Pete
cheguei em casa, finalmente eu vou puder tirar essas botas, elas machucam se usá-las demais e estou com elas desde ontem, tiro as botas às deixando no canto da cozinha, nossa que alívio, em seguida vou até as escadas subindo, pois estou exausto preciso de um banho
🔗- pete, está em casa? -dizia colocando as chaves no balcão tirando o seu casaco logo em seguida-
desço às escadas indo até ele
- oi pai, saí mais cedo hoje -falo sorrindo me encostando no balcão olhando para ele-
- eu não autorizei que você voltasse cedo
- mas pai estou cansado, eu trabalhei a noite toda e
- eu não quero saber -ele me interrompe- estou cheio de dívidas, não piore a minha situação
- eu também tenho curso daqui à pouco pai -ele me encara- por isso voltei mais cedo para dormir um pouco e
- já mandei você desistir dessa merda de curso online, você trabalha agora -me interrompe de novo-
- um trabalho que estou sendo forçado à seguir, e você nem se quer se importa com o esforço que eu estou fazendo para pagar suas malditas dívidas
ele se aproxima de mim me assustando, segurando o meu rosto com força
- então melhor você se esforçar melhor porque a porra do seu esforço tá dando em nada -me encara sério com raiva- use esse desgosto que eu tenho de você para alguma coisa -empurra o meu rosto forte seguindo para sala em seguida-
bato no balcão nervoso controlando as lágrimas mas acabo não conseguindo controlar, uma falta de ar invade o meu peito, sentindo uma angústia e é horrível, as coisas que ele me disse pesando a minha mente e isso dói, dói muito, entro na cozinha sentando no chão me encostando nos armários tentando me acalmar mas é impossível, o silêncio me preenche, pessoas falando alto no corredor do condomínio, passos no andar de cima, o zumbido do vento contra o vidro da janela, sons que eu não tinha captado até então e as minhas mãos tremem, não, todo o meu corpo treme, barulhos demais, altos demais que chegam à me atormentar e eu posso ouvir meus pensamentos
fraco
frágil
Inútil
meu coração acelerando, as vozes no corredor, pessoas correndo, a angústia
puxei o ar com força, começo à entrar em pânico, com muito pouco, eu odeio ser fraco desse jeito, eu odeio ser sensível e não conseguir me controlar, eu começo à hiperventilar, com meus pensamentos disparados, sinto um nó na garganta sem nem entender o porquê de estar chorando
eu sinto medo, muito medo e isso demora para passar, as vezes levam minutos e nos piores casos levam horas, limpo o rosto saindo do lugar de forma atordoada, nem presto atenção para onde estou andando e quando caio em mim estou subindo as escadas, ignoro a voz do meu pai falando alguma coisa que nem prestei atenção
entro no quarto puxando o ar soltando, pego a minha mochila colocando minhas coisas dentro e me viro em seguida abrindo o meu guarda roupa pegando o meu remédio depois me viro pegando a minha garrafa de água na cômoda engolindo a pílula, em seguida vou até o banheiro e escovo os dentes sem raciocinar muito, nem ajeito o cabelo direito, pego a minha mochila na cama saindo do quarto descendo às escadas indo com pressa até a porta evitando o meu pai
⛓
pago o uber e desço em seguida, quando fecho a porta do carro e me viro vejo porsche na frente da boate acendendo um cigarro, respiro fundo indo até ele
VOCÊ ESTÁ LENDO
Queda Livre Vegaspete
FanfictionDepois de um dia cansativo kinn consegue convencer vegas para ir à uma boate à noite para o mesmo relaxar já que estava muito estressado com seu trabalho, seu pai exige muito dele na empresa onde o mesmo só relaxa à noite fugindo de seus compromisso...