Sara, 31 anos

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"Dona Célia ganhou nossa aposta." Ele disse depois de alguns minutos dirigindo em silêncio.

"Que aposta?" Perguntei. "Você nunca me falou nada sobre isso."

"Ela apostou comigo que a garota certa iria gostar muito mais da última história do que de todas as outras."

Eu soltei uma risada.

"Não é que eu tenha gostado. Na verdade ela me destruiu…"

"Desculpa!"

"De forma alguma. Foi necessário. É como fazer reforma em casa e precisar derrubar algumas paredes. Suja, faz bagunça,  enche tudo de poeira, mas é a única forma para que as coisas fiquem bonitas."

"Então, você acha o que temos bonito?" Ele perguntou.

"Acho e gosto muito do que temos construído juntos!" Respondi olhando para o anel no meu dedo.

"Você vai mesmo se casar comigo?" Ele brincou. "Eu sei que sou eu que estou te levando ao cartório, mas ainda dá tempo de voltar atrás."

"Cala a boca, Roberto! Está querendo desistir é? Foi sua a ideia de casar tão rápido." Brinquei.

"Desistir? Está brincando comigo? Você me enrolou por seis meses. E que outra mulher no mundo vai ficar comigo e ainda tentar me ajudar a amar alguém mais do que ela mesma?" Ele respondeu.

"Eu amo você, sabia? E acho que jamais poderia te amar tanto se você não amasse tanto a Deus!"

"Iden!"

"Ótimo!"

"Depois de hoje não tem mais volta, Sara."

"Estou contando com isso!" Respondi.

"Então é assim que minhas histórias acabam?" Ele perguntou rindo. Estávamos chegando na rua do cartório.

Consegui ver Sônia de longe acenando para a gente. Minha mãe e dona Célia também estavam lá na porta nos esperando.

"Não. As histórias nunca acabam! O casamento de verdade ainda está para acontecer, tudo isso é só um ensaio! Por enquanto a vida continua, até que o noivo busque a sua noiva e só então, seremos felizes para sempre!"

Fim!

O Último Caso de Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora