Capitulo 45

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- Maior gosto de quê? - Perguntou Samuel parado ali na porta, como um homem tão grande pode ter chegado sem ser notado?

- A Kath te explica, eu estava indo fazer um chá para nós duas. - A senhora Delphine disse se levantando do banco ao meu lado e eu arregalei meus olhos a encarando como se dissesse "não ouse fazer isso? Onde está indo? Volte aqui!" e apesar de eu julgar que ela não estava entendendo o que aquele meu olhar queria dizer, quando ela deu uma risadinha e passou a mão pelo vestido antes de seguir até o filho, ela me confirmou que sabia exatamente o que aquele meu olhar queria dizer. - E você querido? Vai querer um chá? - Ela perguntou a ele já parada em sua frente.

- Não, mãe... obrigada. - Ele disse pondo a mão em seu ombro. - Vim apenas ver como estavam. - O mais alto disse e a senhora Delphine confirmou com a cabeça.

- Tudo bem então querido, faça companhia para Kate enquanto vou fazer o chá. - Ela disse e novamente meu olhar sobre ela estava sendo AQUELE olhar.

- Não precisa, eu posso ajuda-la. - Disse me levantando rapidamente.

- Não, não. Você é visita Kath e eu não preciso de ajuda para fazer um chá. E eu não acho que o Samuel vá se importar de lhe fazer companhia não é Sam? - A mulher perguntou e então o moreno sorriu.

- Claro que não. - Ele disse e eu desejei matar a senhora Delphine. Mas antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela nos deixou e Sam se aproximou de mim.  - Quer andar um pouco pelo jardim ou ficar aqui mesmo? - Ele perguntou e então ergui o olhar para o céu e sorri.

- Jardim. - Disse e senti um frio no estômago, mas devia ser apenas por conta das coisas que a senhora Delphine falou, mas diferente de suas insinuações sobre eu e Sam, eu sabia que ele e eu éramos apenas amigos tanto para mim, quanto para ele.

- Ótima escolha! - Ele disse e então me estendeu o braço direito e eu aceitei o segurando, enquanto caminhávamos para o jardim a dentro, a brisa fria beijava meu rosto enquanto passeávamos pelo caminho de arbustros.

- Não sei como sua mãe consegue manter esse jardim sempre tão lindo... ela ainda cuida dele sozinha? - Perguntei direcionando meu olhar para o rosto do mais alto.

- Pois então! - Disse Samuel dando uma risada nasal nervosa. - Ela que tira cada erva daninha, que colhe cada flor, que rega... a não ser que chova, aí Deus resolve dar uma ajudinha. - Ele disse e então rimos juntos e eu soltei seu braço, começando a passear pelo redor observando cada flor com cuidado.

- Ela deveria abrir uma floricultura. - Disse tocando uma das rosas que haviam ali.

- Eu disse isso a ela, mas não consegui convencê-la, quem sabe você não consegue... - Disse o mais alto enquanto eu inclinava-me para frente sentindo o cheiro das rosas.

- Se você que é filho dela não conseguiu acha que eu conseguiria? - Questionei enquanto fechava os olhos e deixava que os cheiros das flores inundasse meu nariz.

- Sim, ela ama você como uma filha mesmo você tendo ido embora. - Ele disse e então me virei para o mesmo cerrando o olhar.

- Eu precisei e tem a minha mãe e a Edwina, ela era tão novinha ainda... e o papai estava doente. Eu não podia deixa-las. - Falei enquanto o olhava nos olhos, senti um aperto em meu peito naquele momento, eu lembro que a senhora Delphine tentou nos convencer a ficar com ela, mas minha mãe não aceitou, éramos muito apegados a Lady Violet, hoje percebo que foi uma das maiores idiotices que cometemos. E digo nós porque eu nunca teria aceitado me afastar dos Bridgerton, os meninos eram meus melhores amigos.

Sem nem perceber meu olhar estava sobre o chão, meus olhos cheios de lágrimas e meu coração acelerado, o papai fazia falta... tanta falta...  a mãe fazia o possível, mas não era a mesma coisa.

- Ei... eu estou brincando... - Samuel disse levando sua mão ao meu rosto o fazendo olha-lo. - Sentimos sua falta, vocês pararam de nos visitar, apenas soubemos de longe das notícias, nos vimos apenas nos enterros... sabe foi difícil todo esse tempo. - O mais alto disse diminuindo a distância entre nossos corpos e fazendo carinho com sua mão em meu rosto. - Sabe Kath.... se eu fosse você não volta... - Sam dizia até que uma voz que eu reconheceria a km de distância o interrompeu.

- Não voltaria pra onde? - Questionou Anthony que estava ali, parado a poucos metros de distância de nós dois, que agora estávamos mais distantes já que a voz do Bridgerton havia agido como um repelente entre nós.

- Não voltaria pra onde? - Questionou Anthony que estava ali, parado a poucos metros de distância de nós dois, que agora estávamos mais distantes já que a voz do Bridgerton havia agido como um repelente entre nós

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Oi meus amores, teve alguns comentários nos últimos capítulos onde algumas leitoras me perguntaram o porquê de eu demorar tanto para postar, então anjos...

Eu faço faculdade e tenho que conciliar fazer os trabalhos, atividades, estudar, a vida pessoal com a escrita. Tudo anda uma correria, então é por isso que não tenho um prazo certo de postagens para nenhum dos meus livros.

E além disso vocês devem saber que a criatividade foge, as vezes tenho que rever os capítulos, ver erros, mudar uma coisa aqui, uma coisa lá e ainda assim um erro ou outro escapa. Tanto é que as vezes posto capítulo para um e para o outro não, apesar de haver uma ordem de postagem dos capítulos, então peço por favor, que vocês tenham um pouco de compreensão, postarei sempre que possível.

E sobre a passagem de tempo, que boa parte já vem me perguntando, posso garantir que em breve (mas não tão breve) teremos a tão esperada passagem de tempo.

Com amor, Bea. 💕

Além Do TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora