trabalho como vendedor da Empresa de Colchões MASTER'S, a única da cidadezinha tediante que vivia.

Sentindo o vento gélido balançar seus fios platinados, sua coluna doia pelo peso da bolsa que carregava. Hoseok estava inerte nos pensamentos, achava a sua vida tão monótona, tão.. sem sal. Sempre era as mesmas coisas, nos mesmos horarios com as mesmas pessoas e suas mesmas expressões.

Todas iguais

Todas Falsas

18:27 PM 

— Oi, Jun.

— Oi, Hoseok.

Coloca a bandeija com duas rosquinhas de morango no caixa, esperando o adolescente passar.

— Deu 9,78. – falou o atendente com o olhar tediante para Hoseok.

— Tem troco para vinte? – Tirando uma nota de 20 da carteira, o platinado esticou a nota para o adolescente do caixa.

— Hm, vinte? – o atendente olhou para a nota e Hoseok só para depois abrir o caixa checar as notas e pegar o dinheiro estendido. — Tenha um bom dia, e muito obrigada. – Entregou as rosquinhas ja na sacola de plástico.

— Eu que agradeço! – sorriu falso. 

Conveniência 90s. É uma acabada conveniência de bairro, porém Hoseok tinha que admitir que as rosquinhas do local eram realmente boas. Mas o platinado não poderia dizer o mesmo do atendente, podemos falar que suas relações são um tipo de: Ti suporto porque é meu trabalho.

O próprio Hoseok não saberia dizer o porquê tinham aquela rixa.

Saindo com passos leves, hoseok não tinha tanta pressa para chegar em casa. Amanhã era sábado, e seu chefe tinha finalmente lembrado que existia algo chamado Direito do Trabalhador e lhe dado uma folga. Pretendia passar o resto da noite comendo suas rosquinhas e assistindo reality shows na Tv, para quando acordar, ficar o dia inteiro deitado em seu sofá.

18:56 PM

Já com quatro quarteiros de distância a sua casa, passando pela quadra de futebol esquecida dali o jovem platinado estranhou ao ver dois garotos, que pelas roupas uniformizadas pareciam que estavam no ensino fundamental andarem pelos lados da rua e catarem algumas pedras jogadas. Olhando mais atentamente Hoseok se supreendeu ao ouvir um miado, focando mais a vista ele viu um gatinho preto preso pelo pé em um dos bueiros.

— Ei, o que vocês vão fazer? – perguntou para os adolescentes ali, esses que estavam do outro lado da rua contraria ao gato.

— Não enteressa, tio. – respondeu mal educado o garoto careca.

— Aposto dois reais que você não acerta duas seguidas – o outro garoto claramente menor excamou para seu amigo logo depois soltando uma risada bem irritante na opinião de Hoseok.

— Feito. – quando dito, o garoto careca com força arremessou as pedras que ele tinha pego, sendo que de todas as pedrinhas apenas uma acertou o gato preto, esse que ao sentir uma pedra acertar seu corpo começou a miar desesperado sempre tentando soltar sua patinha que estava presa.

— Ala idiota, errou! – gritou o menor — Agora minha ve-

— Não vai ser a vez de ninguém. – Hoseok que tinha visto a cena embasbacado, ditou firme — Caiam fora daqui seus muleques. Vocês nunca receberam educação em casa, não? — andou até onde o gato estava, abaixando e observando a situação do felino. Teria que dar um jeito de tirar ele dali.

Gato RisonhoOnde histórias criam vida. Descubra agora