Before And Now - Chaesoo

Capítulo 21

Jisoo POV

Ah, merda.

Seu pai correu em nossa direção em um pulo.

Perdi o equilíbrio e... caí.

"Jisoo!" Rosé gritou.

Minha cabeça bateu em alguma coisa, felizmente era grama. Eu quase cai no concreto apenas por alguns centímetros.

"Jisoo!... Porra." Irene me examinou e tentou me segurar quando ouviu barulhos na casa. Como se alguém descesse as escadas com pressa. Minha cabeça estava zumbindo. Foi confuso. Irene tentou me levantar, mas eu estava tonta.

Minha visão estava turva, minha cabeça latejava, meus ouvidos assobiavam e meu corpo doía.

"Merda." Irene estava em pânico ao meu lado. "Jisoo... me responda... droga... você está bem?"

"Estou bem." Eu obviamente menti.

O que estava acontecendo? Fechei os olhos. Achei que ia vomitar. Mesmo com os olhos fechados, parecia que o chão estava se movendo. Como se eu estivesse em um barco pego em uma tempestade.

"Pai... pai, por favor... pare. Não... machuque... ela."

Rosé.

Pisquei, tentando recuperar minha visão. Eu precisava vê-la. Ela chorava de longe. Ouvi os gritos vindos de dentro. Eu precisava me controlar. Para Jisoo.

Sentei-me com a ajuda de Irene, mas foi tão doloroso. Eu provavelmente tinha quebrado uma costela. Correção. Eu definitivamente tinha quebrado uma costela ou duas. Irene me ajudou a ficar de pé e me senti tão fraca. Como uma boneca de papel. Mas, ao mesmo tempo, eu me sentia tão pesada que meus joelhos não aguentavam mais o resto de mim.

A porta de vidro deslizante se abriu violentamente. Senti uma substância molhada na minha bochecha. Eu estava chorando?

Foi quando ouvi o som de uma arma carregada. Irene instantaneamente agarrou meu braço.

"PAI PARE. Elas... são minhas amigas." Rosé gritou.

"Amigas ou não. Essa é uma propriedade privada. VÃO PARA O INFERNO."

"Mason, pare!" A mãe de Rosé colocou a mão na arma, fazendo-o largar.

Irene relaxou ao meu lado e tirou a mão. Minha visão voltou completamente e eu meio que desejei que não tivesse porque Rosé parecia mais magra e pálida do que quando a vi pela última vez. Ela parecia ter passado por um momento difícil e isso quebrou tudo dentro de mim. O que eles estavam fazendo com ela?

"Rosé." Eu me aproximei, mas a mãe dela também e parei quando vi sua expressão de ódio. Ela era tão assustadora.

"Não se atreva a dizer o nome dela, sua imunda..."

"MAMÃE." Rosé soluçou.

Sua mãe a ignorou e se virou para nós.

"Irene querida, eu não sei por que você está aqui com ela." Ela me lançou um olhar. "Mas espero que seja para impedi-la, certo?"

Irene se mexeu.

"Não, senhora. Eu... eu também estava preocupada com Rosé."

Desapontamento apareceu no rosto da mãe de Rosé.

"Você sabia sobre elas?" Ela perguntou escandalizada.

Ah, foda-se. Ela sabia. Ela descobriu sobre nós. Tornei-me efervescente novamente. Não é à toa que Rosé foi presa.

"Eu... eu descobri isso hoje, na verdade."

A mãe de Rosé olhou para a filha e depois para mim. Meus olhos dispararam para o chão. Minha mandíbula apertou. Eu deveria ter esperado essa situação mais cedo ou mais tarde. Eu conhecia os riscos, mas ainda doía que o pior acontecesse.

"Irene, você é uma boa menina. Não se deixe influenciar por pessoas assim."

"Mãe por favor." Rosé implorou, mas sua mãe levantou a mão para calá-la.

"Eu descobri seus segredos." Ela me olhou com nojo. "É por isso que Rosé não estava indo na escola, ela não pode continuar assim. Nós concordamos..." Ela pegou a mão do marido. "... que ela precisa de ajuda adequada..."

"NÃO." Eu gritei, sabendo exatamente o que ela queria dizer com isso. "Você não pode... por favor, não."

"CALE-SE." O pai de Rosé cuspiu.

Eu chorei. Tentei enxugar as lágrimas, mas quando olhei para minhas mãos, elas estavam misturadas com sangue. Meus olhos se arregalaram. Olhei para Rosé, minhas lágrimas continuavam caindo.

Sempre ia acabar assim, não é? Mesmo que nos amássemos, algo ou alguém iria nos separar. Eu sempre prometi a mim mesma que não levaria Rosé comigo, mas agora, eles queriam que ela passasse pela coisa mais horrível. Eu não poderia deixá-los destruir Rosé por dentro, mesmo que isso significasse que eu a perderia uma segunda vez.

"Não faça isso com ela." Eu implorei. "Eu... eu vou embora. Rosé não vai me ver de novo, eu prometo. Só... não faça isso."

"Você acha que podemos confiar em você?" Seu pai zombou.

"As meninas vão se certificar disso e eu vou deixar a cidade."

Irene olhou para mim, lágrimas começaram a rolar por suas bochechas também.

"Não." Rosé murmurou, soluçando mais uma vez.

Meu coração estava doendo muito.

Nessa situação, de qualquer forma, seremos nós sofrendo. Eu esperava que doeria menos para Rosé agora. Ela estava melhor sem mim. No entanto, eu não estava lamentando o tempo que passamos juntas, mesmo que estivesse doendo mais agora. Eu a amava. Eu sempre vou.

"Eu sinto muito, Rosé."

"Não... não... não..." Ela tentou se aproximar, mas sua mãe a segurou.

"VÁ EMBORA." Seu pai gritou antes de levar sua esposa e filha para dentro da casa, mas Rosé revidou.

Eles tiveram que arrastá-la para dentro. Eles lutaram enquanto ela gritava. Irene segurou meu braço.

"Vamos lá." Irene sussurrou, me levando para longe.

Meus pés se moviam sem que minha cabeça acompanhasse o que estava acontecendo. Tudo o que pude ouvir foi o protesto desesperado de Rosé. A porta se fechou e seus gritos ficaram abafados. Eu estava me movendo como um zumbi, nem mesmo sabendo que estava me movendo. Meus olhos só se lembravam do rosto de Rosé. Fui transportada de volta para a casa da árvore.

Rosé valsando em meus braços ao som da música lenta emitida por seu telefone. Seu sorriso que me fascina. Sua risada enchendo meus ouvidos.

'Espero que quando envelhecermos, ainda dancemos assim'

Eu ri. Nós rimos. Paramos de dançar.

"Jisoo!" Lisa disse.

"Puta merda." Nayeon.

As portas do carro se abriram. Nayeon e Lisa correram em nossa direção, Joy ficou ao lado do carro parecendo chocada.

"Jisoo?"

Virei-me para Irene, que parecia preocupada.

'Eu te amo, Kim Jisoo'

Eu também te amo, Rosé.

Minha visão ficou preta. Eu não podia sentir meu corpo.

Tudo parou.