Capítulo 27

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GR Narrando

Tivemos que trazer a Anna pro hospital, ela não tá nada bem...

Ela já acordou, mas reclama de enjoo o tempo todo, tontura, febre.

Estamos voltando pro Rio agora, ficamos um total de 15 dias em SP.

Consegui me vingar do policial filho da puta que matou meu pai, picotei o corpo dele todinho. Cuzão do caralho.

..

Chegamos na rocinha e fomos direto pro postinho ver o que a Anna tinha.

A maluca lá já me ligou umas 20 vezes.

Chatice da porra mermão.

Entramos na sala do médico, e ele passou uns exames lá pra Anna fazer po, esses bagulho todo aí.

Ela fez, e ficamos na sala de espera pra ver o resultado.

- Parabéns senhora Anna, a senhora está grávida de 2 meses! Porém, é uma gravidez de risco, infelizmente você terá alguns problemas durante a gravidez, e até mesmo no parto. Sinto muito.

Mas fora isso, está tudo bem! Vou te passar umas recomendações e já te libero, ok?

Ela assentiu com um semblante triste no rosto.

Porra, será que esse filho é meu?


Anna Narrando

Eu e o Guilherme tivemos umas recaídas, e em uma dessas recaídas não usamos nem um método contraceptivo.

Não usamos preservativo, não tomei pílula. Porra, me fudi legal!

O que eu faço da minha vida agora?

- Esse filho é de quem Anna Clara? - GR me pergunta todo desconfiadinho.

- Do meu dedo Guilherme! Para de fazer pergunta óbvia caralho! Teu né porra!

Olhei pra ele e ele tava chorando.

Mano? Guilherme chorando? Que porra tá acontecendo? Tô sonhando né, não é possível.

A médica passou os remédios, e eu fui pra casa, não quis ir com o GR pra casa dele, vai que aquela maluca tá lá, e inventa de me bater.

Eu hein, tá doido.

Tomei um banho, quente e coloquei uma roupa confortável em mim e no meu filho.

Dei comida pra ele, e subimos pro quarto.

Conferi se estava tudo trancado e se os vapores estavam lá fora, melhor prevenir né.

Subi novamente e me deitei do lado do meu Theozinho, meu amor, minha vida!

Não sei o que seria de mim sem ele. Ele é praticamente meu oxigênio.

Não vejo a hora de contar pra ele que ele vai ter um irmãozinho ou irmãzinha.

Fechei os olhos e dormi, MUITO.

Acordei já eram 20h. Porra, tava precisando desse sono. Eu tava morta.

Já que hoje era sábado, e tinha baile o morro tava todo animado.

Gosto disso!

Levantei, coloquei uma roupinha mais ou menos, e arrumei o Theo.

Fomos lá pra lanchonete comer um hambúrguer.

Não deixo o Theo ficar comendo muita besteira, mas de vez em quando é bom, né?

Nos sentamos, e pedi nossos lanches.

- Fala tu Anna. A gente precisa conversar. - GR falou se sentando ao meu lado. - Pode falar.

- Pô, tu ta esperando uma cria minha, tá ligado? Eu dei um fora na outra doida lá, por que eu amo você Anna Clara.
Você é o amor da minha vida porra. Vamo construir nossa família, nossa tão sonhada família!

Eu pensei bem, antes de falar qualquer coisa.

- Olha Guilherme, eu também te amo muito, mas eu me amo em primeiro lugar!
Não complica as coisas, por favor... Estamos tão bem assim. Eu quero ficar sozinha e cuidar de mim. Eu te agradeço por tudo que fez por mim, mas eu realmente preciso de um tempo pra pensar e processar tudo que tá acontecendo. Eu tô ferrada mentalmente, e fisicamente também.
Eu quero cuidar de mim, e cuidar dos meus filhos.
Eu não vou proibir você de ver o nenê, aliás você é pai, né?

- É. - Disse seco, eu conseguia ver a tristeza em seu rosto. - Suave então, eu entendo teu lado. Valeu Theozinho. - Fez toque com o Theo, e saiu.

Será que eu fiz a coisa certa?

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Tava com saudades !! 💜

Não revisado.

Amor Indomável | Morro (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora