A Fênix do Dragão

40 - Exame de Admissão

No topo de uma colina na cidade carmesim ficava uma escola antiga, sua construção era milenar e exalava uma aura sagrada, mesmo ela não sendo a mais forte, sua história e anos sem fim, nenhuma poderia se igualar. A escola marcial era grande, havia vários pátios além de muitos lugares para cultivar, as salas de aulas eram divididas entre externa, interna, núcleo e a lendária especial.

Havia muitos alunos que entravam na três primeiras, mas na sala especial fazia muito tempo que alguém conseguiu passar no desafio para se tornar um aluno da sala especial, havia rumores de que quem se tornasse aluno especial, poderia ter acesso a uma parte proibida da escola e os recursos de cultivo seriam ilimitados, mas infelizmente era apenas boato uma vez que ninguém conseguia se tornar aluno especial há 800 anos.

No pátio externo da escola uma multidão de alunos aguardava o início das matrículas, existiam todo tipo de alunos ali, desde os mais ricos até os mais pobres, os mais dotados até os menos pior, cada um trazia em si a vontade de entrar e se tornar de pardal a fênix, de koi a dragão, sapo a cisne, mas a verdade era que nem todos poderiam alcançar a graça de estudar na escola, mesmo que ela seja a mais fraca de todas.

Su Keony estava com Su Lin, Su Naomi e Su Nier, os três iriam se matricular na escola, embora pensasse que era uma perda de tempo, afinal que recursos poderiam obter que não estivesse disponível para eles? Sendo assim eles estavam sem entusiasmo, mesmo Su Keony olhava entediada para a multidão animada.

A fachada da escola era de 3 andares, era como uma plateia onde os professores e o diretor pudesse ver os alunos em seus exames, assim Su Keony olhou para onde o corpo docente estavam sentados, na cadeira principal ela viu um homem idoso que olhava atentamente cada aluno ali, como se esperasse encontrar uma boa muda entre eles.

Os olhos dos dois se encontraram, ele firmou o olhar ela não recuou, a pressão que ele exercia daquele olhar ela podia sentir completamente mas embora estivesse sendo pressionada ela não recuou o que trouxe espanto para ele.

Su Keony não sabia porque, mas sentia que deveria sustentar aquela pequena e invisível batalha de vontades contra aquele idoso, e por isso ela cerrou os dentes e permaneceu teimosamente enquanto sustentava aquele olhar, suas costas estavam cheias de suor e em sua testa escorria gotas peroladas de suor. Essa batalha durou apenas alguns minutos e ninguém percebeu, aquele idoso sorriu satisfeito e retraiu seu olhar, fazendo com que ela respirasse fundo.

-Atenção a todos... - um dos professores se aproximou da borda e começou a falar, logo o burburinho dissipou todos passaram a ouvir atentamente o professor. - esse ano nossa escola fará uma competição marcial como avaliação. Apenas 200 alunos serão selecionados esse ano.

Quando ele disse houve surpresa no rosto de todo mundo, havia mais de 5 mil alunos presentes e todo ano eram mais de mil que conseguiam ser selecionados, mas agora só 200 entrariam isso era como um golpe psicológico em cada um.

-Eu sei que vocês estão surpresos, mas temos nossos motivos para isso, para que seja justo a competição vocês serão enviados para o labirinto negro, vocês não tem permissão para matar e nem ferir o seu companheiro, dentro do labirinto todos nos poderemos acompanhar seu desenvolvimento então não tente nada engraçado, haverá bestas espirituais lá dentro, se não conseguir eliminar, fugir, ou superar, cada um terá uma runa de teletransporte que os trará para fora do labirinto, mas serão desclassificados, haverá muitos obstáculos, apenas os 200 primeiros terão sua vaga garantida.

Ele fez uma pausa esperando todos digerir as informações e depois sorriu, o diretor havia mudado na última hora o teste e apesar de insatisfeitos eles só podiam seguir a ordem, depois ele deu um pigarro e continuou.

-Haverá uma classificação, do primeiro ao último. O primeiro que sair será levado para a sala especial para treinamento na área proibida - quem não sabia que a velha escola tinha a sala especial e a área proibida que era o paraíso do cultivo? Quando essa notícia saiu trouxe excitamento para os alunos - do 2 ao décimo lugar serão levados para alunos do núcleo, do décimo primeiro ao centésimo, alunos internos e o restante alunos externos. Espero que todos tenham entendido e deem seu melhor, vocês terão uma hora para se prepararem.

A conversa explodiu, alguns estavam inconformados e outros cheios de expectativas, havia até alguns que já sonhavam com a glória de ser o primeiro. O grupo de Su Keony estavam encostados em uma árvore no pátio observando o fervo, Keony estava preguiçosamente aguardando, quando Bai Yue a viu e se aproximou com os outros atrás dela.

-Irmã mais nova Su - ela chamou docemente.

-Irmã mais velha Yue - ela aceitou ser chamada assim por essa flor fofa e delicada, mas sincera, Su Keony gostou muito dela. Bai Yue tinha 14 anos e estava no reino da terra nível 3 de todos da família, ela era a mais fraca, mas mesmo assim era bem tratada pelos outros. - que tal entrarmos juntos no labirinto?

-Isso é uma ótima ideia, irmã mais nova. - ela sorriu, enquanto os outros aprovaram a ideia.

A hora se passou lentamente e logo as conversas também acabaram, todos pareciam estar se preparando mentalmente para o teste esperando entrar no top 200.

-Diretor o que aconteceu, porque mudou de repente o teste? E a quantidade... - o professor parecia chateado.

-Tenho meus motivos para fazer isso, além disso quantidade sem qualidade... - ele parecia pesaroso, todos os anos recebiam enormes quantidades de alunos, mas nenhum havia passado no teste do aluno especial, ele sentia cada vez mais a escola se decaia ficando para trás das outras, ele estava desanimado até que a encontrou e foi aí que decidiu mudar o teste, ele acreditava que ela era a pessoa que ele procurava, mas como dizer isso aos outros? Não era melhor apenas fazer às coisas no silêncio.

-Vai mesmo entregar o primeiro lugar para a sala especial? Aquele lugar é...

-Exatamente por isso. - o diretor sorriu e seus olhos caíram sobre a jovem que estava encostada preguiçosamente na árvore enquanto conversava com outras pessoas.