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-Chegamos na sua casa- eu falei assim que paramos na frente da casa dele

-Acho que não seria nada legal da minha parte te deixar ir pra sua casa sozinha, posso te acompanhar até lá?-

-Tudo bem então Arellano cavalheiro, eu não conhecia esse seu lado- Robin riu envergonhado

-É, acho que a gente só conhece o lado briguento um do outro-

Chegamos em minha casa e ficamos parados olhando um pro outro

-Acho que já deu nosso horário, está escurecendo- Robin falou

-ah... você não quer entrar? Eu comprei refri e doce hoje cedo-

Entramos na minha casa, Robin se sentou no sofá enquanto eu pego alguns doces pra gente, eu realmente gostei da ideia de conversar com ele assim, com calma e sem brigas

Peguei tudo e me sentei no mesmo sofá que ele, deixando os doces e os refris no meio

-Por que você falava me odiar? Você começou primeiro- Robin me perguntou

-A eu não sei, eu nem te odiava de verdade, só as vezes-

-Eu também nunca te odiei na verdade, só retribuía a sua raiva-

-Mais que estúpido-

-Eu poderia te chamar de feia agora, pra te ofender- Robin deu risada e pegou um doce

-E por que não chama então?-

-Não posso, meu tio me ensinou a não contar mentiras- ele corou de novo

-Gracias, tu és muy hermoso Arellano-

-Gracias, posso te perguntar uma coisa? Eu meio que sempre quis saber disso-

-Sim?- eu respondi a ele

-Qual é a da sua bandana? Ela tem algum significado importante pra você?-

-Ah, eu meio que pensei que iria perguntar isso- eu ri e ele também

-Quando eu tinha uns cinco anos, minha mãe me deu essa bandana, ela disse que meu avô trocou bandanas com o suposto amor da vida dele antes de ir pra uma guerra. E quando ele voltou ela tinha morrido de uma doença bem feia, então ele deixou a bandana com minha mãe, pra ela dar pra sua futura filha ou filho, minha mãe ainda era criança- eu respondi a ele

-Espera ai Sn, eu ganhei essa bandana do meu tio quando tinha cinco anos também, ele disse que meses antes da minha avó falescer com uma doença feia, tinha trocado bandanas com o amor dela, então antes dela falecer, ela deixou a bandana pro meu pai pro futuro neto dela, meu pai era criança também na época- Robin me falou um pouco assustado

-Robin, a gente carrega meio que a marca do amor dos nossos avós, mesmo sem saber-

-O que não deu certo com eles, talvez possa dar com a gente- Robin disse baixo, quase em um tom pra que eu não possa ouvir, mas eu ouvi

-O que disse Arellano?-

-Nada... não foi nada Hernández, acho que eu já vou indo, foi muito bom passar o dia com você-

-Tá bom, vou até a porta com você- eu disse a ele

O acompanhei até a porta, ele me deu tchau e virou para sair, então ele parou do nada, se virou e veio até mim me dando um selinho

-Nossa, me desculpa por isso, sério eu não devia, eu tô indo embora- Ele corou e estalou os olhos

𝙱𝚊𝚍 𝚁𝚎𝚙𝚞𝚝𝚊𝚝𝚒𝚘𝚗 || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora