Um casamento político está repleto dos interesses de ambos os lados. Quando Hyunjin casou-se com o duque Lee, sabia que sua vida estava fardado a infelicidade e sem amor. Mas por que Felix era tão carinhoso consigo ? Hyunjin não entende as intenções...
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Hyunjin olhava para os ômegas de cima a baixo, com um sorriso convencido e olhar debochado, deixando claro que aquele alfa era somente seu. E não tinham permissão de tocá-lo ou impregna-lo com seus cheiros.
— Tenho que terminar de conversar com o Sr. Choi sobre o restante da viagem e depois vou retornar para o nosso quarto. – explica o alfa, sorrindo pelo ômega ter abraçado ainda mais o seu pescoço e escondido o rosto na região.
— Não quero, porque você tem que ir comigo. – diz num tom alto, e assim como o Duque, Jisung tentava segurar a risada.
— Querido, tenho que terminar a conversa com o Choi. – Felix fala calmo, pegando no queixo de Hyunjin e o fazendo lhe olhar.
— Não quero que fique aqui com todos esses ômegas, que aparentemente são cegos ou fingem. – dá uma pequena pausa, antes de voltar a falar. — Já que ficam tentando seduzir um alfa casado, enquanto o seu ômega estava dormindo em um dos quartos.
Fala sem baixar o tom de voz, agarrando-se ainda mais ao pescoço do alfa, este que riu, mas havia sido de nervoso, pois era claro que o ômega apenas sairia consigo. No entanto, naquele momento tinha de terminar a conversa com Youngjae, e não permitiria a ninguém ver o seu ômega usando uma peça daquelas.
O alfa fixou sua visão no ômega menor, que lhe lançou um sorriso ameno.
— Milorde, o que você acha de eu ir pegar uma coberta, e assim meu senhor poderá ficar com o seu marido? – Jisung propôs tentando amenizar a situação para o Duque.
— Isso é uma excelente ideia. – Felix concorda com o menor.
Hyunjin fica em silêncio antes de responder ao seu servo, até sua atenção ser chamada para a mesa de alguns empregados, onde havia cartas de baralho e isso o fez soltar-se do marido, o deixando com um ponto de interrogação no rosto pela atitude inesperada.
— Estão jogando truco? – o ômega indaga empolgado descendo as escadas, tendo Felix e Jisung vindo logo atrás.
Os alfas e betas presentes na mesa, inclusive Minho, ainda estavam com seus rostos virados para qualquer lugar que fosse longe da vista do ômega ruivo. Sabendo que caso acabassem olhando para a figura bonita, teriam seus olhos arrancados de seus crânios pelo Duque, que faria questão de fazer isso da forma mais tranquila e prolongada, para sua própria satisfação. E falando do mesmo, Felix encarava os presentes na mesa como fosse os matar, caso tivessem a coragem de olhar para o ruivo.
Jisung até sentiria pena deles, mas a situação que eles se encontravam, era deveras engraçada para ele. Principalmente pelo seu senhor sentar-se em uma das cadeiras, fazendo todos na mesa arregalarem seus olhos ao notarem a ação do ruivo, que encontrava-se risonho e batendo palmas de tão alegre, pois pelo visto ele adorava jogos de cartas.
— Querido, o que está fazendo? – Felix interroga, tocando lhe o ombro.
— Quero jogar, ué? – disse simplista pegando o monte de baralho.
— Vão ficar olhando ou vão jogar? – Hyunjin questiona embaralhando as cartas. Os servos e Minho encaram o Duque, que estava parado atrás do ômega. Felix apenas solta um suspiro e lança um olhar rápido, mandando pegarem leve com o ruivo.
— Vá buscar uma coberta para o senhor. – ordena e o outro ômega assentiu saindo rapidamente para cumprir o que lhe foi ordenado.
[...]
Felix e Youngjae conversavam tranquilos, sem serem importunados novamente pelos cheiros dos ômegas presentes no estabelecimento. Enquanto isso, na mesa pouco distante de onde eles estavam, o ruivo encontrava-se jogando com os empregados e alguns cavaleiros, estando entre eles o próprio Minho, que levantou-se desistindo de continuar a jogar. Jisung que também estava junto deles, em uma cadeira atrás de Hyunjin, riu das feições de todos os alfas e betas ao perderem novamente outra partida para o ruivo que ria das suas expressões de derrota.
— Tenho certeza que o seu ômega está roubando, Felix. – foi a primeira coisa que Minho falou, quando sentou ao lado de Felix na cadeira vaga que havia ali e Youngjae riu da cara do outro alfa.
— Por que está dizendo isso? – pergunta virando-se para encarar o primo que bufa e o Duque retira sua atenção dele para focar no ômega que estava a rir.
— Não tá na cara? Ele venceu seis partidas seguidas, têm algo de errado aí. – diz, arrancando um sorriso convencido de Felix.
— Ou vocês quem são ruins jogando e por isso ele ganhou essas seis partidas. – diz dando de ombros, o sorriso não abandonando os lábios.
— Acho que milorde está certo. Vossa graça não faria mal à um mísero inseto, imagina roubar em um jogo? Que tolice. – Youngjae foi quem falou, rindo pelos gritos de derrota dos presentes na mesa e do que veio a seguir.
— Cansei de jogar com vocês. – Hyunjin se levanta; a coberta envolvida em seu corpo, o queixo elevado.
Jisung também se levanta, acompanhando o outro ômega para onde estavam os três alfas.
— Alfa, estou com sono. – abraça o alfa fingindo estar cansado, não demorando a sentir o cheiro de lavanda aproximando-se deles.
Já havia sentido esse cheiro antes, e não o agradou em nada quando sentiu pela primeira vez. Diferente do cheirinho gostoso de terra molhada após uma chuva que vinha de Jisung, o que lhe fazia sentir vontade de ficar abraçado a ele o dia todinho.
— Com sua licença. – a mulher para atrás deles, fazendo com que virassem em sua direção.
E se Hyunjin já não gostava nada do cheiro de lavanda, sem nem ao menos conhecer a pessoa dona do aroma antes, agora vendo aquele sorriso nos lábios vermelhos e a forma como aquela ômega impulsionava os seus seios de forma insinuativa, o fez querer arranhar aquilo que ela chamava de cara e arrastar porta a fora.
— Pelo visto, é cega igual aos outros ômegas de horas atrás. Para ficar se insinuando de forma tão descarada. – a fala do ruivo fez Youngjae, Jisung e Minho segurarem a risada pela expressão que a mulher esboçou.
— O senhor deve estar vendo coisas onde não tem. – responde, recobrando a postura. Hyunjin arquea a sobrancelha e os cantos de seus lábios se erguem em um sorriso debochado.
— O modo como estava a impulsionar os próprios seios diz o contrário, senhora. – afirma sendo segurando pela cintura por Felix e os outros três apenas se seguravam para não gargalharem.
— Hyunjin... – Felix adverte o ômega, aumentando o aperto na sua cintura com força moderada.
— O que foi? – Hyunjin olha para o marido com confusão. — Ela quem fica se atirando descaradamente para meu marido e eu devo ficar calado? – soa indignado por tamanho absurdo e Felix se levanta o puxando pela cintura, antes que aquilo acabasse em algo pior.
— Desculpe por isso, vamos nos retirar para nosso quarto. – dirige sua fala para a ômega de expressão fechada e saiu andando, fingindo não escutar as reclamações de Hyunjin e de como ele chamou a dona da hospedagem de "puta barata" e "mosca morta".
Por Deus, Felix tinha certeza que se não retirasse Hyunjin para longe daquela ômega, seria capaz dele fazer um belo estrago no rosto da mesma. Contudo, um sorriso pequeno formou-se em seus lábios, pois ele não era o único territorial ali.
Atualizando hoje e vou começar as atualizações nas sextas ou sábados meus amores ^^
