⭑✵Capítulo 2 ✵⭑- A Mansão Escarlate

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☆Essa é a história que possui mais capítulos, se quiserem eu posto mais☆

Nossa Viagem começa em...

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A cidadela ainda dormia, os bebados em sua maioria já haviam apagado em algum canto mal iluminado, as crianças que temiam a noite já haviam se cansado de chorar baixinho em suas camas e caido no sono sem que percebessem. Não se via movimentação e o silêncio da noite era quebrado apenas pelos grilos nos arbustos.
Uma carruagem, uma das poucas em movimento nesse horario, chegava a cidade. Virou na rua a direita saindo da avenida principal. Algumas velas estavam apagadas e outras prestes a matar a chama no liquido grosso que a parafina havia se tornado.
A carruagem passou pelas ruas escuras e esburacadas ate o caminho de pedras  que levava a mansão escarlate, era chamada assim pelas pessoas, as criancas tinham medo de dizer seu nome, e muitos cortavam volta do local.
Existinham muitas historias sobre aquele lugar, alguns rumores diziam que uma familia inteira havia sido morta ali e o sangue usado para pintar o interior de um dos quartos da casa. Outros diziam que não era uma família, e sim bruxas mortas em um ritual no qual só uma escapou, mas quando foi morta na fogueira, como punição, ela teve sua alma aprisionada ali.
Eles não sabiam se era verdade, mas as historias continuavam sendo contadas.
A mansão estava quase sendo destruida quando alguem misterioso a comprou, estava em bom estado, apesar de estar abandonada por tanto tempo.
Os novos moradores mudaram-se poucos dias depois que a notícia da venda havia se espalhado.
A mudança foi silenciosa, na calada da noite. As pessoas só sabiam que alguem estava ali por causa da movimentação repentina, das reformas, e dos criados.
Por falar em criados, eles eram discretos quando saiam da propriedade. Mesmo com muito esforço dos curiosos eles não revelavam nada, não diziam sequer se a casa tinha mofo ou se seu patrão estava gostando do lugar. Se falavam alguma coisa, isso não dizia respeito a nada dentro da mansão. Eram bem vestidos e educados, pareciam saldaveis também.
A carruagem parou em frente a porta de entrada da casa. Uma figura encapuzada desceu de lá.
A pouca luz tocava o tecido da capa negra que o homem usava. Uma chuva fina começará a pouco fazendo gotinhas brilharem com a luz.
Ele se pôs a andar, deu duas batidas na grande porta de madeira a sua frente, pouco tempo depois escutou passos largos se aproximando. A porta foi aberta jogando a luz amanteigada das lamparinas sobre a figura.
Dentro da casa um homem de meia idade o aguardava, ele sorriu e pediu que o rapaz entrasse.
Sem serimonias ele entrou. Já dentro da casa o viajante com sua mão enluvada puxou o capuz para trás assim revelando seus cabelos negros como as penas de um corvo. As mechas ainda humidas estavam caidas, bagunçadas em ondas finas gudadas por causa da água. Ele levou sua mão outra vez até a cabeca e com os dedos jogou seus cabelos para tras.
- Voce tem os cabelos de sua mãe - disse o homem - e é feio igual seu pai - continuou rindo.
O garoto riu e abraçou o anfitrião.
- E o senhor já esta com papadas - retrucou o mais novo com humor.
- Vou coloca-lo para dormir com os cavalos - o mais velho ameaçou divertidamente.

O hall de entrada era extenso, o chão de marmore refletia a luz amarela e vasos de flores enfeitavam o lugar.
- Se esta impressionado precisa ver o salão de festas - disse o mais velho, notando o olhar do garoto.
-  sim, com certeza.
Os dois se dirigiram para um corredor.
Alguns quadros pendinham nas paredes, pinturas de flores, pessoas e ate animais. Apesar da variedade de estilos, não havia muitos quadros.
Atras dos dois os criados levavam a bagagem do rapaz, que não era muita coisa.
Ao virar a esquina no corredor eles pararam de frente a uma porta, o anfitrião abriu a porta e deixou que seu hospede entrasse seguido pelos criados.
- Este será o seu quarto pelo tempo que precisar, se não se importa, eu vou me deitar agora, preciso resolver assuntos importantes amanhã - falou o mais velho do portal.
Os dois se despediram, os criados sairam deixando o rapaz sozinho no quarto.
- Esta será sua casa por enquanto Collin - disse ele a si mesmo como um suspiro.
Tirou os sapatos enlameados e os deixou em um canto do quarto, se dirigiu  ao banheiro, já sem suas vestes entrou na banheira, a água estava morna.
Depois de seu banho Collin se jogou na cama macia e sem esforço caiu em um hipinotizante sono.

Um grito fez Leslie acordar assustada, ainda era noite. Sentada na cama chorando estava Stefanini e Olivia a abraçava. A mais velha correu até a cama.
- Era um monstro! - a garotinha disse entre lagrimas.
- Não tem monstro nenhum, eu to aqui, esta tudo bem - disse Olivia tentando acalmá-la.
- Mas tinha sim, eu vi! - ela repetia.
- Liv, va se deitar, eu cuido dela - disse Leslie sentando-se ao lado de Stefy.
A irmã do meio deu um beijo na menor. Olivia não voltou para cama como a outra irmã disse para que fizesse, em vez disso pegou uma lamparina, com os pés descalços saiu do quarto. Ela não conseguiria dormir enquanto as outras duas não o fizessem antes, então decidiu ir até a cozinha.
A passos silenciosos ela andou pelo casarão. Quando eles haviam chegado a casa estava horrivel, estava limpa, mas não tinha decoração, não tinha vida alguma em suas paredes. Os quadros que ela ajudara a pendurar foram feitos por sua mãe. As flores foram ideia de Stefy, mas Leslie que montou os arranjos, a mais velha tinha muito jeito para decoração.
Liv desceu as escadas ate a sala e antes de chegar ao corredor que levava a cozinha a garota escutou alguem bater na porta, ficou quieta. Quem batia na porta de alguem uma hora dessas? Questionou ela mentalmente.
- não deveria estar dormindo? - a voz de seu pai cortou o silêncio fazendo a garota pular com o susto.
- A Stefy teve outro pesadelo - falou a menina ainda com os sintomas do susto percorrendo seu corpo.
- E você, o que teve?
- Fome - confessou, o pai riu da resposta óbvia.
- Se não se importa eu já vou indo - a garota retomou seu caminho, por mais que estivesse curiosa para saber quem era o inconveniente do lado de fora da casa - ...e eu acho que o senhor tem visitas. A garota deuxou a sala saltitandoate a cozinha que, segundo ela, era a melhor parte da casa. Liv procurou o que sobrará da carne da janta e  juntou um dos pedaços a um pão fazendo um sanduíche, não podia fazer nada além de dar nutrientes a seu corpo, já que estava em fase de crescimento, ela justificava em sua mente. Leslie dizia que ela já havia passado desta fase, mas Liv a ignorava.
A garota olhou pela janela vendo que chovia fraco lá fora, ela amava o cheiro de terra molhada.
Sentada sobre a mesa Liv imaginava como seria quando suas aulas voltassem.
Ela amava suas ferias, amava não ter que se sentar em uma mesa e ficar aprendendo sobre numeros ou literatura, mas ao mesmo tempo sentia falta, ela amava aprender coisas novas, mas achava maçante ter que fazer deveres de casa, qual era a lógica se seus estudos eram ali mesmo?
Talvez devesse levar seus deveres para um cemiterio, sentar-se em uma lapide e faze-los lá mesmo. O ambiente fúnebre seria compativel com sua disposição.
Olivia amava leitura, gostava de entrar na biblioteca da casa e ler sobre histórias fantasticas, as vezes lia livros didaticos, mas eles não eram o centro de sua atenção. Ela passava horas lá dentro e quando não podia se esconder no comodo, Olivia levava uma parte do lugar com sigo, quase sempre tinha um livro em mãos. As pessoas a achavam inteligente por isso, ela discordava.
Olivia desceu da mesa, pegou as coisas que deixara espalhadas pelo local e as organizou. Nenhuma funcionaria deveria ter que acordar e dar de cara com os restos do lanche noturno de seus patrões espalhados sobre a mesa. Olivia teria um ataque se tivesse que passar por isso, provavelmente cuspiria no prato mais bonito e chamativo das próximas refeições para se vingar da falta de noção.
Por fim Liv lavou suas mãos, secando-as na saia voltou para seu quarto onde encontrou suas irmãs deitadas em uma cama só. Ela dirigiu-se a sua cama, confortável e de barriga cheia, deixou-se. Não demorou muito para que ela adormecesse.

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⏰ Última atualização: Sep 10, 2022 ⏰

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