cap.05

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Após a saída do conde da mansão, os servos retornaram aos seus respectivos afazeres, e o casal retornou a mesa para terminar o café da manhã

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Após a saída do conde da mansão, os servos retornaram aos seus respectivos afazeres, e o casal retornou a mesa para terminar o café da manhã. Mas diferente de antes Hyunjin havia perdido a fome, e apenas brincava com a comida servida a ele.

- Pelo visto perdeu a fome. - Felix quebrou o silêncio na mesa.

- Meu apetite se foi com o acontecimento anterior. - Respondeu deixando os talheres de lado, virando o rosto para admirar a paisagem.

- Também perdi a fome. O que acha de andarmos um pouco ? - Felix propôs, recebendo o aceno de confirmação do outro.

- Vamos? - O moreno estende a mão e o ruivo a segura, levantando-se do acento.

(...)

O casal andava lada a lado, ou melhor, Hyunjin tentava alcançar os passos rápidos do marido.

Por mais que estivesse usando uma camisa e calças para felicitar na caminhada, o moreno caminhava em passos rápidos e consideravelmente longos.

O ruivo praticamente corria para fica ao lado do outro, que começou a andar mais devagar e em passos menores, ganhando um sorriso do ômega que finalmente conseguiu alcançá-lo e ficar lado a lado.

- Onde estamos indo? - Hyunjin pergunta curioso, olhando para trás, percebendo que a mansão encontrava-se bem longe de onde eles estavam.

O alfa parou bruscamente fazendo o ômega franzir as sobrancelhas confuso e elevar o olhar para a direção onde ele olhava, entendendo o motivo dele ter parando daquele jeito.

A visão que Hyunjin tinha era do lago ao qual viu quando chegou no dia anterior, sendo ainda mais bonito o vendo de perto.

A árvore que viu era uma cerejeira carregada de frutos, a água do lago límpida e cristalina com o verde vivo da grama ao seu redor.

- Isso é tão lindo... - murmurou o ômega com os olhinhos brilhando e um sorriso ainda mais brilhante.

Felix sorriu minimamente, contente por ter conseguido aquela reação do ruivo.

- Gosto de vir aqui quando preciso descansar, pois quando venho a capital parece que tenho mais trabalho do que quando estou nos meus territórios no leste. - Felix resmungou deitando no chão de maneira despreocupada, alguns fios de cabelo caindo sobe sua face e a camisa meio aberta na parte da clavícula.

Nem parecia um dos nobres de maiores poses e poder em Oyireotus

- A vida na capital não é fácil. - Hyunjin diz deitando-se também na grama e direcionando seu olhar para o céu azul.

-Devo concordar. Se fosse por mim nunca mais pisava nesse lugar, porém, tenho negócios e uma madrinha que nunca permitiriam isso. - Hyunjin riu quando o moreno revirou os olhos em desgosto.

- A vida na capital não é para todos. Sabe, prefiro um lugar calmo ao invés de comparecer à bailes cheios de cobras. - A última parte o ômega diz baixinho quase um resmungo.

- A antiga duquesa dizia que na alta sociedade você pode ser duas coisas. - O moreno mostra as duas mãos como forma de explicação.

- Uma simples presa que será atacada, ou um dos predadores que ataca. - Usa a destra para "engolir" a outra como demonstração.

- Lembro-me dela dizendo "Não seja inocente Felix, pois vai ser engolido como um animal fácil" ou "Como alguém tão burro pode ser meu filho?". - A voz do alfa saiu amargurada e cheia de rancor.

E para passar um pouco de conforto Hyunjin o abraça de lado, escondendo o rosto no peitoral e deixando o seu cheiro mais forte. Essa atitude vinda do ômega, pegou Felix totalmente desprevenido, e sua única reação foi retribuir o abraço, deixando-se sentir o aroma.

Não era doce e enjoado ao seu olfato, mas quente, sendo especificamente apimentado. E Felix gostava muito disso.

- Gosto de girassóis. - O ruivo disse, referindo-se ao cheiro do outro, enquanto o olhava nos olhos.

Riu quando o marido virou a cabeça para outro lado, escondendo o rosto corado. Porém as orelhas vermelhas nas pontas entregavam o seu constrangimento.

- Também gosto de pimentas. - Dessa vez foi Hyunjin quem ficou envergonhado, voltando a esconder o rosto no peitoral do outro.

Agora ambos tinham os rostos vermelhos e envergonhados.

(...)

Depois da situação constrangedora, na opinião de Hyunjin, eles retornaram para a mansão indo cada um para o seu lado.

O duque foi para o escritório e Hyunjin foi deixado com Youngjae que o convidou para um passeio pela mansão, explicando sobre os seus deveres como companheiro do duque.

O ruivo escutou atentamente cada palavra dita pelo mordomo. Além de manter a ordem dentro e fora da residência dos Lee, tinha total liberdade e direito em opinar em qualquer coisa que diz respeito ao território.

Suas palavras tinham o mesmo peso que as que saem da boca do duque, qualquer pessoa que desrespeitar ou desobedecer uma ordem vinda de si, teria de se resolver com o duque.

E uma pessoa com o mínimo de sensatez, não seria tolo em desafiar justamente o senhor dos territórios.

- Aqui fica a biblioteca, milorde. - O homem abriu as portas, revelando o cômodo com inúmeras estantes de livros. - Tenho a leve impressão que irá gostar muito de usá-la. - Youngjae afirma ganhando um sorriso como resposta do ruivo.

- Obrigado, amo ler e talvez aqui tenha tornando-se o meu lugar favorito. - Hyunjin diz, pegando um dos livros na estante mais próxima.

- Irei deixá-lo a sós, se desejar algo não exite em chamar.

Hyunjin assentiu, logo voltando sua atenção ao cômodo repleto de livros, e Youngjae deu um último sorriso antes de deixá-lo sozinho.

(...)

Quando o ômega disse que gostava de ler, não estava brincando. Hyunjin passou o tempo todo dentro da biblioteca até a hora do almoço com o marido, que foi um momento reconfortante, sem perguntas invasivas.

Após a refeição, retornou para biblioteca sem tirar os pés de lá, nem mesmo para o chá da tarde.

O ruivo estava tão envolvido na sua leitura que não viu a hora passar, e quando se deu conta, o sol já estava se pondo no horizonte pela janela do local.

Teve pequenos fragmentos de lembranças calorosas de quando menor.

A voz aveludada de sua mãe preenchendo o local com uma doce canção, enquanto suas mãos acariciava seus cabelos ruivos. Os dois admirando o lindo céu alaranjado pela janela de vidro.

A mulher a qual os abraços quentes e cheio de carinho foram tornando-se apenas vagas lembranças, na memória de uma criança carregada de momentos difíceis e dolorosos.

Criança essa que foi fruto de um casamento infeliz, onde o lado mais frágil e machucado não aguentou mais continuar.

Hyunjin ainda podia lembrar claramente da visão da corda envolta do pescoço fino, e o corpo pequeno sem vida da mulher ruiva no quarto.

Sunmi apenas não aguentou mais a vida miserável que tinha, e Hyunjin temia que acabasse não aguentando igual a mãe.

Por mais que as atitudes até aquele instante do marido fossem estranhas.

The duke's husband • Hyunlix ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora