Stormy Night (SeanWhite MPREG) - adaptação

Flagra ou quase?

Sean

Pensando, eu estava sozinho na sala fazendo minha mente trabalhar duro. Encostei a cabeça no sofá fechando os olhos e imaginando se eu estava certo
em fazer tudo isso. White havia me confessado a verdade: ele e Black já havia trocado de lugar, mas nem me disse quando. Como se pudesse não saber... Era óbvio! Na lua de mel.

Era como se eu ainda pudesse sentir seu corpo sob o meu quente e vulnerável. Seus olhos curiosos em meu rosto, as mãos pequenas tocando minha pele,
hesitantes. O rosto dele quando dominado pelo prazer que eu lhe proporcionava... A forma como
ele gemia meu nome, como o gritava no quarto...
Não existia como ignorar o fato dele ser virgem, pelo menos naquela noite. No inicio, pra mim, era uma alucinação. Algo que eu pensava ter sentido, mas que na verdade era real. Talvez por desconhecer o fato de eles serem gêmeos, por não saber que existia outro homem como Black, eu, por ignorância, havia caído naquele papo.

Não havia como esquecer, se eu, Sean, naquele tempo era só um cara morto de amor... Morto de amor por um homem que, no fundo, sempre soube
não ser dele.

Gargalhei por estar pensando em mim em terceira
pessoa, mas vendo de agora, era o que eu era. E agora.. O que deveria fazer? Deveria investir no amor dele? Será que tinha chances..? NÃO!
Primeiro de tudo iria me separar de Black pra sempre, e depois de estar livre, iria voltar por ele. Para o homem que amo. Mas... Será que ele me ama?

-Psiu- não me movi, apenas girei os olhos em direção à escada, a cabeça ainda apoiada no sofá -tio Sean?- tive que rir baixinho quando ouvi meu nome, a voz tão infantil, mas a pronuncia perfeita.

-James- respondi também baixo. Parado ao pé da escada, James sorriu agarrado a um bicho de pelúcia e se aproximou arrastando a pantufa no chão -acordado tão tarde? Parece que alguém vai levar bronca do papai...- bati no sofá pra ele se sentar ao meu lado, então o fez, se erguendo todo pra alcançar o acento, deixando a pantufa no chão.

-Papai tá chorando tio Sean- disse deitando a cabeça na almofada, botando os pezinhos minúsculos em cima do meu colo -ele não briga comigo quanto chora, só fica me vendo nanar... Eu nem sei por que- murmurou coçando os olhos castanhos.

AH DROGA! Com certeza o problema era comigo.
Claro, eu era o idiota que estava insistindo com ele.
O idiota que estava pressionando-o. O homem não
era meu, ainda.

-Ele disse por que tá chorando?- questionei tentando parecer natural, mas na verdade ao lado daquele garotinho eu conseguia ser assim. Era como se nada que eu fizesse pudesse ocultar meu verdadeiro eu dele. Sorri ao pensar nisso, brincando com os dedinhos de James, que riu.

-Não, eu fingi que tava nanando- o garoto tentava
puxar os pés de minhas mãos -mas eu vou contar
um segredo...- quando conseguiu se livrar de mim,
se ajoelhou no sofá e chegou perto do meu ouvido -quando ele chora... Ele diz seu nome- confessou
num sussurro. Paralisei uns segundos, olhando
James de frente. Seria isso verdade? Será que o garoto tava confundindo?

-Meu nome?- falei desconfiado.

-Aham- assentiu -hoje ele disse algo sobre você fazer alguma coisa com ele- James representou a voz dele com o tom exato. Algo que me fez rir baixo, vendo seus olhos castanhos ficarem pequenos quando deu uma gargalhada -tá rindo de quê?-

-Você é incrível James.. Quantos anos têm mesmo?- perguntei me sentando direito no sofá, ele balançando os pés no meu colo.

-Isso- mostrou quatro dedinhos -e você?-

-Bom.. Eu tenho duas vezes isso- mostrei a mão cheia -e mais o seu.-

-Meu pai tem quase isso- revirou os olhinhos -porque você namora com o tio Black?- ao fazer
essa pergunta, James se impulsionou sentando no sofá me olhando atentamente. Coçou a testa todo concentrado.