Convite De Casamento - Malila

Cap- 4 - Acidente

    
                    Maraisa pov's

Quando eu vi o carro do pai da Marília na nossa cola, eu senti um medo me percorrer, olhei pra Marília e tentei lhe passar segurança, voltei minhas mãos para o volante e acelerei o carro, Mário se aproximavam cada vez mais, eu já tinha ultrapassado a velocidade permitida naquela pista, eu tava tão concentrada em acelerar que não percebi o semáforo.

— O sinal tá fechando Maraisa!! - Marília gritou desesperada, quando eu tentei para o carro já era tarde, o sinal já tinha fechado e quando percebi vinha uma moto e na tentativa de não machucar o rapaz eu virei o volante pra contramão e foi aí que eu perdi o controle, senti o carro capotar, os gritos de Marília ecoavam na minha mente, na segunda vez que o carro girou eu senti algo perfurando minha coluna, a dor era muito grande, senti o carro parar depois de alguns giros, eu achei que ia morrer, vi o filme da minha vida passar na minha mente.

Eu não estava aguentando a dor, eu sentia que aquele era o meu fim, minha visão já estava turva, minha boca estava com gosto de sangue, o que me mantinha acordada era o medo, medo de fechar os olhos e nunca mais abri-los.
 
                       Marília pov's

Aos poucos eu fui despertando, meu corpo estava dolorido, as imagens do acidente vieram em minha mente, o desespero tomou conta quando eu lembrei de Maraisa. Olhei para o lado quando ouvi o gemido doloroso de dela.

Ela estava acabada, tinha ferimentos por todo o corpo, o vestido estava coberto por sangue e ali eu cheguei a conclusão que ela está presa nas ferragens, o lado dela era o que mais foi atingido.

Rapidamente tirei o cinto que eu usava, eu não me importava com a dor, eu sabia que minha mulher estava mais machucada, e eu precisava ser forte por ela.

— Mara? - chamei me aproximando com certa dificuldade por conta dos amassados, dos vários cacos de vidros espalhados pelo carro e eu ainda usava o vestido de casamento, isso dificultou um pouco.

— Amor você está me ouvindo? - segurei e sua mão e ela a apertou com dificuldade.

Ao ver seu estado eu me desesperei, ela estava perdendo muito sangue. Minhas lágrimas começaram a descer, o medo me dominou, eu não podia perder ela, não agora que eu a tenho.

— Você vai ficar bem, tá bom? - eu disse colando nossas testas. — Você tem que ser forte e aguentar.

— Eu tô cansada Lila, eu quero dormir.

Sua voz estava arrastado, eu mal conseguia entender, eu sabia que ela não estava bem.

— Você não pode dormir Mara, tenta ficar consciente.

— Eu tô tentando... Mais tá difícil.

— Você vai ficar bem, meu amor.

— Lila, promete que se algo acontecer comigo, você vai cuidar da Mai, do césar e de você?

— Nada vai acontecer com você, nada, tá bom? E para de falar besteira.

— Só promete Lila.

— Tudo bem, eu cuido, mas nada vai acontecer com você Maraisa.

— Eu te amo, amo muito mesmo e eu...

Ela ia continuar, mas sua voz estava ficando cada vez mais baixa, ela estava ficando cada vez mais fraca.

— Moças, vocês estão bem?

Ouvi a voz e quando me virei era um socorrista, meu fio de esperança acendeu e assim que ele viu o estado da minha mulher, vi seu olhar mudar.