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Aline

Tomo o suco de laranja, as meninas estavam dormindo as duas estavam de férias, então elas gostao de dormir até tarde, escuto passos e sei que Bruno
_ bom dia _ ele diz

Ele beija minha cabeça, e minha barriga que já estava grandinha
_ bom dia
_ é o bebê
_ está bem
Sorrio e passo a mão na barriga , Bruno pega um xícara e coloca café, ele se encosta na pia e toma
_ você vai para boca hoje ?_ digo
_ não vou ficar com as meninas _ fala

Termino meu café e Bruno me ajuda a lavar a louça,
_ Bruno _ digo
_ sim bebê
_ podiamos fazer algo hoje so nos dois

Fazia um tempo que não tínhamos um encontro, nossa atenção estava toda nas meninas, por falar nelas
_ mamãe papai _ gritam
_ meus amores _ digo

Raquel gruda na perna do pai e Selina vem para meu colo
_ hora de tomar café meninas _ Bruno diz
_ comam tudinho _ digo

Bruno ajuda Raquel e eu Selina, depois do café eu levei as meninas para a escolinha, sinto o beber chuta
_ agora não brotinho

Passo mão na barriga, meu telefone toca e eu atendo
_ alô

Paro o carro no sinal
_ temos um caso novo de uma criança_meu chefe diz
_ preciso que vá até o endereço que eu te mandar _ diz

Ele desliga,
_ hoje meu dia vai ser ótimo _ digo

Pego o celular e vejo a localização
_ ele tá de sacanagem comigo

Ele me mandou para um bairro perigoso e rivais de Bruno, as vezes eu tenho vontade de mandar meu chefe se foder, mas lembro que tenho que manter meu emprego. Dirijo com o carro até lá, ligo para Bruno
_ Bruno voce pode pegar as meninas _ digo
_ eu tenho um caso novo
_ seu chefe mandou você para longe de novo _, diz

Eu não podia dizer que era em um bairro rival ele iria querer matar meu chefe
_ não é tão longe, mas é um caso complicado - digo
_ acho que nosso jantar vai ficar para próxima _ digo
_ toma cuidado _ diz
_ você está grávida não pode passar por nervoso
_ eu te ligo qualquer coisa

Paro o carro na casa velha, tinha alguns carros de policiais
_ te amo _ diz
_ eu também te amo

Desligo e saio do carro, ando até onde os policiais estavam
_ concelho tutelar _, digo
_ ainda bem que chegaram
_ qual é o caso ?_ digo
_ acho melhor você entrar

O policial me guia até dentro da casa, ela era bem velha e estava acabada por dentro, os pisos velhos
_ toma cuidado onde pisa

Ele me entrega uma foto é era de um garoto, ele deveria ter uns 6 anos de idade, tinha cabelos morenos, pele clara e olhos castanhos
_ o nome dele e Ryan _ diz
_a visinha ligou dizendo que ouviu um baralho no porão
_ os pais _ digo
_ ninguém sabe, a mãe não volta para casa tem 4 dias

Ele abre uma porta e tinha algumas pessoas agachadas, coloco minha mão na boca quando vejo o garoto todo acorrentado
_ estão tentando tirar as correntes

Sinto minhas pernas fraquejarem
_ a senhora está bem

Ele segura meu braço
_ sim eu estou bem

Respira Aline tem que ser forte, tento não olhar muito para o garoto acorrentado e machucado
_ estamos tentando achar a mãe, mas parece que ela sumiu do mapa _ diz
_ o pai _ digo
_parece que o pai e um traficante do bairro que está preso _ diz
_ a visinha disse que ele também não é boa pessoa, está preso por matar a própria mãe_ diz
_ entendi _ digo

Me encosto no carro e respiro fundo, eu odeio ver crianças sofrendo assim, pessoas que fazem isso com esses anjinhos não merecem ser chamados de gente
_ moça conseguimos tirar a criança das correntes
_ precisamos levar ele ao hospital mais próximo _ digo

No morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora