capítulo 1

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Mais uma vítima tem a cabeça dilacerado por suas mãos e seus miolos espalhados pelo chão como nada, enquanto você observa os respingos de sangue descer pela parede como água, o corpo virando um pedaço de carne, inútil, sem vida, que segundos atrás apenas desperdiçava oxigênio. Mas tudo isso é por johan liebert, o homem o qual você decidiu dedicar sua vida, o homem pelo qual lhe entendia, entendia sua dor e por tudo que você passou, ele experimentou o gosto infernal que foi a kinderheim 511, o orfanato pelo qual era localizado no interior da Alemanha, e as crianças eram tratadas feito gado para se tornar uma arma sem sentimentos.

Limpando o sangue podre que se localizava em suas mãos, você cantarolava uma música que johan sempre assobiava. vosmecê realmente não tinha um pingo de empatia pelo homem que tinha acabado de matar, nem pelo antes desse, e nem pelos próximos, nunca perguntou a johan o motivo de matar tantas pessoas, mas isso não lhe importava, se era uma ordem de johan, sabia que era algo plausível. Sempre era, e sempre será.

Terminou de se limpar e trocar suas peças de roupas, exatamente como o loiro pediu e desceu para o saguão do hotel. Procurando uma certa pessoa com tamanha empolgação, tal qual como uma criança. Pode notar vários olhares caírem sobre você, pois, por modéstia a parte, você é uma mulher bela que sempre atraiu olhares, por onde é que passasse, mas isso não lhe importa, pois não era o olhar dele.

Logo, pode avistar um homem de costas sentado numa cafeteria do hotel degustando um capuccino, vestindo um paletó marrom e cabelos loiros bem penteados para trás. Pode sentir seu coração tamborilar e seu ser se esquentar, era ele, seu Deus, sua religião. Apressou os passos mas não de forma chamativa, pois, céus o homem odiava chamar atenção mais que tudo. se aproximou de forma delicada acenando com a cabeça e se sentando, sendo recebida por um sorriso aconchegante.

"Terminei o serviço, senhor", disse de modo calmo e voz baixa, sem coragem de encarar o mesmo nos olhos, olhos esses que pareciam saber todos seus pecados e te ler do avesso, decorar sua alma por completo.
O homem sorri, um sorriso de aprovação que esquenta seu estômago espalhando borboletas pelo mesmo.
"Você é uma boa garota, não é mesmo? consegue fazer tudo que é lhe designada." disse o homem, dando uma pausa para tomar seu capuccino e logo em seguida completando a frase com calma. "Não me chame de senhor, já lhe pedi senhorita. Você pode me chamar pelo meu nome, quantas vezes quiser" o mesmo sorriu.

você simplesmente nunca chamou johan pelo seu nome, não se sentia no mesmo nível do mesmo, você sentia que o homem seria o próximo salvador de todos, você era apenas uma humana imunda que já tinha manchado suas mãos de sangue muitas vezes, mas johan, não, ele não era desse tipinho, do seu tipinho, ele era um ser puro, de luz, tudo isso que ele fazia, havia de ter uma razão.

Vocês ficaram em silêncio por longos momentos naquele saguão enquanto você e johan apreciavam o café. Johan chamava muita atenção por sua aparência, pois o homem parecia um ser de luz com sua aparência angelical, seus olhos azuis como o fundo do mar e seu cabelo loiro que resplandecia a luz do ambiente, e céus, sua pele era tão clara que parecia deverás com leite. Vosmecê não era diferente das pessoas que admiravam liebert de longe, pois seus olhos devoravam cada minúsculo pedaço do loiro, e ele parecia se divertir com o fato de nem mesmo tu conseguir perceber isso.

Johan dá seu último gole de seu capuccino e coloca sua xícara de forma delicada na mesa "vamos." o homem se levanta da cadeira, lhe dando um singelo sorriso enquanto você acompanha os passos do homem até a saída do hotel em direção a garagem para pegar o carro do alourado e ir para a casa do mesmo. Chegando lá o homem retira seu paletó arremessando em cima da poltrona enquanto se direciona a cozinha a pegar algo.

Vosmecê se senta em seu sofá olhando sua mesa de centro, era tão organizada e bonita, tão delicada que poderia dizer que era a casa de uma mulher da classe mais alta, riu do seu pensamento.

"Oque é tão engraçado assim? me conta. também gosto de piadas." se assustou um pouco com a voz aveludada do homem e direcionou seu olhar ao mesmo, vendo em suas mãos finas e delicadas dois copos de whisky "para comemorar nosso sucesso hoje" o mesmo entregou o copo para você lhe fazendo beber em pequenos goles, quando percebeu, você e o alourado já haviam bebido a garrafa inteira e estava ouvindo johan balbuciar uma música enquanto ele procurava um vinil da mesma para colocar no toca música.

"Johan..." o homem se virou para você. "falou meu nome, que meigo da sua parte." deu um sorriso, colocando a se procurar o vinil novamente "por que... por que eu mato tantas pessoas ? ...para quê ?" para falar a verdade não tinha consciência exata do que estava fazendo, estava jogada no sofá de liebert de forma despojada, enquanto seu vestido preto estava quase mostrando a poupa de suas nádegas e você girava o gelo no copo de whisky de forma despreocupada. Pode notar as mãos de Johan pararem e o homem ir em sua direção, perto até demais de seu rosto, ao ponto de te assustar.

៸៸ ⋅ The devil in I - Johan Liebert.Onde histórias criam vida. Descubra agora