Capítulo 4

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August e eu nos provocamos durante as três músicas que dançamos, praticamente estávamos fazendo sexo na pista de dança, então resolvemos dar uma pausa no show e ir no bar tomar uma bebida.

— Como passou o dia? — Pergunta-me assim que terminamos de fazer nossos pedidos.

Dou de ombros não querendo expor muito sobre minha vida.

— Tranquilo. — Por fim respondo.

Antes que ele volte a fazer outra pergunta nossas bebidas chegam.

— Me fala mais de você. Você sempre é vaga quando se torna o assunto da conversa e tudo vira um grande mistério. — Diz me olhando de forma intensa.

— Às vezes é bom ser misteriosa. — Digo usando um tom de voz provocativo.

— Tudo bem, eu entendi... Sem perguntas pessoais. — Diz sorrindo de lado.

E que sorriso.

Ele não volta a me fazer perguntas pessoais, vejo apenas ele curtindo a noite, o momento, ao meu lado. Dançamos, conversamos e bebemos durante um bom tempo, não necessariamente nessa ordem, mas gozamos de tudo que a noite tem nos oferecido até o momento.

Sinto minha bexiga cheia assim que viro a quinta dose da tequila. Eu amo uma tequila, tanto que meu organismo já se sente íntimo dela, preciso em média o dobro das doses que tomei para que eu comece a sentir o seu efeito.

— Vou ao banheiro. — Informo August e me levanto rumo ao meu destino.

Entro em uma das cabines e deixo o alívio tomar conta do meu corpo. Após terminar lavo minhas mãos e me olho no espelho. Retoco meu batom e dou uma ajeitada no cabelo, assim que vejo que estou pronta para voltar saio do banheiro rumo ao bar.

Antes que eu possa raciocinar sinto meu braço sendo puxado e logo as minhas costas batem em uma parede com força. O lugar está quase completamente escuro, exceto pela fraca luminosidade que vem da pista de dança. Sinto o cheiro másculo de August por isso não grito, mas o meu coração está acelerado por conta do susto que levei.

Sua boca ataca a minha sem deixar que eu diga qualquer coisa. Ele está sedento de desejo buscando saciá-lo. Posso sentir sua fome por mim através dos seus atos, e ele não é o único. Saber que ele me deseja, quer me tomar para ele me deixa necessitada. Ele beija minha boca com firmeza, ao mesmo tempo que devora meu pescoço, suas mãos veneram meu corpo, tocando-me, fazendo-me sentir impaciente, ansiando por mais contado.

— Você me deixa louco. — Geme em meu ouvido deixando uma leve mordida na parte fofa.

— Posso dizer o mesmo de você. — Rebato gemendo quando sinto sua mão entrar debaixo do meu vestido.

— Você já está tão molhada por mim. — Ele diz e meu corpo reage ao som de sua voz rouca.

— Ahhh. — Gemo assim que sinto seus dedos me invadirem.

August sabe o que fazer, sabe bem como deixar meu corpo ávido por ele. Nossas bocas juntas são como peças de um quebra-cabeça, se encaixam perfeitamente uma na outra. Seu toque na minha pele é como o fogo, queima, um queimar ardente, causando necessidade.

— Por favor... — Imploro por mais e ele me dá, me dá ainda mais do que peço.

Escuto o barulho do papel laminado e em fração de segundos sou invadida por ele, duro, forte, ávido, rijo. Suas mãos apertam a carne macia da minha bunda, e sei que ficará marcas. Suas estocadas em mim são intensas, causando dor e uma prazer colossal, ele nunca me fodeu como agora. Sinto meu orgasmo se formar, mas tento com todas as forças segurá-lo, não quero que isso termine rápido, quero sentir mais do que já estou sentindo. E mesmo tentando não consigo, o meu orgasmo toma conta de mim, fazendo meu corpo tremer. August também não se segura, e vem logo após mim. Agora os sons dos gemidos foram substituídos pelas nossas respirações irregulares e seus toque árduos por toque suaves no meu corpo e rosto.

— Janta comigo amanhã? — Pergunta quebrando o silêncio. — Amanhã é meu último dia aqui e gostaria de jantar com você, eu quero ter uma noite mais tranquila. — Explica.

— Jantar? Ok. — Concordo.

— Ótimo, te pego as oito na recepção do hotel.



[...]



A noite com August ontem foi bastante satisfatória, desde as bebidas que tomamos, as danças e nossa rude foda no corredor, porém nesse momento eu estou em frente ao meu espelho me arrumando para o nosso jantar. Fico me perguntando o porquê da minha concordância, talvez seja por eu estar saciada naquele momento e isso tenha me deixou mais abordável. De qualquer maneira, já que eu concordei com o jantar nada mais apropriado do que eu estar apresentável, uma vez que, não sei para onde ele irá me levar.

Me olhando no espelho vejo que tive uma boa escolha. O vestido longo branco pérola acentua perfeitamente as minhas curvas, o decote mostrando e não mostrando ao mesmo tempo e as mangas longa com detalhes delicados. Optei por deixar o cabelo solto e uma maquiagem mais discreta, apenas para realçar meu traços. Assim que estou pronta vejo no meu celular as horas, vou até minha cama e pego minha bolsa, mas antes de descer até a recepção confiro se nela tem tudo que preciso.

August está lindo, na verdade ele fica lindo de qualquer forma, principalmente quando está nu e com o seu pau em ação, porém ele todo formal, puta merda, isso é demais até para mim que estou acostumada a ver homens diariamente assim. A camisa branca abraça perfeitamente seus músculo, a calça cinza deixa evidente o seu pacote apetitoso, mas o que acaba comigo é o seu sorriso, não sei o que ele tem, mas merda, esse sorriso é capaz de conseguir o que quiser.

— Boa noite! Você está magnifica. — Diz todo galanteador ao beijar o dorso da minha mão.

— Obrigada! Você também está delicioso, digo maravilhoso. — Sorrio provocante.

— Vamos? — Ele me oferece seu braço e eu aceito com prazer.

Andamos até seu carro, ele abre a porta para mim e após estar acomodada fecha a porta e dá a volta até o lado que irá ocupar no veículo. A música no rádio é agradável, assim como nossa conversa sobre coisas banais. Após alguns poucos minutos ele estaciona o carro e então percebo para a minha alegria que estamos em uma Marina.

— Acho que acertei o lugar. — August diz com um sorriso.

— Eu amo o mar, amo esse cheiro. - Revelo feliz.

— Então somos dois. — Diz ainda com um sorriso no rosto.

— Espero que goste de Jacket potato.

— Amo batata de qualquer forma, mas batata assada e recheada é meu ponto fraco, especialmente quando o recheio é frango tailandês com coco e cogumelos selvagens. — Repondo e praticamente posso sentir o sabor delicioso desse prato em minha boca.

— Parece que temos muitas coisas em comum, esse também na minha opinião é o melhor recheio. — Confessa me surpreendendo.

A vista que temos da mesa onde nos sentamos no restaurante é incrível, podemos ver o mar, os barcos e as pessoas andando próximas a água, fora o vento fresco e o ar puro que a maresia nos proporciona.

— Parabéns pela escolha do restaurante, é um belíssimo lugar e com uma vista ainda mais linda. — Falo o olhando.

— Sempre que venho a Londres gosto de jantar aqui nesse restaurante, além da comida ser deliciosa o atendimento e a vista são, como você mesmo disse fantásticos.

O garçom vem até nossa mesa e fazemos nossos pedidos. Além do Jacket potato pedimos como acompanhamento arroz branco e vinho branco. Sem muita demora o nosso jantar é serviço. August sempre me olha de uma forma diferente, mais provocante, porém sempre me presenteando com o seu sorriso caloroso. Suas mãos estão sempre procurando as minhas para acariciar, seus olhos estão sempre buscando os meus para analisar. E isso me faz sentir nua na sua frente, como se ele conseguisse ler os meus pensamentos e saber os meus maiores receios, meus desejos... Ele parece realmente souber exatamente quem eu sou de verdade, não a Mel mulher que me tornei e que ele conheceu, mas a Mel de alguns anos atrás, aquele cheia de coisas na cabeça e sonhos inimagináveis.

Meu desejo, sua perdição.Onde histórias criam vida. Descubra agora