A QUEIMA ROUPA - DRARRY

𝐂𝐀𝐏Í𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏 - 𝐑𝐎𝐁𝐈𝐍 𝐇𝐎𝐎𝐃

Já se perguntou o que diferencia Robin Hood de um ladrão comum?

É uma questão de ética na verdade, se relaciona muito mais com a parte moral do que racional e é bem simples.

Robin Hood roubava dos ricos para dar aos pobres, e isso significa que, por meio de outros menos afetados, ele ajudava aqueles que, acreditava-se "precisarem mais"

Eram miseráveis e é claro, que assim é fácil diferenciar um ladrão, de um pobre necessitado, um símbolo de liberdade, uma lenda protestante!

Uma pena que seja fictício, mas e se...

Não fosse? Ladrões reais seriam amados da mesma forma mesmo sendo, necessitados?

Mesmo que fossem, dois bilhões e quatrocentos milhões de euros?

Isso rodeava minha cabeça.

Um plano, é algo que, se faz para aquelas coisas mais importantes, você planeja com detalhes porque, não quer que dê errado.

Porque não quer pôr tudo a perder.

Então se um plano agia em função de terceiros, não soava como um bom plano, um plano de um assalto que depende de passarmos a ser mocinhos mesmo invadindo um museu para roubá-lo? Aquilo era patético.

E isso me intrigava, meu irmão era uma pessoa muito inteligente não posso negar, mas mesmo que tivéssemos passado dias após dias ensinando, noites após noites estudando.

Ainda não tínhamos certeza se a palavra 'plano' e 'adolescentes' cabiam de forma harmoniosa numa mesma frase.

Muitos de nós Ali estávamos desesperados.

Necessitados.

Mas as pessoas cometem erros, e isso nos corroìa por dentro.

Voltei a respirar quando fui tirado de meus pensamentos por um coçar de garganta nada discreto de Hewett.

- Draco... -sorriu triste.-recostando-se desconfortável na cadeira velha que ali havia, para me ver melhor.

- Nem vem Hewett, eu tô bem.- disse largando meu copo contendo minha sidra favorita sobre a mesa. Em seguida encarando a lareira presente próxima de nós.

- Bem mal, só se for. -Ergui-lhe aquele famoso dedo e estava pronto para deixá-lo falando sozinho quando o mesmo levantou e me puxou.

- O'Que Há com você, Draco?

Respirei fundo, Criando coragem para enfrentá-lo

-Escuta hewett, esse plano não tem garantias, quer mesmo me fazer entrar com oito, adolescentes num museu com M16's? E esperar a opinião pública passar a mão sobre nossas cabeças e dizer, que 'tá tudo bem?

Hewett me encarou pensativo.

- Nada é garantido, Draco. -sorriu com esperança.

- Nada que envolva a população de Madrid passar a nos considerar éticos, hewett. -hewett permaneceu calado, agora fitando o chão.

-Amanhã é nosso último dia aqui, Draco, você e eu estudamos cada detalhezinho, cada cantinho daquele museu foi nosso Passatempo diário, ou melhor noturno. - aproximou-se de mim devagar.

- Me diz por favor que não quer desistir agora, que vai no aniversário da Bel, e que vai não deixar 8 adolecentes desolados dentro de uma porra de um museu completamente sem rumo! - percebi ele aumentar seu tom de voz como se estivesse cansado daquela conversa.

Bel...

Era por ela que eu levantava da cama todo santo dia, e permanecia sem fazer nenhuma besteira.