Priscila Caliari é dona de uma das maiores empresa do ramo hospitalar do Rio de Janeiro. Carolyna Borges é sua assistente jurídica, mais que isso, seu braço direito. Tudo ia bem até que Priscila se vê perdidamente apaixonada por sua funcionária.
Ada...
Havia quase uma semana que descobrimos sobre o que realmente estava acontecendo de errado na empresa e desde então a Priscila andava tensa e irritada.
No almoço de domingo passado foi a última vez que a vi sorrir sincera e serena. Desde a segunda, quando retornamos ao trabalho, ela está uma pilha de nervos, principalmente após a reunião com o setor financeiro.
A Priscila não é do tipo que consegue disfarçar o seu descontentamento com algo. Ela realmente estava muito irritada e soltou farpas a todo o momento, quase que diretamente direcionadas ao João Pedro e ao Rafael .
Em alguns momentos eu precisei intervir para que ela não despejasse toda a situação ali mesmo na reunião.
Já estamos na sexta-feira e o humor dela ainda não melhorou. Eu nem me atrevi a tentar qualquer aproximação durante esse tempo. Tudo o que ela faz é pensar em alguma maneira de acabar com a quadrilha, como ela tem chamado desde então.
Todos que mantiveram contato com ela durante essa semana provaram um pouco do fel do mau humor da Senhorita Caliari.
Nem eu passei despercebida. Recebi algumas grosserias gratuitas em alguns momentos de impaciência dela.
O problema é que nem assim eu deixei de desejar essa mulher, muito pelo contrário.
- Não me interessa se você não leu as entrelinhas do contrato Senhor Gustavo Foganoli . - ela falava com a voz alterada e o semblante sério com um funcionário do setor financeiro.
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- Senhorita Caliari mas isso não foi colocado na nossa pauta inicialmente.- o homem tentava se justificar.
- Terei que tomar medidas drásticas sobre isso então. Já que só tenho incompetentes no setor de finanças.
A cada frase dita uma veia saltava em sua testa demonstrando a irritação.
- O plano não estava totalmente finalizado Senhorita, o prazo dado foi insuficiente para elaborarmos com mais afinco e ... - ela não deixou ele terminar a fala.
- Sim eu sei disso meu caro, não preciso que você me diga ou explique algo que é da sua responsabilidade.- Priscila suspirava com cada vez mais impaciência na voz.
- É que a mensagem dos fornecedores não estava clara quanto a essas especificações da empresa Senhorita. - ele continuava tentando enrolar Priscila .
Como advogada eu sabia muito bem que aqueles argumentos vazios eram apenas uma tentativa de adiar algo tão óbvio.
De que aquele homem, não fez o seu trabalho por pura preguiça e falta de profissionalismo.
- Quer saber Foganoli , pro inferno com esse seu setor. Você só me faça mais um único favor por hoje. - ela o encarou diretamente, seus olhos castanhos que geralmente eram em tons um pouco mais claros, estavam escuros como a noite.
