【'22/09/2022'】

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Aviso: este capítulo contém tentativa de homicídio/suicídio. Se for sensível a esse tema, não leia.










【22/09/2022 — 17:59】

| “Oi, oi…
Hoje não estou nem um pouco feliz. Só de pensar que ontem eu estava quase surtando de felicidade… dá vontade de chorar por ser tão idiota!

Por que a vida tem que ser assim comigo? O que eu fiz para merecer isso?

Hoje meu pai descobriu que eu sou gay… e eu tive que confirmar. Ele me deu uma bronca que doeu mais que tudo, até me bateu quando levantei o tom de voz.

Minha mãe não fez nada. Apenas disse: ‘Jeongin, arrume suas coisas e saia daqui.’

Ouvir isso dela doeu mais que qualquer coisa.

Eu não sei para onde vou… já arrumei minhas coisas. Mandei várias mensagens para o Hyunjin, mas ele não responde…” |

Jeongin fechou o diário e pegou o celular para ligar. A chamada caiu três vezes antes de Hyunjin atender.

— A-aonde você está?.. — perguntou, com a voz embargada.

— Porra, Jeon! Que hora ruim… eu tô transando com a minha namorada! — a resposta de Hyunjin despedaçou ainda mais seu coração. No fundo, os gemidos da garota confirmavam tudo.

— Jeongin? Amor, espera um pouco… — Hyunjin parou os movimentos da namorada. — Jeon, por que você tá chorando?

Jeongin tremia, suava frio, sentia tontura, enjoo e falta de ar. Mal conseguia falar.

— H-Hyunjin… você sentiria minha falta se eu sumisse para sempre? — sua voz era frágil, quase um sussurro.

— Jeon, o que você…

— M-me desculpa… Eu não me sinto amado. Meus pais me odeiam. A pessoa que eu amo não sente nada por mim. O que eu fiz para merecer isso?..

Um copo de vidro escorregou da mão de Jeongin e se estilhaçou no chão. Hyunjin se levantou num pulo, em pânico.

— Jeongin! Me escuta! Que barulho foi esse? Responde, por favor! — Hwang gritava, desesperado.

— Eu cansei, Hwang Hyunjin. O que eu vou fazer agora… é algo que meus pais, até você, vão agradecer. Eu te amo.

Essas foram as últimas palavras antes de enfiar um caco de vidro na própria barriga e encerrar a ligação.

— Jeon, eu também! Yang Jeongin, o que você fez?! — Hyunjin chorava enquanto corria, vestindo as pressas, pegando as chaves do carro da namorada e dirigindo em direção à casa do amigo.

[🥺]

Enquanto isso, a mãe de Jeongin subia para chamá-lo. Ao abrir a porta, viu a cena mais dolorosa da sua vida.

— MEU DEUS! FILHO! ACORDA! — ela se jogou sobre o corpo ensanguentado do garoto. — ME PERDOA, AMOR! FICA COMIGO!

O pai entrou em choque, mas rapidamente ligou para a ambulância.

Nesse momento, Hyunjin já estava na porta, batendo e gritando. Entrou correndo quando viu que estava destrancada.

— Jeongin?! Aonde você tá?! — a voz dele tremia.

— Liga pra ambulância! O celular não funciona! — o pai pediu, desesperado.

— Já estou ligando! — Hyunjin discava, com as mãos trêmulas. — Ele tá sangrando muito! 18 anos… Yang Jeongin… por trás da delegacia… por favor, venham logo!

Subiu correndo para o quarto, onde encontrou a mãe abraçada ao filho.

— Jeon… por que não me disse nada? Eu teria largado tudo pra te ouvir… — Hyunjin chorava ajoelhado ao lado deles.

[💔]

Logo os amigos chegaram ao hospital. Todos estavam devastados: Felix desmaiou, Chan chorava em silêncio, Seungmin soluçava com Jisung ao lado, Changbin andava em círculos e Minho tentava se manter firme.

Jeongin estava em cirurgia, tendo perdido muito sangue. Enquanto esperavam, Hyunjin encontrou o diário do amigo entre os pertences e, sem resistir, leu algumas páginas.

— Ele… me ama… Como eu não percebi? — Hyunjin desabou em lágrimas.

Seungmin, que já sabia, apenas confirmou em silêncio.

— E por que você não me contou?! — Hyunjin explodiu.

— Você tinha namorada! E ele me pediu pra não falar nada! — Seungmin respondeu, também chorando.

A briga só parou quando Minho os interrompeu, lembrando que estavam num hospital.

Pouco depois, o médico apareceu:

— O jovem perdeu muito sangue. Precisamos urgentemente de um doador compatível.

Todos se prontificaram. Nenhum foi compatível até restar apenas Hyunjin.

— Ele é positivo! — anunciou a enfermeira.

Hyunjin respirou fundo, nervoso, mas aceitou. Minho o acompanhou até a sala.

— Vai lá, bocó. — Minho tentou brincar. Hyunjin sorriu, mesmo nervoso.

Ao dar a notícia para os outros, Jisung gritou:

— Ele é compatível! Eles foram feitos um para o outro!

Todos choraram e agradeceram, cheios de esperança.




𝒟𝒾𝒶́𝓇𝒾ℴ : Hyunin Onde histórias criam vida. Descubra agora