Sombra de Sangue (VegasPete)

Capitulo 1

🛑- Pete é melhor em se esgueirar e tem muito mais sorte para não ser pego, então todo o enredo depois disso não acontece

🛑- Vegas fica com cicatrizes faciais durante o confronto entre a Família Principal e a Segunda Família

🛑-Khun Kan é mais abusivo do que temos um vislumbre

A dor irradiava do lado direito de seu rosto até o pescoço. Era uma sensação pulsante quente e molhada que ele sabia por experiência significava uma ferida que sangrava lentamente. Ele estava familiarizado com ferimentos na cabeça; eles doíam, sangravam e eram irritantes, mas mesmo que ele estivesse um pouco tonto, ele estava se movendo sem problemas, então ele não estava realmente pensando muito nisso.

Ele tinha preocupações mais importantes.

Enquanto ele estava deitado no chão depois de ser baleado, seu pai se separou do resto do grupo quando as portas da estufa se fecharam. Agora ele estava sozinho com os principais membros da família sem ninguém para apoiá-lo se as coisas ficassem feias... mais feias...

O chão estava escorregadio com sangue sob suas pernas enquanto ele batia e chutava a porta tentando entrar.

Ele podia ouvir várias vozes indistintas através da porta, mas não conseguia entender o que eles discutiam. Então, de repente, seu pai gritou tão alto que ele conseguiu entender cada palavra.

"VOCÊ ESTÁ CHEIO DE MENTIRAS!!"

Nunca em sua vida ele ouviu tanta raiva e angústia de seu pai. Nem quando sua mãe morreu nem quando ele estava dando sermão a ele ou a seu irmão sobre seus fracassos.

Bang!

Vegas congelou momentaneamente com o punho na madeira da porta olhando para seus dedos machucados tentando desesperadamente ouvir qualquer coisa de dentro, mas eram apenas vozes abafadas novamente.

Enquanto ele tentava arrombar a porta, a comoção atrás se acalmou, mas ele não queria perder tempo se virando e tentando descobrir qual lado venceria. Ninguém colocou uma bala em suas costas ainda, então pelo menos ele esperava que alguns de seus homens ainda estivessem vivos guardando-o.

Mas porque ficou tão quieto lá, ele finalmente conseguiu reconhecer a voz de Porsche, Kinn e Khun Korn, mesmo que ele ainda não conseguisse ouvir uma palavra do que eles estavam falando.

Ele respirou fundo e deu um passo para trás e começou a chutar as portas duplas com vigor renovado enquanto gritava tão alto quanto era capaz.

"Pai!"

Entre dois chutes, as portas de repente se moveram e seu impulso o levou direto para a estufa. Assim que as portas se abriram, ele congelou ao ver o corpo de seu pai deitado no chão. Seu rosto estava virado para as portas longe de Khun Korn para que ele pudesse ver seus olhos abertos com pupilas dilatadas atordoadas e mandíbula frouxa... deitado na poça de sangue ainda crescente sob seus membros imóveis.

Por um piscar de olhos, seu cérebro pareceu vazio e seu corpo pesado, como se seus sentidos estivessem desconectados da realidade. Ele não conseguia compreender o que aconteceu. Seu pai, a figura mais poderosa de sua vida desde o primeiro momento de que se lembrava, parecia com qualquer outro cadáver.

Seus olhos se fixaram em seu rosto, suas feições cujas sombras às vezes ele via olhando no espelho ou quando falava com seu irmão. Suas mãos que formaram um punho mesmo em seu último momento. Quantas vezes durante sua vida ele sentiu aquelas mãos... aqueles punhos pousando em sua pele? Ele nunca mais os sentiria. Ele nunca mais ouviria a voz de seu pai... repreendendo-o... chamando ele ou seu irmão menor de inutéis... menos do que os filhos da família principal...