Animal Instinct (Aomine Daiki X Leitora) Longfic

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Fiore [Nome], 4 anos atrás...

As aulas da manhã foram completamente entediantes. Suspirei pela milésima vez, encarando o relógio em cima do quadro do professor. Minha barriga estava roncando de fome. Eu e Taiga acordamos atrasados, e acabamos saindo correndo, sem tomar café da manhã.

Revirei meus olhos, quando os ponteiros pareceram parar faltando cinco minutos para o sinal soar.

Deitei a cabeça na classe, ouvindo a risadinha de Arisu, mas decidi ignorar, apenas pensando nas delícias que me aguardavam no refeitório.

Quando saímos de dentro da sala, Wakamatsu e a garota estavam de mãos dadas e eu estava ao lado dela, me sentindo uma vela. Arisu precisava passar na sala do clube e o loiro iria com ela, decidi seguir em frente. Depois nos encontraríamos no refeitório.

"Jogue contra mim!" me assustei com as palavras vindas de trás de mim. Me virei, encontrando o babaca da geração parado ali, me encarando.

Qual era a dele agora?

"Não." falei desinteressada e sai caminhando com o mais alto atrás de mim. Senti um arrepio cruzar minha espinha, mas ignorei.

"Por que não? Soube que sempre joga com os outros e é a primeira a enfrentar os jogadores do primeiro ano. Ninguém aqui me enfrentou ainda. Imaginei que você faria isso." ele colocou as mãos nos bolsos.

"Olha só, garoto. Eu fiz isso ano passado, quando era caloura. Esse ano, Shōichi pediu que eu fizesse novamente. Segundo ele, isso deixa eles mais fortes. Vai saber. E outra, você nem aparece nos treinos, acredito que não tenha direito de jogar comigo." parei de andar e me virei para o azulado. O mesmo precisou parar rapidamente, ou teria se chocado contra mim. Aomine teve de olhar para baixo e eu para cima... ser mais baixa que aqueles jogadores me irritava, principalmente ser mais baixa que ele. "A questão é: Eu não tenho interesse em te derrotar."

Seus olhos se arregalaram e então, o idiota gargalhou. Bufei, voltando a caminhar.

"Agora, eu já ouvi de tudo, uma garota achando que pode me derrotar." deu mais uma risadinha e eu revirei meus olhos. "Mas saiba que o único que pode me derrotar sou eu." ele parou a minha frente, o maldito sorrisinho idiota estava em seus lábios e eu quis tirá-lo com alguns socos.

"Escuta, criança... provocações não vão surtir efeito. Não tenho interesse algum em jogar contra alguém da Geração dos Milagres, por enquanto." o empurrei para o lado e segui meu caminho.

"Criança?" ele voltou a caminhar, parando a minha frente mais uma vez e eu bufei, cansada, pesando as perdas e ganhos ao socá-lo. "Você me chamou de criança? Posso te garantir que não sou nenhum pirralho." seu sorriso se tornou predatório e eu senti os pelos de meus braços eriçarem. Analisei seu corpo, sentindo meu rosto queimar em seguida. Quando nossos olhos se encontraram novamente, seu sorriso se tornou convencido, devido ao seu flagra da minha análise.

"Você é mais novo do que eu. Sim, criança. Ainda não é um adulto." falei, ainda encarando seus olhos azuis.

"Nem você." apontou e eu voltei a caminhar.

"Irrelevante. Ainda sou mais velha."

"E o que quis dizer com 'por enquanto'?" e novamente, ele estava ao meu lado.

Grunhi. Eu só queria chegar no refeitório e COMER! INFERNO! "Sim. Não posso tirar a alegria do meu melhor amigo, não é? Primeiro: ele vence vocês, e então: eu posso te vencer, fofinho. Só aguenta mais um pouquinho..." bufei. "E se não se importa, me deixa ir comer, caralho. Eu estou com fome!"

Por algum motivo, ele não veio mais atrás de mim, deixando apenas o som de sua gargalhada me acompanhar. O que me deixou feliz e irritada na mesma medida. Alegre por ele não me seguir e zangada por sua risada duvidosa. Pelo menos eu pude aproveitar do meu almoço, ao lado do capitão do time, até que o babaca da geração se sentasse à minha frente. Senti meu rosto queimar com seu olhar sobre mim e concluí que, enquanto eu e Aomine Daiki frequentássemos a mesma escola, paz era uma coisa que eu nunca mais teria.