ᴏ ᴛᴇʟᴇғᴏɴᴇ ᴘʀᴇᴛᴏ | ᶠⁱⁿⁿᵉʸ ᴮˡᵃᵏᵉ

cap.12

S/n Hopper

Agora estamos aqui tentando quebrar a parede para chegar no congelador

Cada um ficava um tempo batendo enquanto o outro descansava um pouco, e quando um cansar ele passa para o outro

Eu e Finn estávamos em completo silêncio, só se ouvia o barulho da parede sendo quebrada

- ainda tá mal pelo Vance, não é? - ele pergunta, cortando o silêncio

Provavelmente porquê viu meus olhos lacrimejando

- um pouco - digo enchugando uma lágrima que escapou - mas... até que foi bom, falar com ele, sabe? Poder ouvir a voz do meu irmão depois de tanto tempo... deu muita saudade... mas foi bom - digo e volto a bater na parede

- entendo... - ele diz

E logo o silêncio volta...

Eu estava cansada, meus braços doíam

Eu iria passar a tampa do vaso para Finn voltar a bater, mas não dei, porque, ele parece ainda está cansado

Então apenas sento ao lado dele enquanto dou um suspiro pesado

Ficamos alguns segundos assim... um ao lado do outro sem falar nada

- o que você disse... sobre me amar... é verdade? - pergunto enquanto viro meu rosto para observá-lo, e o vejo corar imediatamente ao ouvir minha pergunta

- er... e-eu... - ele dizia enquanto me olhava nervoso. Ele não conseguia achar palavras, não sabia o que dizer... então ele apenas dar um suspiro e diz, - sim... era verdade. Olha... desculpa por falar isso, desculpa se te deixei desconfortável... é que eu não conseguia mais guardar isso dentro de mim, e... sinto muito. Tudo bem se você me odiar, ou se não sentir o mesmo, até porquê você me considera apenas um amigo, e que seria estranho já que...

Nessa hora eu interrompi ele com beijo

Não era bem um, BEIJO, era mais um selinho demorado...

Então ficamos alguns segundos no beijo apenas aproveitando o momento...

Logo depois nos separamos do beijo e vejo Finn com uma cara de bobo apaixonado e dou um sorrisinho

- eu te amo... muito. Eu me apaixonei por você desde o dia em que você foi conversar comigo pela primeira vez na escola... o dia em que eu estava no refeitório sozinho e você perguntou se eu queria companhia, e eu envergonhado não respondi nada... fiquei com medo de você me achar estranho depois daquilo, e nunca mais querer falar comigo, mas não, você apenas deu um sorriso, se apresentou, e começou a puxar conversa comigo... Nunca tive coragem de dizer pra você que eu te amo, porque... achava que você só me via como um amigo e que... não queria namorar com o nerd, esquisito, da escola...

- você tá brincando? - digo e ele me olha confuso - Você é uma das melhores coisas que entrou na minha vida, Finn... você sempre foi o meu apoio, e o motivo pelo qual eu levantava da cama toda manhã para voltar pra aquele inferno de escola... desde que eu conheci você na escola, que eu sabia que você seria a pessoa que mudaria minha vida, e faria eu ver o mundo de outros olhos... você foi a melhor coisa que já aconteceu comigo... e eu te amo... - digo isso e já vejo o mesmo com algumas lágrimas nos olhos

Logo depois disso nos abraçamos em um abraço forte e confortável... acho que nós dois precisávamos disso...

Ficamos um tempo se abraçando e depois nos separamos do abraço

- vamos sair daqui, e vamos assistir o filme do Massacre da Serra Elétrica, junto com a Gwen, o Robin, e o pouquinho dele, o Jorge - digo e Finn da um belo e lindo sorriso e logo depois uma risada o que me fez sorrir também

- é, vamos levar o Jorge - Finn diz rindo

- tudo bem. Agora vamos voltar ao trabalho, não temos muito tempo - digo e dou um selinho nele e me levanto, e logo ajudo ele a levantar também

- eu tinha até esquecido dessa parede - ele diz rindo

- pois é. Mas agora é sua vez, bonitão - digo entregando a tampa do vaso pra ele enquanto ele faz careta

Depois de muito trabalho conseguimos quebrar a parede

E tiramos o painel, e finalmente chegamos no congelador

Entramos e ficamos batendo na porta para ela abrir

Mas ela não abriu... estava trancada por fora, não tinha como abrir...

Depois disso saímos de lá... Finney se sentou no chão e eu fiquei sentada no buraco da parede

Estamos com caras de frustração...

- isso... isso nunca vai funcionar! Ele nunca vai abrir o congelador e vamos morrer aqui! Esse será nosso fim! - ele diz já começando a chorar, chorar muito

Aquela cena era de partir o coração...

Então sentei ao seu lado. E quando fiz isso, ele virou seu rosto, provavelmente para eu não ver sua cara de choro

Então o abraço de lado e ele coloca sua cabeça em meu ombro

- ei, não fica assim. Cadê aquele garoto que disse que íamos sair daqui vivos e bem, an? Não vamos morrer aqui, Finney. Esse não pode, e não será, nosso fim. Ainda temos muito o que fazer, muito o que viver, e esse filho da puta não vai tirar nada disso de nós - digo e ele tira sua cabeça de meu ombro e me olha - lembra o que eu te falei sobre o filme? Vamos sair daqui e ir assistir o filme com nossos amigos... e claro, não podemos deixar o baconzito de fora

- baconzito? - Finney pergunta confuso

- é o meu apelido pro Jorge - digo e Finney da uma pequena risada enquanto enchuga as lágrimas - vendo? Já vi um sorriso aí - digo sorrindo e ele rir - entendeu agora? Vamos sair daqui sim. Não importa se vamos sair sem um braço, uma perna, um dedo, não importa! Mas, vamos sair daqui com vida, não importa o que aconteça

- tudo bem, mas... o que vamos fazer agora? - ele pergunta

- já tentamos de tudo, já falamos com todas as vítimas, então só tem uma opção... vamoss ter que lutar com ele... - digo

- o quê? Não, eu não sei lutar. Não sou tão forte quanto você - ele diz

- Finney, essa é a única maneira! Se não, aí sim vamos morrer aqui, porque não tem mais nada pra fazer além disso - digo

- mas eu não sei lutar - ele diz

- não tem problema, eu te ensino. Só sei que vamos fazer isso e vamos sair daqui, entendeu? - digo

- tá... entendi... - ele diz

Continua...