ALEXANDER: CODINOME PERIGO

CAPÍTULO XIII

"Dizem que a vida é feita e organizada em torno das inúmeras escolhas que fazemos, o que infelizmente não nos dizem e nem nos ensinam a lidar, é que para cada escolha... sempre vai existir uma consequência..."

(Kaius Cruz)

- Vamos lá crianças preciso de vocês prontos para a nossa foto em família! É para a campanha de seu pai! Precisamos passar a imagem de uma família de pais gays, modernas... mas, também cristã.... – Alex grita chamando todos os filhos, que estavam deveras dispersos naquela sessão de fotos.

- Nós entendemos já pai... – eis que Luck fala, chamando Alexander de pai, ele não tinha percebido, mas assim como o irmão caçula, acostumara chamar o espião inglês assim. A única que ainda tinha certa resistência era Cristine, que se referia ao esposo do pai, às vezes, como paizinho. – Não queremos parecer uma família de libertinos, mas também não queremos parecer uma família de judeus ortodoxos do século dezenove! – Luck rir, fazendo alguns dos fotógrafos caírem na gargalhada.

A família toda estava numa sessão de fotos, que seriam usadas na campanha de Kurt para presidência, como forma de chamar a atenção dos Republicanos mais conservadores, principalmente os do interior do país.

- Como eu estou meu amor?! – Kurt pergunta tentando fazer um nó em sua gravata, sem ter muito sucesso no feito.

- Você está lindo meu amor! Muito lindo! Vai ser um dos presidentes mais bonitos que essa grande nação já teve. – Afirma Alex pegando a gravata e a colocando de lado. – E você não precisa disso! Você é o presidente do povo!

As fotos ficaram incríveis e foram usadas para os devidos fins, Alexander sabia que o trabalho era árduo, mas estava fazendo tudo de si para conseguir eleger seu marido.

A corrida eleitoral estava acirrada, pois o candidato Democrata era muito conhecido, e já tinha sido deputado, governador e até mesmo senador da republica. Ou seja, tinha uma grande vantagem sobre Kurt, que nunca tinha concorrido nem ao cargo de príncipe de um baile de formatura do ensino médio. E a campanha batia em cima desse detalhe sempre, apelando para a questão da completa falta de experiência do candidato Republicano no campo da política pública.

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- Caramba amor... eles tão me massacrando... quer dizer... eu nunca fui um político, mas daí me chamar de incompetente, já é um pouco demais! – Kurt reclama para seu marido, que estava ao seu lado na cama, analisando dados e pesquisas em seu iPad.

- Faz parte do jogo meu amor! Mas não se preocupe... amanhã o comitê de campanha vai lançar uma bomba sobre a eleição Democrata... – Alexander revela de uma vez, algo que era pra ser sigiloso.

- Mas do quê você está falando!? – Kurt ficara deveras curioso com a repentina afirmação do marido.

- O ex-senador e atual concorrente a cadeira de presidente... bem... usou o cartão corporativo para contratar prostitutas, quando ainda era governador do Estado de Nova York! E aí... isso não é perfeito!?

- Meu Deus Alex! Isso vai destruir o casamento daquele homem?! – Kurt estava preocupado. – Isso é jogo sujo Alexander! Não combinamos que não iríamos jogar sujo?!

- Combinamos! Mas meu amor... você viu as charges que fizeram? As brincadeiras em relação ao nosso casamento... e a mim?! Aquilo foi humilhante! Aquilo foi jogo sujo! – o espião inglês rebate.

- Eu entendo Alex. Mas, não vamos pelo mesmo caminho! Estamos entendidos!? – Kurt dá seu ultimato.

- É claro, que sim... meu amor... – Alexander respira fundo, desistindo de usar aquela informação chocante.