ALEXANDER: CODINOME PERIGO

CAPÍTULO XIV

"Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data."

(Luís Fernando Veríssimo)

- Filho?! – Eis que Kurt chega na sede do FBI, onde ele já havia trabalhado antes.

- Pai!! – o pequeno Kevin sai correndo em direção ao pai, que segura firme em seus braços, já chorando muito.

- Onde você estava Kevin!? Quem levou você?! Como você escapou!? – Vários foram as perguntas, mas o pequeno se limitou a falar uma única resposta.

- Um herói de máscara branca pai... Ele foi muito incrível! Conseguiu sozinho derrubar e bater em vários caras!

- Esse homem... usava máscara branca?! – eis que Kurt e os membros do FBI ali presente estavam curiosos com aquela ligeira afirmação do garoto, ao passo que Alex estava extremamente nervoso.

- Eu não sei direito papai... Estou confuso! Quero ir para casa! – fala o pequeno meio nervoso, olhando em direção ao outro pai.

- Tudo bem filho... – Eis que Alex resolve entrar na conversa, tentando disfarçar e sair do meio daquela confusão. – Kurt... nosso filho precisa descansar...

- É claro! – eis que Kurt olha em direção ao seu antigo chefe, o sr. Carrington. – Podemos deixar esse interrogatório para depois, senhor?

- Candidato... Quer dizer... Kurt... Você sabe como isso funciona. Não podemos deixar isso para depois! Tentaram sequestrar o filho de um dos candidatos mais proeminentes para o cargo de Presidente da República dos Estados Unidos da América! – o chefe executivo tenta alertar Kurt, apelando para seu lado profissional de ex-agente do FBI.

Kurt respira fundo, olha em direção a Alexander, como se pedisse algum tipo de orientação.

- Tudo bem meu amor... Mas, gostaria de acompanhar meu filho nesse interrogatório... – eis que Alexander se pronuncia de forma firme.

- Como seria isso senhor Warren? Quer dizer, como e por que o senhor deveria estar na sala de interrogatório? – O sr. Carrington intervém curioso.

- Bom... Para início de conversa... Sr. Carrington... Eu não sou só um mero agente de RP, segundo sou formado em Direito pela renomada Universidade de Cambridge, com registro ativo e permissão para atuar em vários estados desse país! E por último, mas não menos importante... Eu também sou o pai dele! Então, se eu não puder entrar naquela sala de interrogatório... Acredite... Meu filho também não vai!

- E como o senhor faria isso? – Carrington desafia de forma firme.

- Simples, meu caro... Sou eu quem transa com o futuro presidente desse país! Que aliás... será o presidente dos Estados Unidos! – dessa vez Alexander sussurra no ouvido, mas alto suficiente para algumas pessoas ali perto, ouvir o que ele falou. Isso claro, incluiu o próprio Kurt.

Carrington se aproxima de Kurt, e com certo nervosismo comenta:

- Você vai deixá-lo falar comigo desse jeito Kurt!? – seu tom era de profundo desagrado.

- Desculpa amigo... Mas, se tem alguém que precisa... e vai está dentro daquela sala... Vai ser o meu marido. E tem mais uma coisa... Não tô disposto a arriscar um mês sem sexo... porque contrariei meu marido! – Kurt termina de falar e dando três tapinhas em seu ombro. – Qual é Carrington... Você é casado... sabe como isso funciona, não é mesmo?

Carrington suspira fundo, dando o braço a torcer. Ele segue até a equipe, sendo indagado de forma firme por Loren Field:

- Eu tenho uma leve impressão... que se Kurt for eleito... Aquele inglês charmoso de bumbum malhado, é quem vai comandar esse país! Então meu caro senhor... Se o senhor quer ser nomeado Diretor Geral do FBI, recomendo o senhor cair nas graças de Alexander... e não de Kurt! – alerta Loren preocupada.